Três

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Elleanor buscava entender o que havia feito de tão errado, como ele podia ser tão grosso e rude consigo? Deveria haver um motivo bem plausível para tal, certo?

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Elleanor buscava entender o que havia feito de tão errado, como ele podia ser tão grosso e rude consigo? Deveria haver um motivo bem plausível para tal, certo?

Agradeceu brevemente a Candice apenas com um aceno de cabeça e um sorriso bem amarelo, o qual a morena devolveu na mesma moeda. Nathan já lhe esperava do lado de fora e dentro do carro, a porta do passageiro já estava aberta só a aguardando, dava para notar o quão nervoso ele se encontrava, seus dedos tamborilavam no volante de forma bem sincronizada.

Se ele soubesse o quanto a presença dele me deixava calma e não nervosa... — pensou assim que adentrou ao carro.

Passou o cinto de segurança e observou a casa amarela começar a ficar distante, Nathan ligou o rádio, sentia que precisava preencher aquele silêncio que havia se instalado ali dentro, em pouco tempo Elleanor conseguiu identificar a música, bem a cidade começava a se tornar apenas vultos quando ele acelerou, a ruiva tentou ignorar o quanto ele corria, mas foi em vão.

— Se você puder ir devagar, eu te agradeço! – Elleanor disse ao perceber que ele acelerava ainda mais — Vai com calma, por favor? Virou corredor de racha, por acaso?

— Calma é a última coisa que se passa na minha mente, Ella. – sua voz saiu quase que como uma súplica de tão baixa que foi.

— O que eu fiz pra você? Fala aí, por que eu to tentando entender até agora! — ao dizer sua sentença, Elleanor notou que o outro tinha apertado ainda mais o volante.

Ah pronto! — pensou.

Ele continuava mudo e de olho na estrada, o maxilar estava travado formando uma linha perfeita em seu rosto, Elleanor procurou retirar esse pensamento da mente e tornou a olhar de volta para rua.

Aos poucos ele foi desacelerando o carro, então percebeu que estavam em frente à sua casa. Retirou o cinto e quando estava prestes a abrir a porta ele segura seu braço e foi impossível não perceber o arrepio correr por seu corpo, pois nunca em sua vida havia experimentado aquilo, não naquela intensidade.

— Me desculpa, eu só...., por enquanto não posso falar nada, mas você vai entender, eu prometo.

— Do que você está falando?

A incredulidade estava estampada nos olhos da ruiva, tentava buscar em sua mente algo que lhe desse alguma pista, mas não conseguia achar nada.

— Desculpa mesmo e você está entregue, pode descer, Ella.

"O que eu vim fazer nessa cidade, em três semanas aqui e eu já quero voltar pra Sydney, e por qual motivo ele continua me chamando pelo meu apelido?". pensou, ainda atordoada demais.

— Tchau idiota! – despertou do transe que a voz dele lhe causava e desceu do carro, fechou a porta com toda força que havia dentro de si, ao que foi devolvido por ele um olhar com mais raiva ainda antes de arrancar com o carro.

Queria entender a todo custo o que havia feito tanto para Nathan quanto para Candice, pois nunca os tinha visto antes, lembrou-se da forma como eles a olharam, como se fosse algum tipo de monstro ou alguém perigoso demais.

Deu-se por vencida, entrou em casa e foi recebida por Milú, com seu típico entusiasmo de gato, ou seja, apenas a olhou e voltou a dormir no sofá.

Arrastou-se até o banheiro no segundo andar, era única coisa que precisava além de comer alguma coisa, claro, um banho poderia lhe ajudar a pensar e alinhar seus pensamentos. Antes de adentrar ao banheiro, ligou a televisão no noticiário, tentava achar alguma explicação para o que ele tinha lhe dito, o que ele queria dizer com: "Por enquanto não posso falar nada", e por qual motivo ele a estava tratando daquele jeito?

Logo que Elleanor saiu do banheiro ouve a notícia de que um corpo foi encontrado totalmente sem sangue próximo a cafeteira. Sentiu um calafrio percorrer todo seu corpo, era o mesmo calafrio que havia sentido anteriormente, Milú passou enroscando seu rabo felpudo por entre as pernas da ruiva que gritou assustada, a gatinha correu em disparada com a altura do grito.

O tempo passou mais devagar após o acontecimento da manhã, Elleanor se permitiu não pensar mais em como Nathan e Candice a odiavam agora, mesmo que não soubesse o que de fato teria feito para eles. Quando finalmente deu seu horário, saiu de casa rumo ao trabalho, a vantagem de morar perto era que não precisava se preocupar tanto com trânsito. Assim que adentrou a cafeteria, Victor lhe aguardava com um sorriso grande, o que Ella estranhou, pois poucas vezes o viu sorrir daquela forma.

— Temos uma atendente nova, preciso que você a ajude! – ele diz enfático.

— Primeiramente, boa tarde Victor, segundamente, eu vou treinar alguém?

— Boa tarde e sim, você mesmo, a não ser que você conheça alguma outra Elleanor por aí, huh? – ele diz rindo e continua. — Você pode fazer isso por mim?

— Só se você me prometer nunca mais me chamar desse nome!

— Prometo Ella! Obrigado!

Victor se retirou a passos largos dali, rumou a caminho de seu escritório. Elleanor notou que Jack não estava sozinho desta vez, sua companhia era uma garota de cabelos pretos e cor de pele parecida com os de Candice, e por um momento, Ella estagnou na entrada. Porém decidiu deixar pra lá, só podia ser coisa de sua cabeça.

— Menina Ella, essa é Alissa, a nossa nova atendente! – ele diz sorrindo.

— Oi Jack e oi Alissa, tudo bem?

— Tudo ótimo, eu tô muito ansiosa para começar! — ela diz claramente empolgada.

— Vamos que temos muito trabalho a fazer!

— Ótimo, vamos pôr as mãos na massa.

— Então Alissa, além de atendermos o salão, temos que organizar o estoque, toda quarta feira chega carregamento de café e algumas outras coisas, aí precisamos catalogar com as datas de vencimento e guardá-las no local certo.

Após explicar tudo que era precisava fazer no estoque, Elleanor preferiu deixar Alissa ficar sozinha e foi para o salão atender, pois como era sexta feira, o lugar ficava um pouco frenético, mas nada que a ruiva não conseguisse dar conta.

Já eram quase oito e meia da noite quando a porta fez barulho e uma garota de cabelos preto, pele extremamente branca, olhos puxados adentrou a cafeteria, foi difícil não chamar a atenção de todos, principalmente de Elleanor, que observou a mulher caminhar elegantemente junto a um homem, este possuía cabelos loiro escuro com leves cachos e a pele igualmente branca. O mundo pareceu parar para observá-los, ambos estavam vestidos de preto e pareciam muito bonitos. Sentaram-se em uma das mesas mais distantes e começaram a conversar. Elleanor deu de ombros e sorriu para Jack, que também não entendeu muita coisa do que havia acabado de acontecer. Como Alissa tinha sido dispensada mais cedo naquele dia, Ella respirou fundo e se preparou para atendê-los.

— Boa noite, o que vão pedir hoje?

Os olhos verdes do homem caíram sobre Elleanor, que sentiu seu corpo gelar, sua acompanhante fez o mesmo, mas a diferença foi que o olhar dela era muito mais gélido.

— Hoje não vamos pedir nada, mas já encontramos o que a gente queria! Vamos, Archie!

Tanto Elleanor quanto Jack ficaram sem entender nada quando os dois se levantaram e saíram do lugar.

— Que povo mais maluco, vou te contar hein.

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eu juro pra vcs que essa galera é legal!!!!
eles são estranhos kkkkk mas dêem uma chance pra conhece-los que vcs vão amar demais o quanto eles são caóticos e leais 🥺🤲🏻

me contêm o que estão achando da história e o que esperam pra ela 🙏🏻

Um beijo
Driquinha x.x

Lua de SangueOnde histórias criam vida. Descubra agora