Capítulo 13

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Estou aqui na sala de aula vendo aula do professor desengonçado ensinando verbos antigos em textos ingleses da era medieval, ainda estava feliz por ontem, porque Enzo ganhou seu papel, hoje ele foi se encontrar com o diretor e receber o roteiro. Recebi uma foto dele na cafeteria onde o diretor marcou de se encontrar, ele parecia estar alegre e ansioso. A aula não parecia ter um fim, o professor ás vezes se enrolava consigo mesmo que estava deixando tudo confuso, eu estava com um pouco de sono, pois dormi tarde, mas me segurava para não dormir.

- S/N? - Diana me chama, noto que a aula do professor já terminou. - Você parece cansada, você tá bem?

- Ah! Oi, sim eu tô bem, só dormi um pouco tarde ontem de noite.

- Nossa, pelo menos a aula acabou, eu juro, se aquele homem continuasse falando eu ia fugir dessa faculdade e nunca mais voltava. - Rimos juntas.

- Bom dia pessoal! - Sra.Hillenbourg entra na sala com a elegância de sempre que me deixava abismada. - Bom, eu quero propor uma atividade diferente, eu quero ver o quão vocês entenderam dos poemas que lemos e seu tipo de escrita. - Ela começa a entregar as folhas de papel. - Irei avaliar e quero ver se estão compreendendo bem minha matéria. Escrevam sobre o que vocês quiserem, usem sua criatividade, sejam livres.

Ela me entrega uma folha em branco, pensei em todos os temas possíveis, acho que vou escrever sobre a sensação que tive quando cheguei em Nova York, é a primeira coisa que veio em minha mente. Pego minha caneta e começo a escrever um monte de palavras que em minha mente fizeram muito sentido, as organizando em estrofes algumas rimando e outras em versos brancos simples. Estava bastante concentrada, uma parte de mim queria agradar a Sra.Hillenbourg, não que eu queira ser uma puxa saco, mas de uma forma que se importa muito com sua opinião, caso ela leia os poemas de seus alunos. Uns minutos se passaram, todos entregaram seus poemas e ainda estava finalizando, quando finalmente terminei, coloquei o papel em cima de sua mesa.

- Aqui está, desculpe por demorar. - Digo.

- Tudo bem! - Ela pega a folha de papel, dá uma olhada e olha para mim. - S/N, no final desta aula, na hora do intervalo, eu poderia conversar com você? - O QUE SERÁ QUE EU FIZ?! Senti uma ansiedade enorme quando ela falou isto.

- Bom, não vejo nenhum problema.

- Ótimo, pode voltar para seu lugar.

Viro minhas costas e vou andando até meu lugar. Por qual razão ela quer falar comigo? Eu nem fiz minhas provas para falar na possibilidade de notas baixas. A aula acaba, eu estava com o coração na mão.

- S/N, você vem? - Diana pergunta

- Daqui a pouco eu vou, eu preciso conversar com a Sra.Hillenbourg.

- Tudo bem, quer que eu te espere?

- Não, não, vá aproveitar seu intervalo!

- Tudo bem, você quem sabe.

Todos os alunos saíram da sala, Sra.Hillenbourg estava arrumando a mesa, andei até ela e um passo tímido com o mínimo de confiança que eu poderia ter.

- S/N, não é?

- Exatamente.

- Por que veio fazer este curso?

- Porque eu sempre gostei de ler, e eu queria ver se, sei lá, ser uma escritora, mas é só uma ideia.

- Interessante. Você me impressionou muito desde seu primeiro dia de aula, e olhe lá que não estamos em semana de provas.

- E com que a senhora quer dizer com isto?

- Eu gostei muito da senhorita, é impressionante o texto que você escreveu hoje! - Quando ela falou isto, me senti alegre. - Já publicou algum texto na sua vida? Tipo, em fóruns na Internet.

- Não, nunca.

- Você escreve coisas que as pessoas precisam ler.

- Eu fico muito lisonjeada com o que a senhora achou do meu texto, eu tenho alguns poemas se você quiser ler depois.

- É óbvio que eu quero ler, olhe eu tenho uma proposta para você.

- Que tipo de proposta?

- Meu marido é dono de uma editora de livros, e queria saber se você aceitaria mandar alguns poemas, para transformar em um livro de coletânea de poesias. - MEU DEUS, ELA TÁ ME DANDO UMA ENORME OPORTUNIDADE!

- É SÉRIO!?

- Eu lhe achei genial, semana que vem, junte seus poemas antigos e novos que irei falar com meu marido, não se preocupe. Mas não posso fazer isto sem seu consentimento, é óbvio! Eu conheço escritores de longe.

- CLARO! Irei juntar todos poemas que eu escrevi e mandarei para senhora!

- Ok, bom qualquer coisa ou dúvida. - Ela pega um papel e uma caneta e começa a escrever um número de telefone. - Fale comigo.

Sra.Hillenbourg me entrega o papel com seu número em minhas mãos, eu estava tão feliz, quando chegar em casa a primeira coisa que irei fazer é contar para Enzo essa novidade incrível, passei todas as aulas esperando as horas passarem. Quando finalmente acabou, fui andando por Nova York, em um ar otimista, decidi ligar para Enzo para saber se ele já havia chegado, então ligo para seu número.

- Alô? S/N? - Ele atende. - Aconteceu alguma coisa?

- Oi, você já chegou? - Pergunto.

- Já, o diretor é uma pessoa bem carismática, estou dando uma lida no roteiro, depois quero ver o que achou. Você tem alguma novidade?

- Ah! Claro, já estou no caminho pra te contar uma boa notícia, você vai adorar bastante quando ouvir.

Finalmente cheguei no prédio, Enzo estava em seu apartamento, pois pela frestas da porta dava para ver a luz. Bati na porta, escutei sua voz gritando que eu poderia entrar. Entrei o abraçando com um grande sorriso e dando uns pulinhos de alegria.

- Tá bom, desembucha, deve ser uma notícia maravilhosa! - Enzo diz sorrindo. 

- Você disse que um dia queria ver meu nome na estantes das livrarias. 

- NÃO PODE SER! É SÉRIO ISSO QUE EU ESTOU PENSANDO?!

- SIM! Minha professora gostou tanto de meus textos que ela vai falar com o marido dela que é dono de uma editora para ver se posso publicar alguma coisa!

- Eu estou tão orgulhoso de você! - Ele me abraça com força e beija minha testa. - De verdade, estou sem acreditar nisso!

- Bom, mudando de assunto...O que achou do roteiro? 

- É genial! - Enzo me entrega o roteiro que parecia um livro de tão grande. - Leia!

A história do roteiro se consistia em um jovem rapaz que trabalha como jornalista que tem seu interesse romântico, mas ela morre após um acidente de carro, então o rapaz que estava em luto decide sofrer o período de perda viajando, lembrando de sua namorada e se redescobrindo, vendo que só porque uma pessoa importante morreu, ele irá deixar de viver sua vida. Enzo em algumas cenas terá que beijar o interesse romântico, fiquei um pouco desconfortável , não que eu sinta ciúmes! Mas decidi ignorar, era realmente um texto original genial e de como sua história flui, tenho certeza de que será aclamado de qualquer forma.


Daylight (Enzo Vogrincic fanfic)Onde histórias criam vida. Descubra agora