E se o amor não correspondido fosse apenas um desvio,
Um caminho tortuoso em direção à própria essência?
E se a dor da ausência fosse, na verdade, um convite,
Para explorar as profundezas da própria existência?E se a saudade fosse a ponte para a autoaceitação,
Um lembrete constante do valor do próprio coração?
E se a ilusão do amor não vivido fosse, afinal,
A chama que acende a busca por um amor real?E se, em vez de lamentar a ausência do outro,
Pudéssemos honrar a força do amor que existiu?
E se a tristeza se transformasse em compreensão,
E a solidão se tornasse uma oportunidade de evolução?E se, no fim das contas, o amor não correspondido
Fosse um portal para o autoconhecimento mais profundo?
E se, ao invés de nos prender ao passado, nos lançássemos
À descoberta de um amor verdadeiro e fecundo?E se, mesmo diante da dor do amor não vivido,
Encontrássemos a paz na certeza de que somos completos?
E se, ao invés de nos render à tristeza sem fim,
Escolhêssemos a esperança de um amor que seja concreto?