Eu fiz isso por nós - Draco Malfoy

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Personagem: Draco Malfoy - Harry Potter

   Inspiração: A Ana (te amo amiga)

   Contexto: namorados

   Gatilhos: Relacionamento abusivo, manipulação, dependência emocional.

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Draco Malfoy

    Suspiro cansado, sem saber o que fazer. Não sei se sinto mais dor em minha cabeça, ou no braço coberto pela marca, que arde como ferro em brasas. Quero arrancar esse terno, e raspar meu braço até me livrar desse símbolo.

    Todos limites foram ultrapassados, não consigo fazer o que querem. Mas se não fizer, eu tô fodido. Se eu não matar Dumbledore, o Lorde irá matar todos que amo.

     Eu preciso ver ela, eu preciso dela, se não sinto que vou enlouquecer.

     Caminho pelas ruas, a procura da tal loja de doces que ela tanto ama e sempre levo quando vou à sua casa. Nao presto atenção em ninguém, não acho que eu consiga, na verdade, meu coração está tão acelerado que me questiono se não vou ter uma parada cardíaca a qualquer momento.

     Faço uma cara feia ao passar em frente à rua que nos leva à Rua dos Alfarrábios, encarando aquele beco sujo. Mas encaro o local, sem acreditar no que vi. Ela se destaca no meio daquela imundície. Posso não estar bem da cabeça, mas consigo reconhecer minha namorada de longe.

      -Olhe por onde anda!- um homem barbudo e baixinho reclamada quando praticamente o empurro, e apenas ignoro, seguindo em direção ao beco fedido e escuro.

      Não sei porque não a chamo, simplesmente sigo em silêncio, observando a confiança pela qual ela caminha por esse lugar, sem sequer olhar para trás. E incrivelmente, ninguém mexe com ela. Preciso andar desviando e empurrando as pessoas que me puxam, pedindo algo ou tentando vender algo, enquanto Delphine segue totalmente intocada.

      Como se a conhecessem.

      Reconheço a fachada da loja em que ela para, a mesma em que já vim com meu pai algumas vezes me livrar de artefatos das trevas, quando estavam investigando ele, e encaro completamente confuso.

     Ok, todas famílias sangue puro tem artefatos mais antigos do que podemos imaginar, óbvio que ela também teria, mas no Beco Diagonal há lojas em que Delphine poderia vender suas coisas.

     E não entendo porque ela precisaria vender algo, com seus cofres tão cheios.

     Me esgueiro até a entrada, sem poder abrir a porta por causa da bosta do sininho, e fico feliz pela loja decrépita, porque consigo ouvir tudo através dos vidros quebrados.

      -Demorou para voltar dessa vez, pensei que tinha desistido- me arrepio ao ouvir a voz, sem entender o porquê Greyback falaria tão intimamente com ela.

     Sinto meu estômago revirar com as opções.

     A voz rouca e delicada de Delphine é baixa demais para que eu consiga ouvir, mas consigo ver o sorrisinho convencido que ela sempre dá, calma perto daquele monstro.

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