Capítulo 2

42 7 52
                                    

✨Cassandra Yuto✨

Antes de qualquer coisa, eu tinha que fazer isso.

Todos não pareciam nem um pouco em choque ou confusos, óbvio, são um bando de loucos, loucos estão acostumados com loucuras.

— Uma criancinha? Que fofinho da sua parte Cassie — Megan é a primeira a falar, com o sorriso maníaco de sempre, ela é a única que me chama assim — o Daniel vai amar quando souber.

Daniel. Lembro até hoje quando ela o sequestrou. Por fora, Megan parece uma mulher delicada, a famosa loira dos olhos azuis que adora rosa, mas por dentro... É uma mulher com uma obsessão desde o colégio e só esperou a hora certa de agir.

O coitado nem vê a luz do dia, vive dentro de casa. O bom é que ele tem um mulherão do lado dele, o ruim é que esse mulherão é uma louca.

— então... A criança vai ficar na casa de algum de nós todos fim de semana para treina-la? — foi a vez de Ellen falar, seus cabelos curtos se balançam no ar.

— isso mesmo.

Espero que Ellen não faça nada, ela realmente é uma pisicopata a conheço ela por explodir todos em sua frente com as bombas que ela mesma faz, os únicos que escapam são seus gatos, seus milhões de gatos. Se existir próxima vida, quero reencarnar como um gato dela.

Ellen é o tipo de mulher que os machos acham "esquisita", cheia de tatuagens, piercings, e coisas do tipo. Ela tem pele de porcelana e um cabelo liso acima da orelha, sei que parece ridículo, mas ela fica gata demais.

— ah tá, treinar. Posso saber oque eu iria ensinar para ela? — diz Kessie com sorriso sarcástico e sombrancelha arqueada.

Prostituta e canibal. Os homens ricos que dormem com ela mal sabem que não acordaram no outro dia, pelo menos a última coisa que fizeram foi transar com essa gostosa. Trabalha em um bordel em Nova prominência, até nas cidades grandes do nosso país tem bordéis.

Cabelo longo ruivo liso com gel para ficar sem nenhum fio em sua frente, lábios carnudos e corpo perfeito, olhando assim nem parece o tanto de cirurgias fez.

— Se não tiver nada para ensinar, fica de fora.

— Ei estressadinha foi apenas uma pergunta de duplo sentido não leva para o pessoal maninha — Ela revira os olhos. seu sorriso aumenta, dessa vez um malicioso, seu olhar se vira para Alex.

Percebo que a mudança é porque Alex estava apertando sua coxa eles se entre olham com malícia.

Alex e Kessie. Os dois se merecem mas nunca dariam certo, eu sou a ex-namorada dele, sei como funciona. Ele trafica mulher e droga, tem o hobie de empalhar as putas rebeldes dele. Já Kessie é doidinha para literalmente comer ele, mas sabe muito bem que ele também ataca.

— tem algo a dizer sobre Alex? Alguma dúvida?

— vou ter que vender maconha de graça?

— você andou fumando essas droga é? Ela ainda tá no jardim de infância, no máximo no primário e olhe lá.

— mas um dia ela vai querer provar

— e quando esse dia chegar eu dou dinheiro para ela comprar.

Antes que uma briga começasse, me viro para Aisha que observava tudo com cara de paisagem. A mais jovem da sociedade, Aisha Ashford tem dezesseis anos e saio das escola aos catorze quando ficou órfã. Ela trabalha no bordel de Alex fazendo os afazeres domésticos.

Os seus pais nunca a levaram no psicólogo então a sua saúde mental só piora. Já tentamos convencer-la que somos reais e não delírios de sua cabeça, mas isso é coisa que os delírios de sua cabeça falariam e falam, óbvio que nunca acreditou.

— Sinceramente não sei porque ainda espero uma resposta de você.

— enfim, porque não trouxe a menina para a gente vê? Eu queria tanto apertar as bochechas dela! —

— Meg, eu não trouxe porque a garota ficou pedindo para ver o irmão.

— calava a boca dela ué, você mata o povo sem piedade e tem medo de uma pirralha? — Alex aumenta o tom de voz

— não tenho medo, só não quero ser madrasta a madrasta malvada

— devo te lembrar que não estamos em um conto de fadas?

— ninguém merece ter uma infância ruim

— é com a dor que nos tornamos fortes

— Não é obrigado a sentir dor para se tornar forte de verdade! Só porque sofremos na infância não é justificativa para acabar com a da garota — é a minha vez de levantar a voz.

— cada vilão tem seu passado.

— seja ele bom ou ruim Alex!

— CHEGA!! — Ellen bate na mesa, assustando a todos — a sociedade foi feita para darmos amor fraternal um ao outro, parem de gritar. Se já falaram o suficiente, vamos embora agora, está ficando tarde. — ela se levanta da cadeira enferrujado.

— tanto faz. — Alex resmunga antes de sair.

...

Chego em casa perto das dez da noite, apenas as várias velas iluminavam os cômodos. Chego na sala, Lia estava deitada no sofá ao lado de um copo de plástico. Avisto Melanie limpando o balcão da cozinha.

— como fez ela dormir?

— o sedativo ajudou. — dou um sorriso de canto enquanto pego o copo ao lado de Lia — ela estava vermelha de tanto chorar e a gritaria acabou com meus tímpanos, peguei o sedativo com receio e coloquei na água dela.

— por que com receio?

— porque eu tava com medo de errar e dar veneno pra ela, quem mandou você pôr tudo junto?

— é que as novas prateleiras ainda não chegaram.

— ah tanto faz. Enfim oque vamos fazer em relação ao irmão dela?

— a gente acha ele, já tenho o endereço.

— a Lia te falou?

— claro que não, nem ela deve saber. A Aisha que me falou, na verdade, anotou. Me deu um bilhete com o endereço. Você sabe que ela é boa quando o assunto é hackear sistemas de segurança.

— você está pensando em trazer o irmão dela para cá também?

— não estou pensando, vou fazer isso

— você só me dá trabalho — ela fala enquanto tentava amarrar seu grande cabelo cacheado.

Espero que tudo ocorra bem.

Rainha dos pecadoresOnde histórias criam vida. Descubra agora