Capítulo 12

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✨ Cassandra Yuto ✨

Acordo ofegante toda suada, pesadelo do caralho. O despertador tocava loucamente, perdi o horário, e tenho tanta coisa pra fazer hoje! Pego meu celular, cheio de notificações de um número desconhecido.

Era como se minha cabeça fosse explodir de tanta informação.

Levanto da cama pronta —ou talvez não tanto assim — para um novo dia.

No banheiro, me olho no espelho para ver a situação de meu rosto. Meus cabelos pretos estavam bagunçados e meu rímel borrado.

Tenho que acelerar, hoje vai ser um longo dia.

...


Eu estava lendo o nome de devedores em minha prancheta, odeio ter que vim para Nova prominência logo agora que tem esse processo para resolver.

"Elias Nyle"

O segundo no momento que tem mais dividas. Sempre o visito, mas ele nunca está, se eu ver ele ao menos uma vez, vou estourar ele no tiro.

Toco a campainha, quem abre é uma mulher de cabelos longos pretos, estava com um vestido vermelho que tinha uma fenda enorme que ia até a coxa, o vestido estava todo amassado, seu rosto era corado. Ela me lembra alguém.

— Oque você quer? — ela pergunta com seriedade e um pouco de desprezo.

— quero ver Elias — sou direta.

— gatinha, quem é você para querer isso? — ela debocha me olhando de cima a baixo.

"Eu sou quem vai meter bala em você se ficar de gracinha" tento me segurar para nada acontecer.

— Eu estou miando por algum acaso? Lugar de gato é no pet shop. — não consigo me segurar — e no caso, quem eu sou não te interessa. Oque interessa é que quero ver esse cidadão — mostro a foto de Elias colada em um dos papéis de minha prancheta.

— Onde ele está também não te interessa — ela dá de ombros, pouco de importando.

Sem paciência, tiro o revólver do bolso e aponto pra ela.

— "gatinha" é bom você falar por onde esse filho da puta anda, senão é você que se fode! — grito — e é bom vocês cuidar da própria vida, porque ela tá correndo risco — aponto a arma para as vizinhas que estão espiando pelas janelas.

A mulher se assusta, e olha para trás chamando por ele. Elias logo aparece, barba mal feita, cabelo bagunçado e por incrível que pareça, um corpo atlético.

Mas olhando assim, parece um ganhador das olimpíadas que virou mendigo.

— sabe muito bem oque vim cobrar Elias — falo com o dedo no gatilho, dessa vez apontado para ele.

— dona estou numa situação ruim no momento, prometo pagar quando tudo isso passar — ele faz uma pausa dramática — minha caçula foi sequestrada e o mais velho desapareceu. — seus olhos brilhavam com as lágrimas, mas a falsidade era nítida.

Ah porra, que conhecidencia. Mais um motivo para meter bala nessa cabeça oca.

— então, não terei outra opção... — destravo o revólver.

Ele abre a boca para falar, mas não quero ouvir nenhuma palavra dele. Três tiros na testa, faz ele cair para trás sem ao menos gemer de dor.

A mulher olha aterrorizada para mim segurando um canivete com as mãos trêmulas, ela prepara para gritar, mas tapo sua boca com as mãos.

— Acho que tenho que ter certeza que não irá fofocar nada, antes de ir... — murmuro com um sorriso malicioso.


...

Observo a bela cena. A mulher com as mãos amarradas ajoelhada ao lado de seu macho. Os mesmos olhos que estavam com deboche a tempos atrás, agora demonstram desespero, fui boazinha por não deixa-la morrer, mas ela vai ter bom uso.

Com uma só facada, consegui cortar suas cordas vocais, a vadia ainda ficou se contorcendo enquanto gemia de dor, pois não tinha forças para gritar.

Ela será muito bem-vinda no bordel de Alex, um presente como amiga.

Digito o número do mesmo em meu telefone. Como uma criminosa da alta sociedade pegou carona na moto da amiga envés de vim de carro?

Rainha dos pecadoresOnde histórias criam vida. Descubra agora