Prólogo

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Enfio a faca na barriga dele pela terceira vez, o sangue jorra de seu estômago. Eu vim para nova Prominência só para acertar as contas com esse devedor.

O desgraçado dá trabalho para cobrar, e agora está dando trabalho para matar! Santa paciência.
Ele se apoiava nas paredes do beco para se manter em pé.

Não tenho tempo de ficar enfiando a faca na barriga dele até sua morte. Tenho rotina!

Dou um chute certeiro em seu joelho que o faz cair para trás, ele inclina a cabeça e cospe mais sangue, manchando o chão imundo do beco.
Retiro o revólver do bolso e aponto para sua testa, com a mão suja de sangue ponho o dedo no gatilho e atiro.

Ele finalmente para de se mexer, com um olhar morto, o sangue escorriam pelo rosto.

Acaricio a faca, pronta para deixar minha marca de sempre, mas antes que eu conseguisse me aproximar, ouço um suspiro, um suspiro de choque e medo misturados.

Por cima do ombro, encaro a garotinha que estava sendo iluminada por um único poste. Ela tinha longos cabelos pretos e um rostinho redondo com bochechas coradas, ela segurava uma sacola com uma garrafa de álcool.

Devo atirar? Devo ameaçar e falar para ela correr? Minha mente estava confusa. Aproveito seu estado de choque e faço sinal para se aproximar com a mão que estava livre após guardar a faca.

Uma criança, alma pura, limpa, Tão inocente, tão fácil de manipular...

Rainha dos pecadoresOnde histórias criam vida. Descubra agora