Suna acordou sentindo que sua cabeça estava apoiada no ombro de um homem e ela estava pressionada firmemente pela mão do marido contra seu corpo. A mulher estremeceu, tentando sair do abraço.
— E para onde você decidiu fugir tão cedo de manhã?— Kaya perguntou com uma espécie de sorriso malicioso.
— Em lugar nenhum. Só não estou acostumada com abraços matinais como esse...— desculpou-se Suna.
— Acostume-se agora, porque seu marido gosta muito de abraçar você— Suna sentiu um beijo no topo de sua cabeça. — E beijar você!— com essas palavras, Kaya puxou a garota para que ela ficasse em cima dele.
— Kaya, o que você está fazendo?— Suna até se perguntou como ela não conseguia aumentar o tom de sua voz. — E se entrar alguém, e nós estamos nesta posição aqui?—
— Este é o nosso quarto, ninguém se atreverá a entrar aqui sem a nossa permissão!— o homem sorriu, e depois beijou Suna, ao mesmo tempo que acariciava as suas costas, apertando os dedos na bunda da morena
— Senhor. Kaya, Sra. Suna?— os recém casados foram interrompidos por uma batida na porta — Depressa. Halis Bey está prestes a descer para tomar café da manhã. E exigiu que todos estivessem presentes.—
— Achei que era uma má ideia...— Suna sussurrou, saindo rapidamente dos braços do marido e indo até o armário pegar as coisas. — Kaya, prepare-se, por favor!— a mulher olhou séria para o marido ao perceber que ele ainda estava deitado na cama. — Não se brinca com o seu avô.—
— Tudo bem, mas você vai me pagar à noite por ter fugido agora!— Suna revirou os olhos e jogou uma camiseta limpa para o marido. Agora ela estava feliz por terem tomado banho à noite, porque não havia mais tempo para isso.
Eles se juntaram a todos um segundo antes de Halis aparecer, mas mesmo esse segundo foi o suficiente para Suna perceber os olhares estranhos que seu marido e Pelin trocaram. Mas Suna tentou acalmar os pensamentos e inseguranças em sua cabeça de que Kaya poderia trocá-la por Pelin. Isso seria muita bobagem.
Pela segunda vez, ela sentiu uma pontada de ciúme quando Halis planejou outra mudança de posição à mesa. Agora Ferit e Pelin estavam sentados mais perto dele, porque Ferit havia recuperado o juízo e Pelin carregava o herdeiro da família.
Ela e Kaya agora ocupavam o antigo lugar de Ferit e Seyran, mas não era isso que incomodava a garota, mas sim a forma como Kaya sorria para Pelin durante todo o café da manhã.Quando toda aquela refeição formal terminou, Suna voltou para o quarto e ficou olhando para o teto, sem saber o que fazer.
— Você está bem?— Kaya esclareceu quando também voltou para o quarto e percebeu Suna em uma posição estranha.
— Sim, é que não há absolutamente nada para fazer nesta casa. Então vou ficar olhando para o teto. Você não pode nem fazer café para você, porque há criados para isso.— a garota suspirou pesadamente. — Quando vivi com os meus pais sempre houve algum tipo de trabalho doméstico, e nesta mansão, a não ser que estejas a tramar contra os outros, não há absolutamente nada para fazer.—
— Quer que eu fale com o vovô sobre uma oportunidade de trabalho para você?— Kaya sugeriu, sentando na cama e acariciando a coxa da garota.
— É melhor você conversar com ele sobre o seu trabalho, você desenha lindamente. Você poderia ser um artista de novas coleções de joias.—
