5° Capítulo

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Quando Kaya acordou, sua esposa já estava acordada. Ele percebeu que Suna estava olhando para o teto com um olhar congelado, claramente pensando em alguma coisa.

— Está tudo bem?— O homem disse baixinho, mas Suna se contorceu mesmo assim, sem esperar a pergunta.

Ela virou a cabeça para o marido e tentou sorrir.

— Compartilhe o que está te incomodando...— Kaya encontrou a mão da mulher debaixo do cobertor, entrelaçando os dedos.

— Eu só estou cansado. Parece que desde o dia em que os Korhans apareceram em nossas vidas, não houve um único dia calmo. Não que tenha havido antes, mas passamos por muita coisa nos últimos anos. Eu nem quero lembrar de tudo. Mas esse estresse sem fim não termina de forma alguma. Até fomos para Marmaris, ao que parece, de férias, mas você lembra como tudo acabou. Você sabe, os noivos estão em lua de mel. Gostaria de ir a algum lugar, desligar o telefone e não me preocupar com nada durante pelo menos alguns dias.—

— Então vamos!— Kaya disse bastante sério.

— Como posso? Vou me preocupar com a forma como Seyran está aqui, se nosso pai a alcançou e se Ferit a machucou novamente. Vou me preocupar com minha mãe. Não vou conseguir relaxar, então esqueça.—

— Você precisa aprender a pensar não só nos outros, mas um pouco em você, minha querida esposa. Você acha que se preocupar com todo mundo assim o tempo todo faz bem à saúde? Não, minha pequena, não.—

— Obrigado, Kaya...— Suna abraçou o homem, aninhando-se na curva de seu pescoço e encontrando paz em seus braços. — Mas aqui sinto-me bem e tranquilo.—

— Onde?— Kaya perguntou confusa, duvidando que a garota se referisse à mansão Korhan.

— Em seus braços...— a garota sussurrou.

***

Quando Suna falou sobre os dias turbulentos da manhã, ela não teve vontade de resmungar. Mas à noite, um choque após o outro os aguardava. Primeiro, esse tio maluco de Pelin, que veio cortejar Nukhet. E então a notícia de Ferit de que Kazim havia sequestrado Seyran.

E Suna realmente não conseguia acreditar que Ferit havia dito com tanta calma que nem Seyran nem Kazim eram mais importantes para ele.

— Você está bem?— Suna ouviu a voz animada do marido, que pegou sua mão para apoiá-la. Ela assentiu com a cabeça, mas não estava nada bem.

***

— Suna, querida, por favor, acalme-se!& ela tremia, as lágrimas escorriam involuntariamente de seus olhos, enquanto a mulher discava repetidamente o número de sua tia e mãe.

— Não posso, Kaya. Não consigo me acalmar, você sabe. Não sei onde está minha irmã, o que há de errado com ela. Se ela ainda está viva ou se nosso pai já a espancou até a morte.—, ela estava praticamente tremendo de histeria.

— Calma, calma, respire, por favor. Você não vai ajudá-la se chorar.— Kaya rapidamente enxugou as lágrimas dos olhos da garota. — Ouça-me, vamos nos acalmar e pensar, ok.—

— Kaya, não consigo me acalmar. Ela está lá por minha causa. Papai sempre fazia isso, nos punia pelo mau comportamento um do outro. Eu o expulsei desta casa e agora minha irmã está sofrendo.— Suna tentou discar o número da irmã, mas houve apenas bipes longos.

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