9° Capítulo

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— Suna querida, devo te dar um pouco? —  a mulher olhou para os pratos com ensopado e balançou a cabeça negativamente.

Talvez fosse sua imaginação, mas este prato tinha um cheiro muito suspeito.

— Obrigada!— ela sorriu educadamente para o marido. — Não estou com muita fome, vou me contentar com uma salada hoje.—

Ao invés disso, Suna o serviu do ensopado e Kaya sorriu, aceitando os cuidados de sua esposa.

Foi um jantar excepcionalmente calmo, durante o qual a única conversa incluiu uma pergunta de Halis sobre como Pelin estava se sentindo.

Nesse momento, Suna até se perguntou se ela estava carregando o filho de Kaya, se Halis estaria constantemente interessado em sua condição ou se o neto de Ferit ainda seria uma prioridade para o dono desta casa.

— Suna, você vem? — a voz do marido a arrancou de seus pensamentos, e a mulher percebeu que nem havia percebido como todos começaram a se dispersar.

— Sim, claro.— Suna sorriu.

— E o que você está pensando aí? — Kaya perguntou quando eles estavam sozinhos.

—  Posso ir trabalhar com você amanhã? Não vou interferir, irei a algum café em frente ao seu escritório, talvez até haja uma esplanada lá, e farei o que sempre faço, mas não dentro destas quatro paredes.—

— É possível, esposa, tudo é possível.— Kaya abraçou Suna. — Depois almoçaremos juntos e, se não tivermos reuniões depois do almoço, você pode até passar um tempo no meu escritório. Nos vemos tão pouco e não era isso que eu esperava quando me casei com você. —

— Você está me envergonhando de novo.— Suna sorriu.

— Eu realmente não posso acreditar que tenho uma esposa tão doce que ainda tem vergonha do marido— , o homem riu.

— Kaya, não comece.— ela beijou sua covinha fofa em sua bochecha. — Estou cansado, vou tomar banho e ir para a cama, ok?—

— Ok!— Kaya piscou, perguntando-se mentalmente por que exatamente sua esposa estava cansada.

***

Quando Suna acordou pela manhã, a primeira coisa que sentiu foi um estranho ataque de náusea. Ela, claro, não queria acordar Kaya, mas teve que sair rapidamente dos braços dele e correr para o banheiro, conseguindo até trancar a porta atrás dela.

Ela levou cerca de dez minutos para esvaziar o estômago, lavar-se e recuperar o juízo. Só depois disso a menina se permitiu voltar para o quarto, ainda esperando que o marido estivesse dormindo.

— Você está bem? — Kaya olhou para ela muito animada.

— Sim.— Suna sorriu, tentando esconder suas preocupações. — Parece que a salada de ontem não estava muito boa. Mas está tudo bem agora.—  ela voltou para a cama e se agarrou a Kaya, até surpreendendo um pouco o homem com seu tato.

— Venha até mim.— ele sorriu para a esposa, deitando-se de costas e colocando a cabeça dela em seu peito.

Suna moveu-se ligeiramente, pressionando o nariz na curva do pescoço do marido. -

— Vamos dormir mais um pouco, ainda é cedo. —

— Você tem um cheiro delicioso.— sussurrou a mulher, deixando um pequeno beijo no pescoço do marido.

— E é você quem diz que estou envergonhando você. — Kaya riu, acariciando as costas de sua esposa.

— Vá dormir, querido. —

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