XIV

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Izuku passava todo o dia brincando com o seu filho, tirando fotos dos seus momentos fofos e pesquisando mais, porque convivia com um pequeno gênio. 

Nas horas vagas, nas quais Kazu tinha alguma atividade programada pelo seu pai, o que era um absurdo.

- Você chegou tarde outra vez - largei o livro que estava lendo. E vejo o homem entrar como um furacão sem ao menos dizer uma palavra. 

- Hum - Katsuki revirou os olhos, até quando essa encenação vai continuar? - Já não tinha dito para não perguntar a todo o momento.

- Porque o Kazu não pode ter amigos e ir para escola? - Questionei já insatisfeito com a criação do meu filho, no começo eu tentei entender, mas com o passar do tempo eu vejo que se continuar assim, meu filho vai perder sua infancia sem ao menos aproveitar. - Ele parece um adulto no corpo de uma criança, Katsuki, isso não é saudável para o desenvolvimento dele, crianças precisam brincar. 

- Izuku, sou em quem decide o que é melhor para vocês, não quero interferência do mundo na minha criação do meu filho.  - Diz ainda de costas para mim. nosso filho! Ele não pensa em mim. Nunca pensou.

- Mas- fui interrompido.

- Cala a puta da boca. - Um tapa foi disferido contra a minha cara. Eu limpei as lágrimas teimosas, porque sei que ele fica um completo monstro quando eu choro, faz coisas horríveis para me castigar. 

- Me desculpa... - Sussurei em temor. E em um surto, me encolhi ao ter a minha roupa bruscamente retirada do meu corpo. Ele beijava meu pescoço com brutalidade, deixandor ardor e manchas por onde passava, não tinha como acompanhar isso. - Katsuki, hoje não, por favor.

- Shii! Eu não gosto quando você me nega- ele agarrou o meu pescoço em um aperto frouxo. - Se comporte meu amor, ou terá punição. - Ele roça os dentes nos meus mamilos, que estavam estranhamente sensíveis. 

- Humm - Gemi, mas não era de prazer, mas sim desconforto.

- Você está gordinho, não quero que estrague suas belas curvas. Se for uma tática para tentar tirar o interesse, então vou avisando para esquecer, porque não irá funcionar.

- Eu não estou tão gordo assim. - tentei reparar em mim mesmo e notei a diferença. - Então é por isso que você chega tarde? Porque eu estou gordo, eu posso emagrecer Kacchan, sõ não me troque por outra. - Eu chorei de insegurança e medo de ser abandonado, assim como a minha mãe sofreu com isso. Eu lembro dela solitária pelos cantos da casa, apesar dela tentar transparecer que estava tudo bem.

- Outra? - Ele cheirava o meu cabelo e tocava o meu rosto, delicado, mas ao mesmo tempo aspero. Seu olhar não era de paixão, era algo muito estranho, muito mais sombrio. - Ai Deku. Seria bom se tivesse outra para o seu bem, mas não, eu não tenho olhos para mais ninguém, eu sou louco, não tolo! - Ele penetrou de uma só vez, uivando de prazer. - És meu! Ninguém vai mudar isso, nem que eu tenha de matar quantos forem necessários. - Ele sussurou de forma macabra no meu ouvido.

- Au! - Hoje doeu mais que o normal, como se tivesse algo muito sensível dentro de mim. - Devagar, isso doeu, para, Katsuki não faz isso. - Eu sentia muita dor com as suas investidas. 

- Como pode uma "mamãe" ser tão apertada, caralho, eu amo o seu cuzinho. - Disse de forma irónica, mas ignorou tudo que eu disse, pois, suas estocadas eram fortes e implacáveis. Eu só sabia gemer de dor, estava insuportável, eu só esperava ele gozar para parar 

- Porra, voce está sangrando como um virgem! - ele sorriu satisfeito. - Por acaso ficou virgem outra vez? Depois de tudo que fizemos esses meses?

Eu não conseguia falar mais nada, eu só quero que ele saia de dentro, nem que fosse por um segundo. Mas ele continou e continuou até eu perder as contas e noção de tudo. 

Acordei com berros ecoando por todo lugar.

- É melhor ele se recuperar rápido, senão todos vocês morrerão aqui! - Katsuki

- Senhor ele perdeu muito sangue, mas nós fizemos de tudo para tentar salvar os tres, mas infelizmente só um sobreviveu. - disse o homem vestido de branco. 

três? Quem está ferido?

- Que merda é essa de três? - Esbravejou. 

- Senhor. seu esposo é um caso nunca visto por nós, mas tudo indica que estava grávido de gêmeos. Não soubemos como isso aconteceu. Mas parece que o senhor Izuku teve uma queda drastica ou alguma coisa do genero e provocou a morte da criança. Com o tempo que fomos chegamos, não houve nada que possamos fazer.

- Então era isso outra vez, e o outro? - Não esboçou nenhum sentimento como se aquilo não o afetasse ou tivesse um pingo de importância. 

- Está fragilizado, senhor, contudo, nada que um bom repouso não resolva e tudo irá ficar bem. - Diz de forma controlada para manter a calma. - Vamos acompanhar o Sr. Izuku até ele se estabilixar.

Grávido? Gêmeos? Eu?

- Katsuki. - Chamei ele em num fio de voz, estava fraco demais para gritar - Meus filhos, um deles morreu?

- Shii, dorme meu amor, tudo vai se resolver.

- Não, eu quero o meu filho, Katsuki devolva o meu filho! - Eu arranquei tudo que estava preso no meu corpo.

- Deku, se acalme. - Ele tentava me agarrar

- Eu disse, eu disse, voce não me ouviu, voce matou meu filho. - Chorei sem consolo- Devolva! Devolva o meu filho! Seu desgraçado, foi culpa sua.- eu gritei descontrolado, jogando tudo para os ares.

- Apaguem ele agora! - Ordenou para um dos medicos.

Eu arranhei seu rosto, deixando uma cicatriz enorme no seu rosto. Eu estava sem chão, eu sentia que estava a perder as forças de longe. - Assassino, eu te odeio...

E já não me lembro de mais nada.

Não existem heróis aqui!- Bakudeku darkOnde histórias criam vida. Descubra agora