VIII

164 17 0
                                    

Eu chorei tudo que tinha para chorar, me sentia sujo, me sentia um verdadeiro Deku. Coberto de males em meu corpo manchado até as entranhas. Olho para o homem que partilha a cama dormir tranquilamente, depois da sua secção de estupro, ele abusou de mim até o amanhecer. Em meus devaneios eu pensava: "E se eu matasse ele com a almofada?"

Não. Eu não sou assim, e ele vencerá na mesma. Não tenho força suficiente para lutar contra esse monte de músculos.

Consegui sair do seu aperto e em paços lentos, fui até o banheiro, olhar para o espelho trazia memórias ruins, mas também mostrava o quanto esse homem fez estragos em mim. Toquei o meu ventre e chorei mais ainda. — Eu não quero um filho seu. Eu não quero!

Fiz de tudo para que o sémen dentro de mim saísse. Não poderia acreditar que uma coisa dessa pode suceder a qualquer momento, essa ideia deixa-me apavorado. Meu corpo é maldito, por quê nasci logo com essa capacidade. Eu não pedi para ter isso dentro de mim... isso nem é uma individualidade. Tudo seria mais fácil se eu tivesse nascido como mulher.

Sentei no banheiro e deixei o chuveiro fazer o seu trabalho. Depois de tudo essa sensação de desejo ser familiar, eu sinto que não sei nada nessa história. Meu peito dói quando tento negar ele. Quem é você Bakugou?

— Acordou cedo.

Virei o rosto para ele, estava nu e não parecia estar incomodado com isso. Ele estica as mãos em sinal para que eu fosse até ele. Relutante e com medo do que poderia acontecer, eu fui em passos lentos. Mas seu toque era  estranhamente familiar e o meu medo passou tão rápido, que eu fiquei surpreendido e mais assustado ainda, o que isso significa?

— Bom dia, meu amor! Dormiu bem? — Envolve os seus braços fortes na minha cintura. Espalmei as minhas mãos em seu peito, para manter o equilíbrio.

— Sim, eu dormi bem —, decidi entrar no seu jogo, estou cansado dessa vida miserável, estou cansado de viver, não importa o que tente fazer para que tudo corra bem, nada funciona. Não existem super heróis aqui!

— Fico feliz em saber. — Ele beija o meu pescoço e abre as bandas da minha nádega, enfiando dois dedos na minha entrada. Nesse momento eu já não me importo com o que vai acontecer comigo. E suspiro com o toque dos seus dedos evasivos. — Hummm! Devagar.

— Mas já está todo apertado outra vez? — Diz massageando e alargando a minha entrada com seus dedos.

Retribui o beijo feroz que ele me deu, seus lábios eram familiares, seu toque era familiar.
— Katsuki, Kacchan — Lembrei do seu nome, de como usualmente eu o chamava.

— Quê? — Katsuki olhou surpreso, suas íris vermelhas estavam arregaladas.

— Seu nome é Katsuki, eu lembrei. — Continuei a acariciar o seu rosto.

— O que mais você lembra? — Diz feliz.

— Eu não sei, minha cabeça dói. Eu não consigo lembrar. — Realmente as memórias estão aleatórias, eu só lembro dele a falar o seu nome.

— Não faz mal! Com o tempo tudo se resolverá —, beija a minha testa. — Eu vou cuidar de ti e mais nenhum herói tocará em você. Nunca mais!

Então com o impulso que ele deu no meu corpo, eu prendi os pés em volta da sua cintura, sentia cada centímetro do seu membro romper a minha entrada.

— Você lembra do quanto você gemia  com o meu toque, o quanto você pedia por mais? — Katsuki se movia fodidamente devagar. Era frustrante.

— Sim, eu sinto que lembro —, respondi com os surpreendentes espasmos de prazer.

"Eu não consigo entender o que se passa comigo. Quem sou eu? O que faço aqui, quem realmente somos?"

— Eu senti sua falta, nós sentimos muito a sua falta, bunny. — Ele cheirou o meu pescoço e o beijou em seguida.

— Nós? Quem é a outra pessoa? — perguntei entre gemidos.

— Eles realmente fizeram uma lavagem cerebral a você?

— Eu quero saber Katsuki, sinto que é importante!

— Calma bunny, já...já, eu contar-te-ei a verdade. Mas agora vamos resolver a nossa lua de mel primeiro.

Envolvi os meus braços no seu pescoço para não cair. Suas investidas eram fortes e nossos gemidos eram abafados pelo som da água corrente.
Minhas costas raspavam freneticamente contra a parede.

— Kacchan, quem é você? Quem somos nós? — Não consegui guardar a vontade de questionar.

Porém, fui respondido com um beijo repleto de gemidos. Então, eu fechei os olhos e me entreguei ao momento.

Não existem heróis aqui!- Bakudeku darkOnde histórias criam vida. Descubra agora