001 - A fúria.

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001A FÚRIA

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001
A FÚRIA

Água, Terra, Fogo, Ar.
" Por milênios, as quatro nações viveram em harmonia. Isso tudo mudou quando a Nação do Fogo atacou. Só o Avatar domina os quatro elementos, só ele pode impedir o ataque impiedoso do Fogo. Mas quando o mundo mais precisa dele, ele desaparece. "

Uma tempestade caía em nível torrencial, os gritos de dor e agonia se misturavam com o som de trovões que pareciam insignificantes diante de todo o horror

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Uma tempestade caía em nível torrencial, os gritos de dor e agonia se misturavam com o som de trovões que pareciam insignificantes diante de todo o horror.
Trêmula, Emi corria segurando a mão de sua mãe. Suas pernas pequenas tentavam acompanhar o ritmo ligeiro da mãe, o vento frio e forte bagunçava seus cabelos longos e negros, tudo parecia confuso para a pequena Emi. Suas narinas eram tomadas pelo cheiro forte de fumaça, e cá e lá, seu corpo sobressaltava de susto. O chão abaixo de seus pés tremiam, era uma batalha incessantemente dos poucos dobradores de terra que habitavam ali e soldados da Nação do Fogo. Os pingos de chuva escorriam pelo rosto delicado da garotinha saturando as roupas e seus cabelos, Hana,a sua mãe, puxava com força a pequena mão da filha para não perderem a rota enquanto tentavam alcançar um grupo de pessoas que também fugiam um pouco à frente delas.
— MAMÃE! MAMÃE, CADÊ A TIA HANI? — gritou Emi, diante de todo o barulho. Olhou para cima, esperando uma resposta da mãe. Piscava os olhos freneticamente diante da penumbra da noite constatando com todo o caos. Ela sentiu sua mão ser afrouxada, porém continuava a insistir, querendo ouvir uma resposta da mãe. Sem nem perceber ou ter a mínima noção do que estava acontecendo, nem da figura masculina diante delas ou o desespero que sua mãe sentia.
Emi sacudiu o braço de Hana que se mantinha imóvel com os olhos arregalados.
— Mamãe, o que está acontecendo? Por que temos que correr tanto?
Elas tinham sido pegas.
A armadura metálica do soldado reluzia com a luz das chamas, não havia mais saída.
Hanna agachou-se de frente à Emi, segurando seu corpo pequeno pelos ombros. Não sabia ao certo diferenciar suas lágrimas com as gotas de chuva, respirou fundo olhando para o soldado a alguns metros de distância e depois para os olhos de Emi.
— Emi, meu amor. Você vai precisar correr agora. Corra o mais rápido que puder, e quando estiver longe, bem longe daqui, a mamãe vai atrás de você.
— Mamãe! — murmurou Emi, com um bico que ameaça a chegada de um choro. Hana olhou e percebeu que não havia mais tanto tempo, encarou os olhos castanhos de Emi uma última vez.
— Vá! Corra, agora! — ordenou, se pondo de pé em frente a Emi. O soldado se aproxima e neste instante é que Emi começa a correr, correndo,pulando em cima de poças de água e entrecortando galhos de árvores que encontra no caminho. A garganta se fechava às vezes, querendo tossir, engolindo fumaça.
Um raio cai a 50 metros dela, Emi para de correr. Os ouvidos são preenchidos por zumbidos, e a primeira coisa que faz, é tampá-los com as mãos. Seus lábios tremiam de frio entre-abertos e ela batia com a palma da mão em cada orelha fechando os olhos com força. Mas quando os abriu, semicerrados, olhou uma última vez para a direção de onde veio. O soldado saia de lá se juntando aos outros em sua caça mortal. Emi recuou com a cena que pode enxergar, sua mãe estirada no chão. Reconhecera apenas pelo soldado e tempo, pois do seu corpo, não existia quase nada. Ela começou a bater nas orelhas com força sentindo medo, agonia, desespero e é invadida por uma náusea profunda que logo de imediato ativa os seus canais lacrimais.
Ela chora, não é um choro discreto, é um choro acumulado a um tempo. É o choro de uma criança de sete anos tendo que presenciar tamanho terror em uma única noite. Antes que ela pudesse se retomar e buscar correr, podia sentir algo transcender de seus ossos, como um formigamento interno. Desde aos pés, até as mãos, junto à uma leve queimação. Quando de repente um forte raio de luz a atravessou e a jogou em uma distância de 9 metros. Emi sentia cada centímetro de seu corpo ardendo, ardendo com eletricidade, a matando. Então, tudo ficou escuro.
Mas esse ainda não é o fim da vida de Emi.
É apenas o começo.

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