Capítulo 42

213 14 8
                                    

Moon

Alguns dias eram um pouco mais difíceis.

— Já sabe como funciona. — eu falei descendo da moto, parando em frente a uma farmácia. Não estávamos doentes, mas precisávamos de itens de higiene. Normalmente a gente tomava banho com umas garrafas de água que a gente encontrava. Não dava pra ser todo dia. Mas nos virávamos como podíamos. — Eu entro e você fica aqui. Se eu gritar, você me ajuda. — ela concordou com a cabeça, depois descer da moto. — Ta com a sua arma? — ela concordou com a cabeça, pegando a pistola que encontramos em nossas explorações. — Ótimo, como é o nosso combinado?

— Atirar. Nunca hesitar. — ela falou séria, e eu sorri.

— Essa é minha garota. — falei orgulhosa e entrei na farmácia, sentindo que ficou mais quente, só estar em uma ambiente coberto.

Aquele casaco grosso ao redor do meu corpo dificultava que eu segurasse aquela arma tão grande, ainda era a mesma que eu trouxe da fazenda. Não tinha gastado uma única bala, até aquele dia. Chequei ao redor vendo que não havia nada e pude relaxar. Voltei pra fora e chamei Sophia com a mão para que entrasse. Começamos a pegar o que a gente precisava. Escova de dentes, pasta, sabonete. Eu queria tanto lavar o meu cabelo, meu Deus. Era difícil conseguir água suficiente pra isso. Nós colocávamos uns baldes do lado de fora do lugar onde estávamos morando, para que caísse água da chuva, mas nem sempre era suficiente pra isso. Preferíamos beber na maior parte das vezes.

— Tem alguém aí? — ouvimos uma voz vindo dos fundos e nos olhamos assustadas. Fiz um sinal de silêncio pra ela e um outro para que ela ficasse parada onde estava. Eu iria olhar. — Por favor, eu to ferido. Eu preciso de ajuda. — eu andei até um quartinho que havia lá atrás, vendo que a porta estava entreaberta. Usei o cano da arma para abrir por completo e vi um homem sentado no chão, uma mão estava escondida por baixo do casaco em seu tronco e a outra me apontava um revólver.

Eu ergui ainda mais a minha arma quando vi aquela cena

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Eu ergui ainda mais a minha arma quando vi aquela cena.

— Abaixa a arma. – ele mandou e eu fiquei nervosa, pensando que podia ter caído numa armadilha, mas não deixei transparecer.
— Abaixa você. — mandei e aproximei ainda mais a minha arma, para ameaçar.
— Ta bom. — ele concordou e aos poucos colocou o revólver no chão ao seu lado. Lentamente ergueu a mão, mas a outra ainda estava escondida.

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Runaway | Daryl Dixon Onde histórias criam vida. Descubra agora