𝙲𝙰𝚁𝚃𝙰 𝙳𝙴 𝙻𝙸𝚉

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Liz Sanchez

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Liz Sanchez

10 de Setembro 2016

Querido Bi,

Esse últimos dias não tem sido muito fácil, desde que você foi aproveitar seu momento da sua carreira, tenho tentado focar no meu futuro. Tentado. Mas não quer dizer que fui bem nesse tentar. Vou te contar um pouquinho do que vem acontecendo...

No primeiro dia...

"– Filha?– ouço alguém entrando.– Oh minha pequena.– pela voz suave e calma, sei que é meu pai. Ele sempre sabe como me deixar feliz. Mas não sei dizer se hoje ele irá conseguir.– Lembra do que conversamos?– ele se senta ao meu lado enquanto estou deitada em posição fetal em minha cama, totalmente embaixo da coberta, sem uma parte pra fora dela.

Desde ontem.

Desde a partida dele.

Por que tem que doer tanto, sendo que temos uma promessa?

Ele vai cumprir.

Sei que vai.

– Sabe.– meu pai neste exato momento faz um leve carinho em minhas costas, tentando me acalmar. Tentando trazer uma tranquilidade dentro de mim.– Tem coisas na nossa vida que acontece por um motivo, e pelos melhores, acredite em mim.– ele puxa a coberta para ver meu rosto.– Neste momento você tem que descobrir quem é Liz sem Gabi, procurar novos hobbies e contar pra ele o que vem aprendendo.– ele me oferece um sorriso cheio de compaixão.– Ele não iria gostar de ver você assim meu amor, ele saiu aqui acreditando que ainda voltaria pra ver você fazendo tudo o que gostaria.

Sei que ele não gostaria de me ver assim, mas desde sua partida, alguma coisa estava estranha. Meu pressentimento estava em alerta, quero que eles estejam bem errados em relação a isso, não quero que nada das paranoias que surgem na minha cabeça se tornem ou já se tornaram realidade.

– Eu sei, mas ainda dói.– minha voz sai embargada pelo choro que estou tentando segurar.– Eu tenho pressentimentos pai, e não sei dizer se eles são bons ou ruins.– me sento na cama e me enrolo na coberta.– É disso que tenho medo.

– Faz parte minha pequena, isso faz parte.– ele coloca a minha mecha de cabelo solta atrás de minha orelha.– Isso vai te tornar forte, sendo boa ou ruim, mas agora, eu preciso que você saía desta cama e viva. Sei o quanto dói, mas filha minha não vai ficar desse jeito não, eu não criei pra isso, te criei pra conquistar o mundo minha pequena.– eu sorrio com sua fala.

– Posso sofrer, pelo menos só hoje?– questiono ele, querendo apenas ficar em seus braços.– Sei que não mais a menina de 10 anos, mas ainda quero ficar nos seus braços papai.– ele sorri com a fala.

– Você sempre vai ser minha pequena, sempre vai poder ficar em meus braços até meu último suspiro.– ele abre os braços, me chamando para o conforto que amo chamar de casa.– Vem.

𝖊𝖓𝖉 𝖌𝖆𝖒𝖊 || 𝑮𝒂𝒃𝒊𝒈𝒐𝒍Onde histórias criam vida. Descubra agora