Dia 15 de Abril de 2008, Copacabana, Rio de Janeiro

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Luciano e Martín aproveitavam pela primeira vez, um encontro romântico em público. Martín estava ansioso e temeroso em como as outras pessoas viriam aquela cena.

Bem pelo menos ele estava antes de olhar para os olhos de Luciano, ver aquele brilho de felicidade no olhar do homem que amava fez suas preocupações sumirem.

– Eu tô tão feliz Martín!– Luciano declarou apaixonado tocando as mãos claras.

– Eu também Luci.– Sorriu o loiro.

Eles pediram seus pratos e esperaram enquanto conversavam sobre assuntos aleatorios, indo de tarefas do dia a dia até uma discussão calorosa de qual time venceria o Brasileirão naquele ano.

– Eu acho que o Flamengo tem muitas chances!– Refutou Luciano.

– Você fala isso apenas por quê é flamenguista.– Pontuou Martín causando um revirar de olhos brincalhão da parte de Luciano.

– Mentira.– Comentou recebendo um olhar acusatório do loiro. – Ok, pode ser um pouquinho verdade...– O comentário causou uma risada alta de Martín que negava com a cabeça ainda aos risos os comentários de Luciano.

– Você não existe! Seu bobo!–

Logo os pratos chegaram e eles passaram a se alimentar. A comida estava muito boa, Martín fez questão de mencionar do tempero algumas vezes achando os nuances de sabor muito interessantes, enquanto Luciano apenas concordava se empanturrando com a (ele julgou assim por conta do sabor) macarronada para si servida.

– Amor, prova.– Pediu Martín oferecendo uma garfada de seu pedido a Luciano que engoliu a massa que mastigava com certa dificuldade. Martín sempre o desarmava quando agia daquele jeito.

Por questão de etiqueta (na qual Martín o ensinara antes de irem para aquele restaurante), Luciano tomou um pouco de água sua taça para limpar seu paladar e abocanhou o que lhe era oferecido.

– E aí?– Questionou o argentino esperando uma reação do moreno.

– É bom... Mas...– A fala foi interrompida por uma tosse. – O que tinha nesse prato Martín?– Indagou Luciano incerto.

– Pela explicação do garçom é um tipo de arroz marinado com camarão. Por que?– Martín questionou ouvindo um "Puta merda!" sair da boca de Luciano que começou a tossir mais frequentemente

– Eu tenho alergia a camarão!– Explicou sentindo sua faringe se fechar impedindo a passagem do oxigênio.

Martín gritou desesperado por ajuda, logo um homem chamou uma ambulância e Luciano foi levado para o hospital.

Martín se sentiu culpado por aquela noite, afinal, ele poderia ter matado Luciano. Este que ficou bons minutos com inchaço por conta da alergia mas logo recendo os medicamentos necessários. Desde então, Martín nunca mais conseguiu colocar um camarão sequer na boca.

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