Sabe quando você percebe que não pode fugir do que já está reservado pra você? Por mais que o medo me faça ignorar o fato de que eu e Adam realmente temos algo, a razão me faz querer impulsionar esse algo pra virar uma historia de amor. Mas a insegurança toma conta de mim. Sempre fui assim, desde pequena, o único momento de conforto que eu tenho é quando estou cantando ou escrevendo, a música de certa forma é minha terapeuta, carrega tudo o que eu sinto e me ajuda sem dizer uma palavra.
Quando finalmente pude abrir os olhos me deparei com o que estava a minha volta.
- Adam o que é isso? - pergunto. O frio na barriga só aumenta.
- Você queria conversar e eu queria passear com você, então vamos fazer um pique nique ao luar e conversar sobre o que você quiser. - ele disse apontando para a toalha no chão gramado com uma cesta, um balde com gelo e champanhe.
Ele me surpreendeu, pensei que ele fosse me jogar de um penhasco ou coisa do tipo. É até fofo da parte dele.
- Estamos dentro de um balcão, como tem grama aqui dentro? - perguntei curiosa.
- Tapete de grama sintética, só pra dar um ar mais natural a coisa. - ele respondeu e nós dois sorrimos, ele me conduziu até a toalha no chão nos sentamos.
Ele abriu a garrafa e serviu em duas taças.
- Adam, eu não posso beber esqueceu? - disse devolvendo a taça pra ele.
- Não tem álcool, mandei fazer pra nós dois. - ele disse empurrando a tava de volta pra mim.
- Ah! Obrigada, amor! - disse ironicamente.
- Falando nisso Chris... - ele deu uma pausa e tirando as frutas da cesta junto com os queijos - Precisamos conversar, aquele beijo no palco não foi nem um pouco falso, - Merda ele notou! - e eu gostei disso.
Caramba, e agora? Eu quero ter essa conversa com ele desde a nossa ultima transa mas não pensei no que dizer se a conversa fosse pra esse lado. Será que ele não entende que mesmo que eu deixe parecer que eu quero algo mais, eu tenho mais medo do que vontade?
- Adam... Eu... Não sei o que dizer. - engulo seco - Me desculpe então, eu só queria que parecesse real para a mídia.
- Pare de mentir, Christina. Nós dois sentimos alguma coisa e você só faz fugir disso. Assuma logo o que você sente, estou pronto pro que você quiser. - ele disse.
Suas palavras me paralisaram imediatamente, eu não tenho ideia do que dizer pra ele. Eu quero muito ter algo com ele mas meu medo não me permite ter nada com ninguém. Não quero que meu filho cresça em uma família sem base, sem amor. E se o que nós sentimos for só passageiro e eu acabar me machucando?
- Adam me desculpe mas eu só não consigo deixar de sentir medo. Caramba eu passei por muita coisa sabia, você faz alguma ideia de como eu cresci? Do que eu tive que ver minha mãe fazer por mim e minha irmã quando eu era menor? É difícil confiar em alguem, nunca gostei de confiar mas pessoas e toda que fazia isso sempre acabava me machucando, o único que me entende e está comigo desde sempre é o Justin que é um irmão pra mim e mesmo assim ainda não confio em mais ninguém, como espera que eu confie em você? - eu digo e percebo que falei mais do que devia, não queria expor pra ele nada sobre minha infância e como foi duro viver com um homem abusivo quando criança.
Ele parece surpreso por me ver falando assim, e percebo que há uma lágrima escorrendo em meu rosto.
Ah, claro! Tudo que eu precisava agora era chorar. Obrigada lagrimas incompreensíveis.
- Não chore, por favor, te trouxe aqui pra sairmos felizes e não chorando. O que houve quando você era pequena? - ele finalmente pergunta depois de limpar minhas lágrimas.
- Tem certeza que quer ouvir? - perguntei.
- Sim, se isso for fazer você se sentir melhor e me ajudar a te entender pra te conquistar eu quero sim. - ele disse e sorriu no canto da boca.
Eu vou contar minha historia de vida pra Adam Levine, e ainda nem lancei meu primeiro CD. Onde estão meus planos? Eu não sei desde quando estamos tão próximos mas sei que isso foi rápido.
- Quando minha mãe se casou meu pai ingressou no exército, tivemos que nos mudar pro Japão quando eu ainda era bem pequena e tudo começou lá, ele ficou diferente, agressivo. - enxuguei outras lagrimas que continuavam a cair - Voltamos pros Estados Unidos e as coisas só pioraram. Cada vez que ele batia nela eu chorava sozinha no meu quarto ouvindo ela gritar e desejando que tudo aquilo acabasse. Um dia eu estava cantando na sala e meu pai veio do quarto furioso, me deu um grande tapa, eu gritei e minha mãe subiu as escadas correndo pra saber o que havia acontecido e eu chorava desesperadamente pois sabia que havia irritado meu pai e que ela pagaria o preço. Foi naquele dia que ela decidiu que não podíamos mais viver no mesmo teto que ele. Ela juntou um pouco de dinheiro que só dava pra comprar fraldas e comida pra minha irmãzinha recém-nascida. Ela saiu quando ele não estava em casa, e na viagem até a casa da minha avó na Pensilvânia eu olhava pra trás o tempo todo, preocupada se ele viria atrás de nós. Mas ele não nos procurou mais, e daí em diante minha avó e minha mãe são grande parte da minha felicidade.
Ele estava apavorado, eu podia ver ele saindo correndo pela porta mas ele não fez isso, ele se aproximou, deu um beijo casto em meus lábios e olhou profundamente eu meus olhos, secando minhas lágrimas.
- Meu Amor, estarei sempre aqui por você, pra tirar seu medo e sua insegurança, se agarre em mim e confie que tudo o que eu quero é fazer você e esse bebê muito felizes. Eu não vou agir como seu pai, não fui criado assim. Por favor confie em mim. Precisamos disso, precisamos um do outro e você sabe disso. O que me diz de tentarmos? - ele disse e eu estou muito surpresa com suas palavras.
O que poderia dar errado? Tudo. Mas tudo também poderia dar certo, o que me deixa mais confusa ainda, mas eu nunca vou saber se eu não tentar.
- Acho que podemos tentar sim. - eu disse e mais que depressa ele se levantou me puxando junto e me girando pelo lugar.
- Cuidado, eu estou grávida, ainda posso vomitar em você! - eu disse quando ele me repousou no chão com cuidado.
Onde no mundo há uma mulher mais sortuda do que eu?
Fomos pra casa logo depois do pique nique meloso que tivemos deitados na grama sintética do galpão. Foi tão maravilhoso que não consigo nem descrever. Ele foi mais delicado do que o normal, postamos várias fotos juntos. Notei que os sites de fofoca do mundo todo bombavam com nossa apresentação, todos queriam saber mais de mim e falavam também do nosso beijo super apaixonado no final. Ele foi incrível ao fazer isso pra mim.
Ele estacionou o carro e me beijou docemente antes da sair e abrir a porta pra mim, gentileza não falta pra ele.
Desde que nos conhecemos tivemos pequenos atritos mas estamos finalmente em paz, ou pelo menos foi o que eu pensei.
Entramos pela porta da frente como dois apaixonados de mãos dadas e logo damos de cara uma loura, alta saltos pretos e vestido vermelho. OMas que merda a Behati fazia aqui?
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Love Will Find a Way ( AdamTina) - Fan Fic Hot
AléatoireImagine conseguir o contrato com a gravadora dos seus sonhos aos 25 anos... Pois é um grande sonho, mas e se Christina Aguilera tivesse bebido um pouco demais? Ela engravida de Adam Levine, dono da gravadora, noites antes de assinar seu contrato, e...