Cap 36

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No Capitulo Anterior

— Pelo seu atrevimento, será você quem vai colocá-la na máquina.

Âmbar direcionou seu olhar vazio e hipnotizado para mim, e naquele momento, tive a certeza de que meu fim estava cada vez mais próximo.

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Continuação

Engoli em seco olhando para Âmbar, mas sabia que não poderia fazer nada, pois mesmo tentando ao máximo eu não conseguia mexer um dedo se quer
Enquanto ela não se aproximava, eu encarei Alla, que sorria de forma debochada 

S/n: O que você pretende fazer com esses testes?

— Bom, eu quero o que todos querem. Poder. 

S/n: Você é sujo. 

— Demônios são assim. Agora Âmbar, leve ela. 

Âmbar se aproximou de mim, soltando minhas correntes e agarrando meus braços, me arrastando até aquela máquina refrigeradora
Eu tentava desesperadamente sair de seu aperto, entretanto, estava fraca por conta do círculo e dos cortes em meu corpo, e não conseguia fazer nada. Âmbar abriu a máquina, me colocando dentro dela e naquele momento vi o símbolo de seus olhos sumirem por instantes
Ela não me disse nada, apenas pôs uma mão em minha testa e a outra apontou para a minha cicatriz no pulso, me fazendo lembrar do pacto que eu e o grupo fizemos lá na praia
Eu não tinha muito tempo, pois Âmbar estava fazendo algo em minha testa, me fazendo ter muito sono, então me apressei em coçar minha cicatriz o mais forte possível antes de ver a máquina se fechando 
Assim que a máquina fechou, comecei a ouvir um som estridente indicando que ela estava ligando, e logo uma cortina de fumaça fria rodeava meu corpo, o fazendo tremer sem fonte alguma de calor a não ser as roupas que usava. Minha mente foi se embaralhando em pensamentos, eu iria morrer assim? Vivi tudo isso para acabar congelada? Por que comigo?
E de repente, tudo virou um eterno vazio, meus olhos haviam se fechado em meio ao frio

Passei a me ver andando em um corredor escuro, onde não havia nada além de um pequeno ponto branco ao longe. Caminhei até este ponto, o vendo aumentar a cada passo que eu dava mais próximo a ele, ficando por fim no formato de uma porta, esta que eu abri com um certo receio
Me surpreendi imensamente ao ver o que tinha através daquela porta, sendo uma sala completamente branca, sem móveis além de uma mesa de centro com duas cadeiras, em cima da mesa, um pano rosado, duas xícaras e um bule
Em uma das cadeiras, meu avô servindo um chá para si mesmo. Ele também vestia roupas brancas, acompanhando seu tom de cabelo grisalho

Eu estava paralisada diante daquele cenário, entretanto, eu não parecia estar morta, era como um sonho
Ainda parada no mesmo lugar, senti um corpo pequeno trombando-se contra o meu, e ao virar para vê-lo, notei que era uma garotinha, mas não uma garotinha qualquer, aquela era eu com aparentemente 6 anos.
Ela ignorou totalmente a trombada que deu em mim, correndo até meu avô e o abraçando
De repente, ela não estava mais lá, quem estava abraçando meu avô era eu atualmente
Ele por sua vez direcionou seu olhar para mim e sorriu docemente, falando com sua voz mansa nostálgica 

— Olá minha querida, sente-se com seu velho avô para tomar um chá

Lentamente sai de seus braços e me aproximei da cadeira vaga a minha frente, me sentando nela
Eu ainda sentia as coisas normalmente, como o estofado da cadeira, o chão abaixo de meus pés e o gosto quente do chá servido para mim, o que era bizarro de se pensar, já que estava começando a achar que realmente estava morta
Até aquele momento, eu não havia falado nada, assim como meu avô, então decidi finalmente dizer algo

S/n: O que está acontecendo aqui? Eu...estou morta?

Meu avô riu, tomando um gole de seu chá e descansando a xícara na mesa

— Você não está morta querida. Está apenas em processo de sono profundo, e com isso sua alma saiu de seu corpo e veio até mim, um feitiço feito por Âmbar para que não sinta seu corpo congelar

S/n: Então, eu estou morrendo?

— Minha netinha, você não pode morrer.

S/n: Como assim?

— Jake lhe salvou em seu dia de morte, lembra? 

As paredes começaram a derreter, revelando o quintal de minha antiga casa
Eu e meu avô estávamos agora sentados ao redor da mesa branca no meio do quintal, e eu ouvia risadas infantis
Procurando por elas, vi a minha figura na infância, correndo com uma bola em mãos. Logo atrás estava Jake, com suas vestimentas e asas brancas, ele ainda era um anjo
A bola caiu de minhas mãos, rolando até a rua, e sem olhar para os lados eu atravessei correndo, em questão de segundos, Jake se jogou por cima de mim me abraçando e caindo longe do carro que se aproximava bruscamente em alta velocidade, neste impacto, ele machucou uma de suas asas

S/n: Eu me lembro deste ocorrido, mas não sabia que havia sido assim...

— Ele salvou você, não só pelo sentimento de proteção dele por você, mas por mim e pelo Sally também. Logo minha querida, por ter conseguido ser salva de seu prazo final, você não irá morrer

S/n: Eu sou...imortal?

— Digamos que sim. Como Jake lhe salvou, apenas ele poderá matá-la. Mas ainda sim você enfraquece, perde consciência e muito mais que é possível acontecer com qualquer outro

S/n: Então...por que estou aqui?

Resolvi mudar de assunto, pois não havia mais perguntas em mente sobre este que estávamos agora

— Âmbar lhe deu a oportunidade de sair de seu corpo e vir até mim, para que entendesse tudo que aconteceu na vida de vocês.

S/n: Vocês?

— Sim, quero que entenda a sua história, a história de Âmbar e a ligação de Sal com aquele demônio

S/n: Sal tem alguma ligação com o Alla?

— Sim, mas isto nem ele sabe. Você terá que avisá-lo quando acordar. Agora, irei te contar tudo que cerca você e Âmbar

CONTINUA....

Cap curtinho pois irei fazer um especial para a história de Âmbar e S/n

Espero que estejam gostando pessoal, pois lamento dizer, ela está próxima do fim 
Entretanto, não se assustem! Ainda temos história para curtirmos juntos!

Beijos de luzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz ✨✨✨✨✨

 

Cry Baby {Sally Face} Temp. 2Onde histórias criam vida. Descubra agora