05 | O primeiro dia de aula

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"É tudo minha culpa

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"É tudo minha culpa..."

Amara acordou com o toque do telefone fixo da casa no dia seguinte, então, pensando em voltar a dormir, ela se arrastou até ele e atendeu.

"Bom dia. Quem é?" A menina perguntou sonolentamente no telefone enquanto se sentava no sofá.

"Amara. É a Liz." A mulher respondeu tristemente antes de suspirar e continuar falando. "Minha querida, eu sinto tanto. Seus pais sofreram um acidente ontem com a Elena. O carro deles caiu de Wickery Bridge. Eles faleceram, querida."

Lágrimas corriam pelo rosto da mais jovem. "Liz, Elena está bem?"

"Ela está inconsciente, querida. Ainda não sabemos como ela saiu do carro, foi um milagre." A mais velha respondeu com um peso no coração por ter de dar essa notícia por telefone para a melhor amiga de sua filha. "Eu estou aqui agora no hospital com ela. Vou mandar Caroline aí para te fazer companhia, te ligo se tiver qualquer notícia sobre a sua irmã."

"Ok. Obrigada, Liz. Cuida dela, sim?"

"Claro."

E a ligação terminou para enfim, Amara poder chorar com o peso da culpa sobre os seus ombros.

Ela deveria ter tentado mais. Ter sido mais dura. Ter sido mais insistente.

E por ela não ter tido sucesso, sua família teria de viver com a morte de seus pais.

Seu irmão gêmeo sofreria. Sua irmã mais velha sofreria. Sua tia sofreria. Diabos, tio John sofreria.

E o sobrenatural voltaria para a cidade...


______



"Amara! Sou eu, Caroline. Abre a porta para mim, por favor?" A loira pediu, tentando ao máximo ser delicada com sua amiga que apesar de sempre aparentar ser forte, ela sabia que era somente uma fachada. Assim como a dela. Uma, duas, três batidas na porta depois e um minuto de espera, a Forbes tentou novamente. "Olha, Ann, eu tô aqui para você, está bem? Não quero que fique sozinha agora...mamãe está com Elena no-"

A porta foi subitamente aberta por uma Amara de olhos vermelhos que claramente tentou esconder que estava chorando. Uma vez que as duas entraram dentro da casa e se afastaram de olhares indiscretos, a loira chegou mais perto de sua amiga.

"Ah minha querida, vem cá" A loira abriu os braços em um claro convite para um abraço que foi prontamente aceito por uma morena subitamente aos prantos. "Vai ficar tudo bem, querida. Tudo bem. Pode chorar...o quanto você precisar, estarei aqui com você"

"Foi minha culpa, Care. Eu não tentei o suficiente. Foi minha culpa. Foi minha culpa..." A menina falava em meio ao choro, enquanto se afogava em culpa e felizmente, agora ela teria alguém para puxar ela de volta para a realidade então a morena enfim se permitiu sentir sem amarras, sem fragmentação de seus sentimentos. Somente eles como estavam. "Foi minha culpa, Care, foi tudo minha culpa. Eu não consegui. Eu falhei. Meu Deus, eu falhei..."

Once Again | TVDOnde histórias criam vida. Descubra agora