Capítulo 2

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Guilherme

Assim que cheguei na minha empresa, vou direto para minha sala e assim que entro Pierre já está lá, com uma pasta sobre a mesa.

- Pelo jeito madrugou na minha sala. - digo assim que entro lhe causando um pequeno susto. - Pensei que veria na parte da tarde, ou melhor no fim da tarde?
- E Deixar você com curiosidade para saber o que eu encontrei no meu da minha investigação, melhor não. Vamos logo ao que interessa, ela é casada e tem uma filha de 18 anos, está no último ano do ensino médio.
- Não quero saber se é casada ou não, quero saber só dela, onde trabalha, com o que e aonde vive. Simples assim.
- Ela trabalha de doméstica, em um condomínio de classe média, aqui no centro mesmo. E mora em uma casa de aluguel com a família, além de ter muitas dívidas e aluguel atrasado no mínimo uns 3 meses. Em um bairro de poucas segurança, onde assalto, roubo, sequestro e estupro são os mais citados no bairro do Salvador. Marido desempregado e bêbado, culpa a filha pelo fracasso que a vida lhe deu. E ela é a única que trabalha na casa e o dinheiro que ganha ele é que gasta. Pelo que percebi, ela apanha dele e a filha também, mas sempre está com um sorriso no rosto. Tem uma única filha e faz de tudo por ela, principalmente em relação ao marido, além de ser uma boa mãe para ela claro.
- Pelo jeito você fez muitas lições de casa, pelo que vejo. Mas no momento não irei fazer nada. Por enquanto.

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Sophia

Depois da escola, passo em casa para tomar banho e almoçar. Saio correndo para o meu primeiro dia de trabalho, pois no momento eu estou atrasada.
Chegando lá, vou de encontro com D. Maria, pois seria ela há me orientar neste período de experiência, e se tudo der certo o trabalho é meu. Agora estou subindo para o último andar para limpar o escritório do dono da empresa.
Hoje ele não vem, pois teve uma reunião com um sócio ou com algum cliente da empresa. No exato momento, que saio do elevador dou de cara com um dos melhores investigadores dessa empresa, o Sr. Pierre Lucena.

- Boa tarde, senhorita?- ele fala com uma de suas sobrancelhas erguida. Acho que ele está com pressa.
- Boa tarde Sr. Pierre. Desculpe, não vi o Sr. - falo atropelando as palavras.
- Tudo bem, eu estava distraído com o celular. Agora se me der licença tenho que ir.- e eu tinha certeza que ele estava me encarando, parecendo que estava procurando algo em mim.
- Claro e desculpe mais uma vez. - me desculpo mais uma vez com ele, estou tão envergonhada de ter esbarrado nele.

E assim ele vai embora pelo o elevador. Não podia começar a minha tarde da melhor maneira, nunca na minha vida eu Sophia ia falar com um cara importante assim.
Apesar que sorte nem sempre temos, e eu tenho mais certeza ainda que vou amar esse trabalho, com pessoas muito simpáticas ainda por cima. Volto para o meu trabalho, e quando entro no escritório, meu queixo aí parar no chão. É maior que minha sala e cozinha junto de tão grande que é.
Depois de trinta minutos limpando o escritório inteiro vou à procura de Maria, para entregar o material de limpeza para ela, pois não percebi que já deu a minha hora de ir para casa. E como eu não gosto de sair depois do horário, vou rápido. Entrego tudo a ela, troca de roupa e vou embora. Não antes de dona Maria me elogiar pelo trabalho bem feito.

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Guilherme

Depois de passa o dia todo em reuniões com os sócios e clientes, vou pra casa. Não aguentando mais o estresse do dia, chego vou direto para o meu quarto. Tomo um banho e me deito, e quando estou quase pegando no sono alguém bate na porta do quarto.

- Entre. - digo já estressado.
- Sr. Guilherme, o Sr Pierre está lá embaixo a sua espera. - diz Lynn assim que entra no quarto, para me informar que o palhaço do Pierre está aqui.
- Diga que já estou descendo e sirva um suco de pimenta para ele, por favor. - ela me olha com os olhos arregalados. Mas como não ficar com um pedido desse e ainda por cima ainda para o Pierre.
-Sim Sr. - assim que ela sai vou trocar de roupa, para ver o que aquele palerma quer.

Desço as escadas e dou de frente com um jumento sentado no sofá, como se estivesse na casa da mãe Joana.

- A que devo a honra de sua visita caro amigo. - digo com sarcasmo e desdém, para o idiota a minha frente.
- É assim que recebe os seus amigos, Guilherme? - diz Pierre, com tom de sarcasmo na voz.
- Fingirem que você não apareceu aqui e vou voltar para o meu quarto.- mas no momento em que me viro, Pierre segura o meu braço virando pra ele. - O que foi Pierre?!
- A mulher que você tanto quer destruir, viajou hoje com os patrões. E antes de perguntar para onde ela foi, lhe digo: Itália. Agora vou indo e tenha uma boa noite, Sr. Garcia. - diz com desdém o meu sobrenome, oh vontade de arrancar a língua de Pierre.

Pelo jeito meu sono foi por água abaixo. Mas essa mulher não sabe o que lhe espera, se arrependerá no dia em que resolveu trabalhar para a minha família.

Entre a Inocência e o PoderOnde histórias criam vida. Descubra agora