Descubro que sou uma semideusa.

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𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝐔𝐌.

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𝗕om, se você quer ter uma vida normal,  sem se preocupar em ser um meio-sangue, feche este livro o mais rápido que pode.
     Se você acha que pode ser um de nós, corra, corra o mais longe possível, tente seguir uma vida comum, como a de um adolescente comum.
     Bom, a minha vida era assim, eu diria, até coisas estranhas começarem a acontecer na minha vida.
     Vocês já viram cavalos voadores? Não? Pois eu já, e acreditem, isso não é nada legal.
Não diga que eu não avisei.

      Eu me chamo Layla Reynolds, tenho 14 anos, e eu sou meio-sangue. Talvez vocês não saibam o que é ser um meio-sangue, bom, tecnicamente é ser filha de uma humana e de um deus, sim eu me fiz a mesma pergunta, deus? Tipo, Deus? Mas não Deus, e sim deuses gregos.
      Bom, acho que deveria explicar melhor da minha vida. Até alguns meses atrás eu estudava na Roosevelt House, em Nova York.
      Eu sou problemática?
      Sim, pode se dizer isso. Eu tenho dislexia, já fui expulsa de várias escolas diferentes por me acharem maluca.
      Eu tenho dois melhores amigos, Brady Cooper e Noah Watson.
      Bom, no dia que tudo aconteceu, era uma tarde ensolarada, eu estava planejando ir na praia com os meus dois únicos amigos, mas tivemos uma pequena surpresa.
— E aí gente, o que vocês acham de nós irmos na praia depois da aula? – Brady deu a ideia.
— Acho uma boa – concordei.
— É, acho que sim – Noah parecia incomodado.
     O sino tocou, então fomos logo para a sala. Tínhamos aula com o professor mais chato daquela escola, o Sr. Thompson.
      Toda vez ele fazia questão de me fazer ler um texto enorme, por diversão, mesmo sabendo que eu tenho dislexia.
— Olá alunos. – ele entrou na sala de aula com um sorriso falso no rosto, com cara de quem vai enforcar algum aluno hoje.
      Todos demos olá.
      No final dessa aula, que por sorte era a última, fomos eu e Brady procurar Noah, que era de uma sala diferente. Ele estava conversando com alguém, achei que fosse algum professor, mas nunca havia visto aquele cara na escola. Eles se despediram e Noah veio na nossa direção, quando viu que nós estávamos ali, parecia que a alma dele havia congelado, ele ficou parado, com cara de quem tinha visto um fantasma.
      Ele finalmente voltou ao normal, pedimos para ele explicar o que havia acontecido. Hesitante, ele respondeu.
— Precisamos ir, já está na hora – ele parecia aterrorizado.
      Brady e eu trocamos olhares.
— Como assim "já está na hora" ? – Brady perguntou — hora de ir à praia?
— Ele parece assustado demais para isso – falei.
— Ah não diga – Brady respondeu. Não havia entendido, mas desviei o olhar para a porta.
— O.k. Se Noah disse que precisamos ir, seja onde for, temos que ir. Ele sempre foi o mais responsável do grupo mesmo.
— Ei! – Brady respondeu. Todos sabem que ele é o mais inteligente dali. — achei que eu fosse o mais responsável do grupo.
— Tanto faz, temos que ir logo, Noah parece assustado – eu falei, torcendo para que ele estivesse apenas brincando conosco, mas não parecia brincadeira.
— Assustado? Eu? Claro que não! Mas temos que ir logo – Noah falou. Ele realmente parecia que tinha visto um fantasma.
— O.k. Mas para onde? – eu disse, esperando alguma resposta.
     Ninguém respondeu.
— Está bem, acho que seria melhor se estivesse conversando com uma porta.
      Seguimos pelo caminho mais longo. Por qual motivo? Podíamos simplesmente ter seguido pelo caminho curto, claro e movimentado. Achei que já estávamos perdidos, quando Noah finalmente disse algo.
— É ali – ele apontou para uma colina, parecia ter algo lá em cima, mas não consegui ver direito por conta da neblina.
— Então temos de seguir por aqui, não é? – Brady falou subindo a colina.
— Obviamente, como iríamos chegar até lá? De avião? – eu falei, tentando puxar mais assunto, da maneira errada.
— Haha, muito engraçado – ele falou com ar de riso.
     Seguimos até o fim da colina, quando chegamos até um lugar, na placa estava escrito "Acampamento Meio-Sangue", no momento não entendi muito bem o motivo de estarmos em um acampamento. Quando chegamos, vi campistas gritando "Eles chegaram! Eles Chegaram!" Éramos nós. Não entendi muito bem, seríamos novos campistas? Não tínhamos que fazer a inscrição primeiro?
      Um cara com uma cadeira de rodas veio nos cumprimentar, ele parecia velho, mas muito gentil.
— Prazer, meio-sangues. Me chamo Quíron. Você deve ser Layla Reynolds, eu creio – ele apontou para mim, fiquei meio incomodada ao ver que ele sabia o meu nome. — você deveria ser Brady Cooper, e você, ah Noah, bom trabalho trazendo eles até aqui.
— Foi uma honra ajudá-los, Quíron. Eles foram ótimos amigos para mim – Noah disse.

Percy Jackson e os Olimpianos - A Irmã PerdidaOnde histórias criam vida. Descubra agora