um curta (prévia)

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De noite, Sn pode escutar a porta de trás se abrindo. Ela sai da cama, largando seu livro na cama. Estava de pijama, um largo preto. Ela abre levemente a cortina da janela e olha para o jardim que ficava logo atrás, vendo um sangue pela grama e um pé sumindo para o lado, não conseguindo ver tudo, a cena era de terror, tudo escuro e na gama simplesmente tanto sangue que era assustador. Ela coloca a testa na janela e suspira, fechando os olhos.
— Ele fez de novo...estou cada vez mais perto da morte.— ela olha pra baixo novamente, vendo Alastor passando pela grama com o rastro de sangue, com sua blusa branca manchada de sangue, com um sorriso largo e diabólico. Ele arrumava a manga da própria camisa e logo depois olha pra cima, pra janela de Sn, vendo ela lá, logo em questão de segundos ela fecha a cortina e respira fundo.
— Puta merda...— ela simplesmente vai pra cama, apenas fingindo que nunca viu aquilo.

Depois de uns minutos ela escuta passos vindo da escada, os passos eram lentos e assustadores. Os passos se silenciam na frente da porta dela que logo se abre lentamente. Alastor coloca sua cabeça pra dentro, os olhos arregalados e um sorriso largo.
— Você está acordada...Sn Hetter?— ele diz como um som de sussurro, que ecoa pelo quarto escuro e feio. Sn se levanta da cama, se sentando. Ela tinha uma faca debaixo no travesseiro. Ela franze a testa.

— Sim...estou...— ela diz hesitante.

Alastor ri um pouco, abrindo a porta e entrando, com as braços atrás do corpo.
— Por que?— risos.

— porque acordei com o som da porta se abrindo.— diz se encostando mais na cabeceira da cama, o olhando com um toque de medo.

— Pois você deveria ignorar..— ele diz como um sorriso novamente, seu tom era suspeito e áspero, firme como um veneno.— entendeu bem, Sn Hetter?— risos se aproximavam.

—...sim— ela diz baixo, vendo que os olhos vermelhos e arregalados se aproximava. Logo ele sobe na cama, ficando bem perto dela e quando ele se aproxima de mais ela tira a faca debaixo do travesseiro, apontando pra ele.— não se aproxima, Alastor!— ela espreita os olhos.

Alastor para, olhando pra faca afiada e ri um pouco, seu dedo indo até a ponta da faca e afastando para o lado, a olhando fixamente.
— Tem coragem de matar alguém? Você é tão tola, Sn, não tola que não me matas-te até agora.— ele inclina a cabeça levemente pro lado, a olhando, apenas aquele sorriso largo que nunca saia do seu rosto.— tão tola e inútil, não presta nem para matar seu próprio assassino quando tem chance...uau— ele ri e zomba, ele fala baixo.

Sn relaxa a expressão, seu olhar ficando fixo no dele e as palavras afetando seus pensamentos, ela até afrouxa a mão na faca. Sn então volta pra realidade e então o puxa, se virando contra ele, sua mão na gola da camisa de Alastor, o girando pra baixo, o fazendo cair de costas na cama. Ela fica exatamente em cima dele agora, o prendendo na cama. Segurando as duas mãos dele em cima da cabeça dele e a outra mão apontando a lâmina da faca na garganta dele.
— Repete.— ela diz espreitando os olhos.

Alastor ri, gostando do perigo. Ele a olha de cima a baixo e sorri ainda mais alargamente.
— Que visão perfeita.— provoca.

Sn afunda a lâmina mais no pescoço dele. Ainda sentada nele, em cima, o segurando com força.
— Eu disse; Repete!— ela afunda mais a faca.

Alastor ri disso, afastando levemente o rosto da lâmina.
— Eu disse; Você é uma tola inútil.— ele ri.

Sn arrasta a lâmina do pescoço para o meio do peito dele até o abdômen, fazendo fazer um rasgo pela camisa dele.
— E eu realmente sou a tola aqui? Pelo que me parece, o tolo aqui é você.— a faca se afunda no abdômen dele, não o ferindo, mas fazendo uma leve marca que cai sangue.

Alastor ri um pouco, mas logo franze a testa sentindo uma pequena ardência, arqueando levemente as costas.
— Ok, você me pegou, não tento te intimidar mais, eu prometo...

Sn dá um leve sorriso e então sai de cima dele, soltando a faca logo ao lado dela e então o olha.
— Ótimo.

Alastor suspira de alívio e se senta, a olhando e depois olhando pro colo dele, a onde Sn estava sentada fortemente. Ele pensa naquilo por um momento e depois sai da cama. Ele ri um pouco pra ela começa a sair do quarto dela, olhando pra camisa que se rasgou um pouco.
— Lembre-se que vamos sair hoje...uma caminhada. E prometo não tentar te matar desta vez. Mas não confie totalmente nas minhas palavras, Sn Hetter.— ele sai, fechando a porta e o quarto se escurecendo.

Sn franze a testa e então olha pra frente, agora falando pra si mesma.
— Claro...vou me certificar de não ser a Sn que você conheceu a um tempo, Alastor... não serei a Sn Hetter, serei a Artista Sn Hetter, conhecida por seus quadros e poemas, histórias e obras amedrontadoras em segredo, mas com exceção, vou deixar você descobrir O Por que.

Olhos de sangue...  (Dark Romance) Onde histórias criam vida. Descubra agora