The Price Of Happiness

you, me and daddy

Noah

Diarra Sylla. Esse é o nome dela

Foi o que Lena me disse alguns minutos atrás quando cheguei ao campus, logo depois de sair da empresa.

" sua monitora não pôde vir hoje, a única disponível sedia Diarra Sylla mas ela é do terceiro período, não poderia te ajudar"

É claro que ela reconsiderou meu pedido depois de alguma insistência, e lá estava eu, escutando uma música qualquer no fone de ouvido e prestes a admitir que precisava da ajuda da garota que destruiu a festa da noite anterior.

Maravilha!

Por um momento considerei sair pela porta que entrei, mas não segui com a ideia. Não que eu seja burro, ou algo assim, mas estudar sozinho não era exatamente uma facilidade minha, se levar em conta que nessas horas eu me pegava até contando os azulejos da parede.
Eu tenho uma prova antes das férias, e se não for bem ficarei em pendência, e sinceramente, essa ideia não me agrada em nada.
Observei a garota que estava na frente dela sair e retirei meus fones de ouvido, reparando enquanto ela guardava alguns materiais e também quando abriu um livro e fez uma careta engraçada enquanto folheava algumas páginas.

Eu precisei respirar fundo antes de caminhar até sua mesa. Vamos lá Noah, você pode lidar com isso.

Diarra tinha os cabelos presos em um coque desleixado e usava uma roupa casual e claro, nada parecida com o pijama da noite passada. Certo, não serei hipócrita, ela é linda mesmo com tanta roupa.

Seus olhos entregaram a surpresa assim que ela percebeu quem estava em sua frente. É claro que não esperava me ver, pelo menos não tão cedo.

- Ora, ora.. se não é a marrentinha destruidora de festas.

A garota vacilou por um segundo antes de se levantar bruscamente.

- Você só pode estar brincando se acha que vou te dar monitoria.

- Bom, se estou certo, alunos bolsistas são obrigados a dar monitoria a quem precisa.- Respondi casualmente e me sentei, erguendo a sobrancelha em sinal para que ela fizesse o mesmo.

- Você pelo menos se lembra de que aumentou o som depois que eu pedi educadamente para abaixar, já que eu precisava estudar?- Seu tom variava entre extremamente irritada e extremamente inconformada enquanto eu retirava meus materiais da mochila.

- Sim, e você chamou a polícia minutos depois, por onde devemos começar?

- Você realmente se acha o bonzão, não é? Se é mesmo, por que está aqui e por que precisa da minha ajuda?

Olhei para ela e sorri, agradecendo por pensar rápido.

- Estou aqui te fazendo um favor, meu bem..sei que tem um tempinho que queria um momento a sós comigo.

Seu queixo caiu como se ela não fosse capaz de acreditar no que acabara de ouvir. Não demorou muito tempo até que ela começasse a recolher seus livros de forma irritada.

- Quer saber, não sou paga para aturar pessoas como você.

- Pare de se fazer de dificil, garota. Voce sabe que estara em mas lençóis se for embora agora.

- Eu não sou obrigada a ajudar voce, playboyzinho dono do mundo! Contrate um professor particular e torça para que ele te ature.

Tentei encontrar algum outro argumento válido enquanto ela guardava suas coisas e virava-se para sair, mas, pela primeira vez uma garota conseguiu me deixar sem palavras.