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Jungkook

E aí eu senti, senti o que eu mais fugi durante esses anos, em minha frente estava ele, o meu ômega destinado, o meu elo.

Entrei em um transe, meus sentimentos eram tão confusos, medo era o mais presente, ao contrário do meu lobo que parecia em festa e tão desperto. Nunca o senti assim em todos esses anos.

Só sair do meu transe mental, com a voz do ômega vindo com fúria em minha direção.

– Solte minha filha! – ele gritou e eu senti quando a pequena ômega também estremeceu de susto em meu colo.

Ele a arrancou dos meus braços e sem dizer mais nada saiu correndo de dentro da cafeteria. Eu quis muito ir atrás dele, meu lobo implorou por isso, mas meu corpo parecia pesado demais para eu andar. As coisas ficaram ainda mais confusas, minha cabeça começou a doer, não foi assim que imaginei que seria quando eu encontrasse o meu imprinting, no fundo mesmo eu não querendo eu sabia que isso mais cedo ou mais tarde iria acontecer, e nenhum dos cenários que se passou em minha mente acontecia assim.

Senti meu lobo entristecer e choramingar, ele se sentiu rejeitado. Me sentindo cada vez mais fraco, chamei quase inaudível por Namjoon, só senti meu corpo sendo amparado por ele, depois disso não vi mais nada.

Narração

Quando Jungkook acordou olhou confuso ao redor até notar estar em seu próprio quarto. Sentiu a cabeça latejar, o corpo dolorido e uma crescente angústia em seu interior. Essa angústia ele soube que não era dele, e sim do ômega que teve sua alma entrelaçada.

Se sentou na cama com dificuldade, olhou em direção a mesa de cabeceira vendo o porta retrato com a foto da filha e da esposa, como em todas as vezes seu coração doeu. Quando desviou o olhar da foto viu o envelope que Namjoon lhe entregou na cafeteria bem embaixo do porta retrato, deduziu que ele quem me levou até ali.

Não entendeu, mas uma sensação ainda mais incomoda o tomou.

Seu coração apertou.

Foi diretamente para o banheiro, tomou um banho demorado e bem gelado. Mas desde que acordou só uma coisa passava em sua mente, logo no dia em que se completou 9 anos que elas se foram ele encontrou seu ômega.

Seu ômega, como era estranho pensar nisso, depois de tantos anos sozinho.

Depois que se vestiu, pegou o envelope de papel pardo em mãos, quando estava prestes a abrir sua sogra bateu na porta do quarto.

Desde que Jeon teve alta do hospital, mesmo ele sendo cuidado pelos pais, Sujin fez questão de ficar por perto e quando Jin e Hoseok tiveram que retornar para Busan, a ômega pediu para passar mais um tempo afirmando ser para cuidar de Jungkook, e o resultado foi que ela foi ficando e mora na mansão até hoje. No início ela foi de grande ajuda para ele, afinal os dois perderam as pessoas que mais amam, eles eram o apoio um do outro.

Enquanto Jungkook se afundava em trabalho, ela mantinha a saúde do alfa, não deixando ele ficar sem se alimentar.

– Querido? Você está bem, o Kim junto com outro alfa te trouxesse até aqui desacordado, o que aconteceu meu genro? Você está bem? – o alfa notou o nervosismo na fala dela.

– Não sei lhe dizer de verdade como eu me sinto – ele a olhou hesitante se contava a ela ou não, tantos anos de convivência haviam se tornado amigos, e muitas vezes Jungkook desabafava com a mesma – O que eu mais temi e fugi todos esses anos aconteceu sogra, eu estava em um lugar com o Namjoon e de repente tive um imprinting, eu encontrei meu elo.

Ela o olhou de olhos arregalados e negou com a cabeça desacreditando no que estava ouvindo, sua face demonstrava o seu choque.

– Como? Isso não podia ter acontecido Jungkook, você não pode se envolver com ele, pense na minha filha o quão magoada ela ficaria se soubesse que ela está sendo trocada, você não pode ficar com ele, não pode trocar a minha filha, a sua esposa e ômega – Jungkook a olhou estranhando sua postura.

New chance for love | Jikook aboOnde histórias criam vida. Descubra agora