Capítulo 6

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Lucerys.

Quando Aemond chegou era um pouco mais cedo do que o comum e ele foi direto se arrumar, pelo que pude perceber, ainda estava no quarto, lendo. Então tive que recomeçar a me arrumar, me vestindo rapidamente após um banho, passando perfume e alguns coisas que a empregada Joana me auxiliou.

Não era adapto a maquiagens ou a jóias, porém ela vestiu um colar de pedras em mim e um gloss com cheiro de morango, que adorei pelo cheiro e sabor.

Estava esperando perto das escadas e da porta de entrada, observando a decoração e o enorme ilustre com atenção e curiosidade, pois a casa toda tinha uma coisa bonita em si própria e emanava conforto, não do tipo luxuoso e ostentoso, mas ainda sim rico e confortável.

Só quando ouvi passos nas escadas e um pouco de falatório que olhei na direção e me surpreendi em ver Aemond descendo as escadas com cuidado e passos lentos e Amélia ao seu lado, parecendo discutir sobre alguma coisa.

— Vamos chegar tarde hoje, então não precisa fazer janta e amanhã deixo ao seu critério o que fazer e sobre a reforma, adie um pouco — Aemond falava rápido, mas a governanta parecia entender absolutamente tudo que ele dizia, o que era invejável. — Qualquer coisa você pergunta ao Lucerys.

—  Sr. Lucerys — acenou Amélia e Aemond desviou a atenção dela para mim, terminando de descer as escadas ao lado da governanta.

—Oh, você está....— Aemond tinha os olhos arregalados, me encarando tão atentamente e com intensidade que corei sem controle algum. — Está perfeito.

Achei um exagero, porém murmurei um obrigado baixinho e me senti bem inquieto ao vê-lo se aproximar de mim e estender o braço para mim.

— Vamos? — perguntou Aemond com um sorriso nos lábios e assenti, incapaz de levantar a cabeça e ter seus olhos sobre mim.

Entendi minha mão e ele acabou me fazendo enrolar a mão em seu braço, o que nos permitiu caminhar lado a lado colados até o carro, que nos esperava e hoje teríamos o motorista conosco.
Sentamos lado a lado e conforme o carro andava, encarava através da janela com extrema animação, gostando de ver a natureza que aos poucos era substituída pelas casas e prédios enormes, já que quando mais perto da capital, menos natureza era avistada e mais tecnologia eram avistadas.

O caminho foi feito em absoluto silêncio, observei vez e outra Aemond ao meu lado e isso era meio desconfortável, não queria que ele me pegasse encarando tão descaradamente, porém ele estava realmente lindo. O terno do alfa era preto, com um estilo totalmente diferente do qual ele usava normalmente, para trabalhar, o que deixava muito lindo.
Os cabelos grandes estavam em um coque bem feito, deixando seu rosto másculo e belo, exposto.

Realmente lindo, não podia negar este fato.

Após quase uma hora naquele carro, finalmente chegamos até a casa de eventos da alta sociedade, que era uma enorme casa, com uma estrutura digna de um castelo, que servia para os bailes costumeiros dos ricos.
A localização era inacessível a pessoas "comuns" e era repleta de câmeras, seguranças e até mesmo robôs, que circulava a propriedade e serviam nos bailes.

Mal se usava pessoas para trabalhar no evento, afim de ter total privacidade.

Chegando lá, fomos deixados na entrada agitada, havia muitas câmeras automáticas que fotografava todos os membros que chegavam para sair notícias na internet, após o baile.

Algo assim.

Me sentia queimando de vergonha ao ter Aemond abrindo a porta e prontamente me estendendo a mão, principalmente com os tantos de cliques que dava para ver. Entretanto segui o roteiro, aceitando a mão e novamente me agarrando em seu braço e lado a lado caminhei ao lado do alfa alto, até a porta que se abriu.
O salão estava repleto de música clássica, falatório e pessoas, já havia muitas pessoas ali e todas, sem exceção, encaravam a mim e a Aemond, que não pareceu se importar muito e me guiou para dentro do salão, ignorando a todos com elegância e maestria.

Lesath: Genes Lupus.Onde histórias criam vida. Descubra agora