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Ainda encontro a fórmula do amor...

— Por que apareceu assim? Pra me torturar?— Luke pergunta, sentando-se à frente da deusa e encarando a feição de Silena em sua frente, lembrando como as feições da garota ficaram deformadas pelo veneno de Drakon que a matou

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— Por que apareceu assim? Pra me torturar?— Luke pergunta, sentando-se à frente da deusa e encarando a feição de Silena em sua frente, lembrando como as feições da garota ficaram deformadas pelo veneno de Drakon que a matou.

— Você sabe que eu não controlo a maneira como apareço, meu querido. Cada um me vê da forma que mais lhe atrai, ou da maneira como gostaria de ser. Você é que vai dizer qual das duas a minha aparência é pra você...

— Já disse. Uma tortura.

— Você vê a minha filha, não é? Aquela ingrata...

— Que eu me lembre, ela morreu tentando salvar o Olimpo e você do Cronos, que era eu. Mas...pensando bem, vocês deuses não ligam mesmo para os filhos...

— Ela é uma ingrata porque, de todos os rapazes do mundo, foi se apaixonar justo por um...filho de Hefesto! Um ferreiro mequetrefe. Ela é igual ao irmão, aquele traidor do Eros.

Luke ri, lembrando-se da história à qual ela se referia. O amor de Eros, Deus do amor, cupido, para os mortais, por Psique, uma princesa mortal, era uma história lendária em toda a mitologia.

Psiquê era uma mortal tão bela que acabou deixando a deusa da beleza Afrodite enciumada. Então Afrodite mandou seu filho Eros, o deus do Amor, para que com suas flechas a fizesse se apaixonar pelo homem mais monstruoso da Terra. Ao tentar cumprir a ordem de sua mãe Eros ficou admirando a beleza de Psiquê e acabou se ferindo com sua própria flecha.

Eros a levou para morar num palácio todo feito de ouro e pedras preciosas. Psiquê só podia ter contato com as Vozes, seres  mágicos invisíveis que satisfaziam todas as suas vontades. Durante a noite Eros aparecia e eles se amavam mas ela não podia ver seu rosto nem conhecer sua identidade.

Apesar de viver feliz, sentia-se muito só durante o dia. Pediu então a Eros que a deixasse receber visitas de suas irmãs e, prometendo que jamais tentaria vê-lo, insistiu tanto até que finalmente o convenceu.

Suas irmãs ficaram muito invejosas ao ver como Psiquê vivia e ao descobrir que ela não podia ver o rosto do marido, envenenaram-lhe o espírito.

Descumprindo sua promessa e seguindo os conselhos de suas irmãs, Psiquê iluminou o rosto de Eros enquanto ele dormia. Ficou tão encantada com a beleza do deus grego deitado ao seu lado que deixou pingar uma gota de azeite quente da lamparina em seu ombro, despertando-o. Ferido, Eros abandonou Psiquê.

Psique se desesperou e vagou pelo mundo tentando reconquistar o amor de Eros. Chegou ao templo de Afrodite e se ofereceu como escrava. A deusa, mais cruel do que nunca pois Psiquê tinha ferido seu filho, mandou-a realizar tarefas perigosas esperando que encontrasse a morte.

A primeira tarefa foi separar um celeiro cheio de grãos  – trigo, aveia, cevada, lentilha – em uma noite. Uma formiga a viu desesperada e a ajudou, chamando milhares de formigas que fizeram o serviço. Depois ela deveria levar para Afrodite lã de ouro de ovelhas selvagens e venenosas, muito agressivas. Um caniço na beira de um lago a ajudou, contando-lhe que no fim da tarde as ovelhas se acalmavam e iam beber água,  e esse seria o momento em que ela poderia colher um pouco da lã que ficava presa nos galhos das plantas. A terceira tarefa foi buscar água na nascente do rio Estiges, no cume de uma montanha muito íngreme e perigosa, guardada por dragões. Uma águia a ajudou levando um frasco, que Afrodite lhe havia dado, em seu bico para coletar a água.

A marca de Hermes| Luke CastellanOnde histórias criam vida. Descubra agora