"É sobre não forçar nada, porque o que tem que ser nosso já tem força demais".
Ester Vásquez sempre soube que ele estaria por perto, independente de tudo é claro que seu melhor amigo de infância nunca a abandonaria.
Desde os 8 anos, quando a garota...
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Ester Vásquez São Paulo - SP
Eu não sabia responder, fiquei muda e estática por um tempo.
Eu poderia facilmente enrolar ou mentir pra ele, mas eu sei que logo isso se tornaria uma bola de neve e eu não sustentaria a história.
Eu vou ser sincera, até porquê se fosse ao contrário eu gostaria de saber, já me senti uma otária por ter descoberto a existência da Bianca por mensagens.
— Ah... Eu acabei encontrando com ele quando saí no sábado. — Respondi desviando um pouco o olhar.
Que ódio.
Odiava falar sobre homens com o ele, ainda mais sobre um colega de equipe. Eu costumava compartilhar esses assuntos de relacionamento com a Karoline, ela entende tudo por ser mulher.
Mas com ele é diferente... Não que eu não tenha liberdade, mas ele nunca vai entender como eu enxergo um homem, como eu me senti a vida toda perto deles... É um assunto muito complexo pra se conversar, ainda mais ficar falando sobre o amigo dele.
Ou colega? Sei lá.
— E...? — Ele completou na esperança que eu prosseguisse com o assunto.
— Eu só fiquei com ele Yuri, só isso. — Disse entrando no carro.
Que vergonha.
Eu fazia de tudo pra não olhar nos olhos dele, e eu tenho certeza absoluta que se rostos queimassem no sentido literal o meu estaria queimando agora de tanta vergonha.
O fator "relacionamentos" sempre foi um empecilho na nossa amizade, e o único pra falar a verdade. Isso se deve ao fato de enxergarmos uma relação de forma muito diferente.
Ele sempre foi mais desapegado, mesmo sendo meu melhor amigo eu diria que ele não tem tanta responsabilidade afetiva com as garotas que se envolve.
Ele basicamente fugia de namoros.
Enquanto Yuri não se prendia aos rótulos eu dependia deles para um conforto mínimo no meu coração e na minha mente
— Vocês conversavam antes, Ester? — Ele também não olhava nos meus olhos.
Que saco. Não dá pra mudar de assunto?
— Não, eu encontrei ele lá por acaso. Descobri que já tinha visto ele em 2022. — Yuri fitava o chão feito uma criança. — Mas eu pensei que ele não lembrasse de mim. — Eu olhava pro retrovisor.
