𝐀̀ 𝐃𝐄𝐑𝐈𝐕𝐀 - YURI ALBERTO

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Yuri Alberto
São José dos Campos - SP

Fui acordado pela luz forte do sol, quando me deparo com a Maria abrindo as janelas enormes do meu quarto e subindo as persianas.

— Maria você não tem quarto não? — Resmunguei enquanto acordava.

Ser acordado é uma das coisas que eu mais odeio, ou seja, ser acordado pela pirralha conseguia ser pior do que qualquer coisa.

— Eu tenho mas o que me interessa não tá lá. Tá aqui. — Ela dizia pegando meu celular e desbloqueando.

Como essa pirralha sabia minha senha?

— Aleluia. Você fez o quê eu te falei! — Maria gritava vitoriosa.

— Que isso Maria? — Me levantei. — Não grita. E... — Peguei meu celular. — Para de ler minha conversa com a Ester. Enxerida!

— Você convidou ela pra jantar e ainda chamou de Ter... Isso sim que é atitude de homem.

— Tá Maria chamei, chamei. Reconheci que tava errado.

Mas eu ainda não tinha visto se ela tinha respondido.

— Ela disse alguma coisa?

— Deixa eu ver. — Pegou meu celular de volta.

"Janto."

Só isso? Janto?

Ela deve tá puta pra caralho mesmo.

— Será que ela tá brava comigo Maria? — Perguntei para a mais nova enquanto coçava a barba.

— É óbvio que tá né, depois do showzinho que você deu batendo a porta do carro dela ela tá bem certa de estar brava com você.

Não aguentava mais isso, era só esculacho atrás de esculacho. Só de pensar que Ester também vai acabar comigo hoje à noite.

Me sentia o maior babaca.

— Mas enfim, é pedido de desculpas, pelo menos ela vai jantar e você vai buscar ela.

— Vou?

— Você não entende nada sobre mulheres mesmo. É óbvio que você vai buscar ela Yuri! A casa dela é aqui do lado. — Minha irmã exclamou.

Fiquei quieto. Tava me sentindo meio burro, mas a Maria é mulher né cara, ela deve saber do que tá falando.

E a mais nova andava de um lado pro outro como se estivesse pensando.