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Ester VásquezSão José dos Campos - SP

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Ester Vásquez
São José dos Campos - SP

— Vai com a camisa branca Esterzinha, combina mais com seu tom de pele. — A voz de Karoline soou pelo FaceTime enquanto eu encarava as duas camisas no espelho.

— Não sei, ainda to na dúvida. Talvez eu vá até sem a camisa dele, sempre paro em páginas de fofocas como um possível affair. Essas pessoas nunca viram uma amizade de verdade não?. — Karoline riu da minha voz indignada.

— Sendo bem sincera quando te conheci também achava que vocês estavam juntos em segredo, mas a senhora jura por Deus que não. — A loira riu relembrando o dia que nos conhecemos.

Aliás, conheci Karoline na final da Copa do Brasil de 2022, eu estava completamente devastada com a derrota do Corinthians e por coincidência estávamos no mesmo camarote. Trocamos nossos números e desde então nunca perdemos contato, sempre que vou pra capital de São Paulo fico na casa dela. Karol sempre foi um anjo comigo e tornou minha vida muito mais leve.

Nossa amizade é a típica amizade feminina sincera, sem inveja ou competição, só amor. Ela se tornou literalmente uma irmã mais velha para mim.

— Juro por Deus que não porque é a verdade sua boba — Respondi seguramente. — Bom, eu vou com algum look all black mesmo, estou procurando evitar as polêmicas pois já basta você na Gossip do Dia sempre que eu abro meu Instagram de manhã. — Disse enquanto ria da mais velha. — Muito obrigada pela ajuda anêmica, dá um beijo na Ceci por mim viu?.

— Pode deixar que a Queen vai saber do seu beijo. Aproveita o jogo e me manda mensagem
qualquer coisa, e se cuida viu Vásquez. — Ela diz enquanto desliga o FaceTime.

Karoline desliga e eu me apresso, hoje era a estreia do Corinthians no Campeonato Paulista e eu já estava atrasada (novidade), e de São José dos Campos até Itaquera era uma "mini viagem", sem contar o trânsito da cidade de São Paulo.

Ele deveria agradecer todos os dias por ter uma melhor amiga dessas.

Segui meu caminho até a Neo Química Arena, no meu carro completamente sozinha. Solidão ou liberdade? Eu diria a liberdade de ouvir minhas músicas favoritas no volume máximo sem me preocupar com pitacos de passageiros, e esse era o fator mais empolgante de ter meu próprio carro.

Já o Yuri era o exemplo total do que eu não suportava, sempre quando entro no carro do jogador as músicas são as mesmas, e na maioria das vezes de um péssimo gosto, por isso o conforto do meu próprio carro me alegrava naquele momento, amo dirigir com música boa.

Música vai, música vem e eu já me encontrava no estacionamento do estádio seguindo em direção ao camarote.

Seria um começo de temporada e tanto, o Corinthians precisava se reerguer, o choque de gestão estava sendo tremendo e refletindo diretamente nos atletas.

Mudanças de técnico, reformulação de jogadores e entre outras coisas. Tudo isso tornava o clima hostil e eu apenas rezava para que tudo saísse como o planejado.

Dito e feito. Corinthians 1 e Guarani 0. Gol de voleio do Romero.

"Veio pra cá?", dizia a notificação no meu celular. Bloqueei a tela e me encaminhei ao vestiário.

— Claro que eu vim né — Abracei o mais alto por trás. — Tá pra nascer uma pessoa mais pé quente do que eu.

— Pé quente você vai ser quando assistir um hat-trick meu ao vivo Esterzinha. — Yuri se vira e retribui o abraço de Ester. — tá ligada que hoje eu volto contigo né? Vou ficar na casa dos meus pais um pouco. To precisando espairecer.

— Tudo bem, mas saiba que meu carro, minhas regras, ou seja, eu escolho as músicas. — Sempre tive respostas na ponta da língua. — E nem vêm com reclamação se não te faço voltar andando pra São José.

— Você que manda Ester. — Nos despedimos dos poucos jogadores que restavam no vestiário e seguimos pro carro.

É impressionante como sempre acabamos assim.

No fim do dia somos só a Ester e o Yuri de
sempre, um no carro do outro e tendo a perturbação como linguagem de amor favorita.

No fim das contas minhas músicas nunca foram tão ruins ao ponto dele não suportá-las e nem as dele de um péssimo gosto, essa é só nossa forma de mostrar que nos importamos um com o outro e queremos atenção, igualzinho duas crianças.

No fim das contas minhas músicas nunca foram tão ruins ao ponto dele não suportá-las e nem as dele de um péssimo gosto, essa é só nossa forma de mostrar que nos importamos um com o outro e queremos atenção, igualzinho duas crianças

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NOTAS

Primeiro capítulo saiu. Me encontro aqui 03:40 da manhã escrevendo isso com um sorriso bobo no rosto.

Me contem o que acharam da primeira aparição dos nossos personagens maravilhosos (Karoline e Yuri).

Pra quem não sabe "anêmica" é um apelido carinhoso que as fãs da Karol deram pra ela, inclusive essa história terá diversos trocadilhos do dicionário da deusa Karoline Lima, mais informações nos destaques do Instagram da mesma @karolinel chamado "dicionário".

Não se esqueçam de votar, comentar e divulgar a história. Isso me motiva a continuar escrevendo.

Beijos da Angel.

𝐀̀ 𝐃𝐄𝐑𝐈𝐕𝐀 - YURI ALBERTOOnde histórias criam vida. Descubra agora