01. Em fase de teste

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Jongin estava parado, olhando para a porta do escritório à espera do momento em que seu chefe passaria por ela. Era um dia importante na empresa e esperava que ele tivesse chegado cedo naquela manhã, conforme haviam combinado na noite anterior, mas já estava às véspera da reunião com os acionistas e nada do chefe aparecer.

— Jongin, temos um problema. — disse Chanyeol ao entrar na sala.

O secretário baixou seu olhar vagarosamente, vendo o Park de mãos dadas com as duas crianças de seis e nove anos.

— Essa última não durou uma semana. — suspirou, olhando em sua agenda a data de contratação da última babá.

— Precisa que de um jeito nisso hoje e preciso que essa fique. — disse preocupado — Temos que arranjar uma solução.

— Chefe, se me permite uma sugestão, me deixe chamar alguém que realmente vai ficar com esse trabalho, eu tenho alguém em mente. — disse sério e confiante.

Chanyeol suspirou, olhando para as duas crianças risonhas, principalmente Eun-Woo, a garota parecia debochar do pai, que sabia que ela era a principal responsável por nenhuma das babás durar naquela casa.

— Certo, faz tempos que vem me dizendo isso, vamos fazer um teste por sua conta e risco, se der errado, vai ser rebaixado a babá.

— Entendido, não se preocupe, vai dar certo e melhor, antes da sua reunião que começa em cinco minutos.

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Baekhyun estava andando pelo centro da cidade, entregando alguns currículos naquela manhã, estava vivendo como freelancer em empresas de publicidade, mas isso não era suficiente para que pudesse se manter.

Estava a ponto de comprar um café com a última moeda que tinha no bolso quando recebeu uma ligação de seu melhor amigo.

— Diz que está no centro e não ficou de preguiça hoje. — disse Jongin apressado, fazendo o Byun rir.

— Claro, amigo, eu disse que ia entregar currículos hoje, estou com o total de uma moeda no bolso e muita fome. — riu da sua desgraça.

— Vem pra empresa onde eu trabalho agora, eu pago o seu almoço e te arrumo um emprego.

— Qual a pegadinha? — perguntou desconfiado, já começando a andar em direção a empresa onde o Kim trabalhava.

— Nenhuma. Um emprego maravilhoso, paga seis vezes o salário daquela última empresa mequetrefe que trabalhou, com um carro ao seu dispor no trabalho, chance de dormir numa mansão vez ou outra e de quebra um chefe para fazer seu almoço. Chega aqui em cinco minutos?

— Sério, Jongin, eu não vou fazer nada ilícito, nem mentir para ninguém. O que você quer que eu faça?

— Seja babá de duas crianças muito, muito, muito difíceis de lidar, mas eu sei que você consegue, vai. — implorou e mesmo que não estivessem frente a frente, Baekhyun sabia que o Kim havia unido as mãos em sinal de oração, lhe implorando por aquilo.

— Faz muito tempo que eu não cuido de crianças, sabe que eu só fiz isso na faculdade.

— Ele paga em dólar. — tentou pela última vez. 

— Chego em dois minutos, estou bem pertinho da sua empresa. — disse animado, caminhando mais rápido.

— Perfeito.

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Baekhyun chegou em poucos minutos até a empresa que o amigo trabalhava, olhando abismado para aquele grande prédio comercial. Olhou para seu próprio corpo por um momento, claramente não estava apresentável o bastante, mas o que poderia fazer naquela situação? Se arrumasse o emprego ao menos conseguiria pagar o aluguel em atraso e, se fosse como o amigo havia lhe dito, poderia até comprar roupas boas o bastante para andar naquele lugar.

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