02. O pai favorito

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Baekhyun levou algumas mudas de roupa para a cobertura do Park como solicitado, também ajeitou o quarto destinado a si para que ficasse um pouco mais aconchegante, mas não conseguia passar mais tempo ali do que o realmente necessário. 

Nunca dormia na casa dos Park.

Ao contrário do que o amigo lhe disse quando pediu que trabalhasse naquela casa, as crianças não eram um problema, longe disso, era maravilhoso passar tempo com elas, mas não era nada fácil aguentar o mal humor do pai delas.

Chanyeol era um homem difícil de lidar. Extremamente amoroso com os filhos, mas frio e seco com qualquer outra pessoa e Baekhyun não seria exceção. Ele era receoso e o Byun sentia-se constantemente vigiado, como se ele fosse algum tipo de criminoso e não uma babá, o que acaba lhe deixando estressado, ainda assim, era obrigado a sorrir e agradar o chefe.

Apesar disso, Baekhyun completou um mês trabalhando na casa de Chanyeol rapidamente, o que Jongin considerava quase um feito extraordinário.

Naquele dia, não foi diferente de todos os outros, a cada reunião que terminava, o Park subia até a cobertura e via como as crianças estavam.

— O que estão fazendo? — perguntou o mais velho, vendo claramente que os três estavam sentados no chão da sala montando um reino com peças de Lego.

— Está cego? — Baekhyun perguntou concentrado em montar suas peças, logo sendo tomado pela vergonha e prestando atenção no chefe — Desculpe, senhor Park. Estamos montando o nosso próprio reino com peças de Lego.

— De onde vocês tiraram todo esse Lego Eun-Woo? — perguntou, olhando feio para a filha.

— Ninguém mandou deixar seu cartão sem supervisão... — a garota deu de ombros, continuando a montar suas peças.

— Vem brincar com a gente, papai. — pediu o mais novo.

— Eu tenho uma reunião logo mais, infelizmente não posso. Mas verei uma forma de participar mais tarde. — sorriu, acariciando os cabelos do filho.

— Senhor Park, podemos conversar um minuto?

— Sim, fale.

— A sós. — disse e largou as peças no chão, levantando — Volto já, crianças. Não roubem minhas peças. — disse sério, apontando o dedo aos pequenos.

Baekhyun andou com o Park em direção ao elevador, parando ali.

— Entendo que sou novo cuidando das crianças, talvez tenha algum receio porque sou um homem, mas esse não é meu primeiro trabalho de babá, não vou roubar sua casa ou seus filhos. — disse sério, cruzando os braços.

— Acha que eu fico vindo pra casa para vigiar você? — perguntou com uma sobrancelha erguida.

— E não é? Você vem falar com as crianças a cada cinco minutos.

— Exatamente, eu venho falar com as crianças. — deu ênfase na palavra — Se eu pudesse não trabalhar e passar o dia montando Lego com eles, eu faria, mas não tenho essa opção. — suspirou — Não venho ver você, eu venho ver as crianças.

Baekhyun ficou boquiaberto e envergonhado, nunca imaginou aquela possibilidade.

Mas era algo que fazia sentido, desde o início todos apontaram quão bom pai Chanyeol era, sempre presente na vida dos filhos. Jongin havia lhe dito sobre isso desde o início, o quanto o Park se esforçava.

Parando para pensar sobre o assunto, de fato, com exceção de quinta e sexta, Chanyeol sempre se esforçava para chegar ao menos antes das crianças estarem na cama,  ao menos na hora de banha-las e contar uma história para dormir.

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