11. Prometa não ir embora

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Chanyeol chegou em casa tarde naquela noite, suspirando e pensando em como colocar em prática o que conversou com a psicóloga.

— Já comeu hoje? — perguntou Chanyeol, percebendo que as crianças já estavam na cama e Baekhyun parecia um pouco sem rumo.

Baekhyun parou para pensar alguns momentos.

— Eu dei comida para as crianças, preparei o lanche deles, levei para a escola e fiquei cuidando da Hee. Eu troquei fralda, dei mama, dei banho e ela dormiu.... Hm... Eu busquei eles na escola, Eun-Woo deixei na esgrima e Chan-Woo na natação, Hee... Hee estava no carro, voltou para casa e tomou mama e fiquei com ela enquanto preparava o jantar… — continuou contendo e olhando ao redor, tentando lembrar do que tinha feito naquele dia.

— Não foi o que eu perguntei, Baekkie. Você comeu? — Chanyeol perguntou triste, acariciando os cabelos do garoto, que se afastou levemente.

— Eu fiz tudo o que deveria fazer. Eu tenho feito meu trabalho direito dessa vez.

Chanyeol concordou com a cabeça.

— Você sempre fez, bebê. Vamos lá comer. Vou fazer isso com você.

Baekhyun negou com a cabeça.

— Eu estou cansado. Eu vou dormir. Estou bem cansado... — disse e se afastou do mais velho, indo para seu quarto.

Chanyeol suspirou frustrado, pensando no que poderia fazer para ajudar o Byun.

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— Como foi essa semana? — perguntou a mulher, sentando em frente ao Park com sua agenda.

— Péssima! Não é que eu queira ficar aqui só trabalhando, mas tenho muitas coisas para fazer, muito trabalho acumulado e mesmo com Jongin me ajudando mais do que o seu trabalho exige, ainda tem muita coisa a ser feita, eu fiquei parado por meses procurando Baekhyun... — suspirou — Eu não consegui todo meu dinheiro do nada, eu não tenho pais muito ricos, eu trabalhei muito. — disse, visivelmente frustrado.

— Tá, vejo que há muita coisa guardada aí. — sorriu — Então nada de conversar com seus filhos ou com Baekhyun nesses últimos dias?

— Eu até tentei, na verdade a questão maior para mim é Eun-Woo, para todos os lados. É uma questão para mim e também é uma questão para o Baekhyun... Eu vejo como ele praticamente foge do caminho dela dentro de casa, mas também vejo o quanto o ele gostaria de estar presente se ela deixasse. Isso acaba comigo. Eu sei que ela o ama, mas parece que eu sou o imprestável que não consegue unir a nossa família. 

— E por que se sente assim? O que faz você se sentir dessa forma?

— Dói... realmente dói ver o Baekhyun adoecendo dessa forma, ver o quão distante ele está, me tratando mal, quando na verdade ele queria que fossemos uma família. Eu sei que ele queria isso porque ele se preocupa com as crianças, se preocupa se estão felizes, com as atividades, em levar e buscar a Eun-Woo, mesmo sabendo que ele poderia não reagir bem, ele faz de tudo pelas crianças, como sempre fez, por sempre amá-las. Eu queria conseguir ajeitar as coisas, queria que fossemos uma família novamente, como o tempo que passamos na praia. — Aqueles dias foram tão bons e agora parecem tão distantes, foi há menos de um ano atrás.

— E já pensou em explicar isso para Eun-Woo? Em explicar para ela como se sente? Que o ama e isso não foi feito para magoá-la?

— Eu estou tentando, mas acho que não encontrei o momento certo ainda.

— Talvez não fosse melhor que você, como pai, criasse este momento? Que se fizesse ouvir?

— Eu não quero que ela fique magoada comigo, eu não quero que ela se sinta mal com isso. Eun-Woo perdeu a mãe muito cedo e eu sei que para ela isso é uma questão.

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