Na região de Kanto, caracterizada pelo descontrole da polícia em resolver casos de brigas em enorme escala por autoria de adolescentes que vão contra o sistema japonês, a garota de cabelos ruivos, Takame, se vê obrigada a quebrar sua regra mais impo...
A garota de fios alaranjados andava cuidadosamente pela enorme cidade na região de Kanto. As pessoas que passavam por ela vez ou outra a cumprimentavam com um sorriso, que ela retribuía, se fossem mulheres, claro. A garota tinha uma enorme desconfiança com qualquer homem estranho, por razões de vários acontecimentos e notícias que via nos jornais.
Infelizmente, para seu azar, Kaori morava minutos longe. Em uma rua um pouco mais afastada. Os postes da rua tinham uma iluminação ruim, mas dava para avistar de longe um grupo de garotos em uma roda, rindo e se gabando com suas motos.
O amargo gosto no céu da boca se instalou quando viu uma figura específica olhar para ela com um sorriso divertido e um aceno. Era o mesmo garoto de dois dias atrás.
— Quem é vivo sempre aparece, ein.
Takame sentiu seus dedos suarem frio. Um único homem era suficiente para assustar uma mulher, agora imagina uma gangue com sete homens.
— Sim. — Sorriu falsamente.
Wakasa arqueou a sobrancelha e cruzou os braços. Em sua cabeça era óbvio que aquele sorriso era falso. Ele não se sentiu incomodado com os sussurros de seus colegas, perguntando quem era ela, já que nem ele sabia direito, Wakasa só sabia que era uma diversão nova para ele no momento.
— Aqui não é lugar para garotas bonitas como você andar, sabia disso?
— Você deve ser o motivo para não ser um lugar seguro, aparentemente.
Wakasa riu baixo, estalando a língua no céu da boca.
— Talvez, cenourinha. Só estou preocupado com o que pode acontecer com uma bela dama como você, principalmente nessa área.
— De qualquer forma, Wakasa.. certo?
Wakasa Acenou positivamente com a cabeça. Takame deu continuidade
— Estou atrasada. — continuou sua fala anterior.
— Tá, mas lembra, não quero ver seu rostinho bonito nos jornais. Toma cuidado. — Brincou mais uma vez, antes de apenas se virar e continuar a bater papo com os garotos de sua gangue.
Takame arqueou as sobrancelhas, mas aproveitou para rapidamente ir para casa de Kaori.
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— Pera, pera, pera... — Kaori andava de um lado para o outro, mordiscando a ponta do polegar. — Wakasa é membro da Black Dragons, essa área é dos Mugen, amiga.
— E? — questionou, enquanto olhava a amiga.
— Olha. Deixa eu te explicar. Onde você mora, os Black Dragons que tomam conta. Só que onde eu moro, é os Mugens. Se a Black Dragons está aqui, é por dois motivos: Ou vai ter alguma briga, ou eles estão se preparando para uma.
— Ah não! — O tom de voz de Takame saiu mais alto do que deveria. E nisso tudo é meu pai que se fode.
