Oii gente, capítulo novinho pra vcs, espero que gostem o próximo vai sair no fim de semana que vem, vou tentar postar um capítulo a cada duas semanas, mas não prometo pois a escola está tomando todo o meu tempo, agora chega de blá blá blá e boa leitura.
Era 6 da manhã quando Eileen acordou, ela passou a mão pela cama mas o único calor presente era o dela, confirmando a ausência de Lyall, ela não sabia quando começou essa necessidade de tê-lo dividindo a cama com ela mas tinha certeza que era a melhor das sensações, acordar com ele fazendo cafuné nos seus cabelos ou com aqueles lindos olhos que a olhavam como se fosse a única coisa real do mundo e a quentura do corpo dele que tinha virado um lar para ela. Logo o coque estava feito e sua roupa preta sobre seu corpo, Eileen tinha o costume de usar calça e camisa em viagem de negócios, já que era mais confortável que os vestidos que costumava usar em casa, Eileen colocou o colar que Lyall havia dado a ela, pegou a pasta com alguns documentos e relatórios e foi até o restaurante do hotel. Serviu-se de um café forte e foi até uma das mesas, abrindo uma das pastas que continha alguns relatórios, ela ainda não tinha entendido como a filial de Lisboa tinha chegado naquele buraco, de repente um pedaço de bolo de chocolate foi posto à sua frente e Anúbis apareceu
-bom dia
Ela falou enquanto colocava outra pasta em cima da mesa
-nessa pasta tem tudo sobre Afonso, e nessa aqui tem tudo sobre a ex mulher dele...
Ele colocou outra pasta na mesa
-Madalena Sampaio, 50 anos, se formou com louvor em economia em Oxford, se casou com Afonso quando tinha 30 anos e se separou dele com 47, alegou ter sido traída mas não conseguiu provar, Afonso comprou o juiz do caso e pegou quase tudo de Madalena, dizem que ela tem uma foto dele e usa de alvo para arremessar facas
Ele falou, eu olhei a pasta dela deixando a de Afonso de lado
-Eu quero ela!
Falei enquanto olhava para Anúbis.
Bati na porta número 18, de um prédio estranho e mal acabado, segundo a pasta aquele era o endereço de Madalena
-pois não?
Uma mulher de cabelos curtos, pálida e com olhos fundos, atendeu a porta
-Madalena Sampaio?
Perguntei
-Sou eu
-a senhora não me conhece, sou Eileen Snape...
-Eileen Snape? O que devo a honra de sua visita?
Ela falou de maneira sarcástica
-gostaria de conversar com a senhora, me acompanha em um almoço?
Entrei em um restaurante e Madalena andava logo atrás, pegamos uma mesa mais afastada e nos sentamos
-diga logo o que quer de mim
A mais velha falou
-soube que você e seu ex marido não tiveram uma separação das mais... agradáveis por assim dizer
-aquele canalha me traiu com minha irmã e me tirou, casa, carro, dinheiro... então sim! Não foi uma separação nenhum pouco agradável, mas volto a repetir, o que quer de mim?
Ela disse enquanto se arrumava na cadeira
-como posso ver você odeia Afonso tanto quanto eu, já que a senhora gosta de ser direta também serei, quero tirar Afonso da minha empresa
Digo enquanto o garçom se aproxima e pergunta o que queremos
-gostaria de uma taça de vinho branco e um bacalhau à moda do chefe Respondo
-o mesmo
Madalena diz ao garçom que se retira
-e por qual motivo não o demite? Você é a dona
-Afonso não é um bom homem e digamos que tenho um certo gosto de fazer esse tipo de homem pagar caro por suas atitudes
Digo indo logo ao ponto
-não nego que me vingar de Afonso soa como música para os meus ouvidos mas o que eu vou ganhar em troca?
sinto os olhos azuis de Madalena me analisarem como um enigma milenar
-você assume o lugar dele na empresa, acho que seria uma volta por cima extraordinária
Falo enquanto olho no fundo dos olhos dela
-vocês britânicos adoram uma vingança à lá Shakespeare não é?
Vejo um leve sorriso se formar no rosto dela
-suponho que sim
Respondo
-tomar o lugar dele me parece bom... mas quanto vou receber por isso? Ganharei metade do salário dele?
Ela pergunta com sarcasmo
-15% a mais do que ele recebe
-20%
Ela rebate
-pensei que fosse mais ambiciosa
Digo enquanto reviro os olhos
-30%
Madalena fala, sinto a surpresa na voz dela
-bom... melhorou, minha proposta é, você recebe 40% a mais do que ele e se provar ser competente eu dobro o salário
Falo
-muito bem... eu vou te ajudar! É como dizem, a vingança é um prato que se come frio, não vejo a hora de ver aquele canalha no lixo
Ela fala, poucos minutos depois a comida chegou e nos duas começamos a comer, algo me dizia que Madalena era a pessoa certa
-preciso também que você analise as finanças da empresa, e me dê uma solução se possível até o fim de semana
Digo enquanto corto o bacalhau
-está com os relatórios?
Ela pergunta antes de mastigar o peixe
-não, estão no hotel, amanhã vou mandar alguém te buscar e te levar até lá, temos muito trabalho pela frente
Eu falo e logo em seguida mastigo a comida que realmente estava maravilhosa
-tudo bem, gostei de você e acredite isso é algo difícil de acontecer
Madalena falou enquanto tomava um gole de vinho
-digo o mesmo, um brinde à nossa aliança
Levanto um pouco minha taça e ela faz o mesmo. Entro no quarto de Anúbis assim que escuto sua autorização
-conseguiu?
Ele pergunta, o homem estava sentado no tapete e rodeado de papéis
-ela vai vir amanhã cedo nos ajudar
Digo enquanto me sento junto dele
-perfeito! Só queria saber como você sempre consegue o que quer
Ele fala com um sorriso sacana no rosto
-porque eu sou eu! E sei muito bem como manipular os quereres dos outros ao meu favor
Digo enquanto pego um dos papéis e olho
-tem alguma coisa errada nesses relatórios, mas ainda não consegui identificar o que exatamente, espero que Madalena consiga
Anúbis fala, passando a mão na cabeça
-ela vai conseguir, já vi muitas mulheres determinadas mas Madalena tem uma coisa diferente, ela é tão vingativa quanto eu
Digo enquanto encosto minhas costas na cama
-que bom que me avisou, se ela for um terço do que você é tenho que ficar esperto
Ele disse brincando
-outra coisa... Lyall ligou mas disse que você tinha saído e que quando voltasse ia ligar para ele
Anúbis falou, eu me levantei e fui até meu quarto rapidamente, meu corpo reagia por conta própria sentia necessidade de escutar a voz de Lyall.
-alô, quem fala?
Soltei um sorriso genuíno só por escutar ele
-oi querido, sou eu
Respondo
-meu amor! Como você está?
Ele perguntou, sinto a alegria na voz dele
-estou bem, senti sua falta na cama...
Fechei minha boca quando as palavras não calculadas saíram, sinto minhas bochechas queimarem
-eu também, meu amor, mas me contento com seu cheiro que está impregnado nos lençóis
Não sabia o que responder, na verdade ele sempre tirava a minha habilidade de falar
-vou tentar arrumar tudo o mais rápido possível pra voltar para você
Digo, e me amaldiçoo novamente, por que eu não conseguia controlar minha boca?
-leve o tempo que precisar, você sempre está junto de mim mesmo longe
-eu te amo
-não mais do que eu...
Conversei com Lyall por um tempo e depois de terminar a ligação me voltei para as pilhas de documentos, mas sentia uma calmaria invadir meu corpo, mesmo longe era como se eu pudesse sentir os braços quentes e reconfortantes de Lyall a minha volta, uma batida na porta tirou minha atenção dos papéis
-posso entrar?
Escutei Anúbis perguntando
-claro
Respondo, ele entra no quarto e se senta ao meu lado na mesa redonda que tinha no quarto
-falou com Lyall?
Anúbis fala enquanto se aproxima de um papel
-sim
-nunca imaginei ver você assim
-assim como?
-com um sorriso leve, rosto corado e com uma felicidade genuína nos olhos
Sorrio com o comentário
-quando te conheci você era muito pálida, suas olheiras eram tão fundas quanto um poço, me parecia que se te tocasse com um pouco mais de força você quebraria no meio, mesmo todos te achando uma rainha ainda sim... para mim você foi, por muito tempo, um corpo vagando por aí, mas agora você tem vida, e fico muito feliz por isso
Ele apertou minha mão
-isso é o que o amor faz com as pessoas, não é?
Eu digo, não é bem uma pergunta mas Anúbis responde
-sim... é exatamente isso que o amor faz, sempre fui adepto de uma filosofia do amor onde ele é avassalador no mesmo momento em que é vagaroso, onde ele chega e ocupa todos os espaços vazios e leva a agonia e melancolia embora como um sopro uniforme como se esses sentimentos não passassem de poeira
-ele faz isso comigo... ele chegou sem permissão e tomou todas as minhas noites... fez eu me sentir relevante enquanto todo o resto era irrelevante, ele é como uma fogueira em uma noite fria
-nunca imaginei Eileen Snape falando de amor como uma garotinha
Ele falou enquanto ria
-não sou uma garotinha, sou uma mulher adulta independente e dona de um império, mas que ainda sim... está aprendendo a amar e descobrindo tudo o que o amor pode me proporcionar e tenho que dizer... é rejuvenescedor
Dito isso voltamos a trabalhar e só paramos quando já era tarde da noite
-estou exausto
Anúbis disse enquanto passava as mãos nos olhos
-eu também, vamos encerrar por hoje
Digo e Anúbis se retira do quarto, eu sentia minhas costas pedirem por piedade e minha cabeça já estava rodando de tanta dor, fui até o banheiro para tomar um banho, senti a água quente tomar meu corpo quando me afundei na banheira, meus pensamentos vagavam sem rumo até que tomaram uma direção com nome e sobrenome "Lyall Lupin" eu sempre me orgulhei de ser uma mulher independente e que nunca precisou de um homem mas agora... tudo parecia diferente agora eu estava precisando da presença dele junto a mim, não para resolver problemas ou ir nas reuniões, mas sim ter um lugar onde eu poderia descansar o corpo e a alma, e não tinha ninguém melhor do que Lyall, aquele homem me ensinou tanta coisa não só sobre o amor mas sobre a vida e tudo que ela pode te oferecer se você tiver a coragem de ousar, ele me ensinou que o amor não te cura da dor mas ele ajuda a fechar as feridas, até mais rápido, às vezes anestesia e estanca o seu sangue e mesmo que fique a cicatriz ela se torna insignificante. Me deitei na cama e como estava exausta peguei rapidamente no sono, meu último pensamento foi que tentaria resolver tudo o mais rápido possível, dormir naquela cama sozinha era quase uma tortura.E ai gostaram? Espero que sim
Não se esqueçam de votar e comentar o que achou do capítulo, beijinhos até o próximo capítulo.
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The Lady In Black
Randomvocê pode pensar que isso sera mais uma história clichê de uma garota rica que vai virar uma boa pessoa, mas está muito enganado Eileen Prince não merecia ter passado pelo que passou, a jovem sobreviveu a coisas que a fizeram se fechar para o amor...