Oii gente!!! Antes que me matem queria explicar o motivo do meu sumiço, bom esses últimos meses passei por um bloqueio criativo que acabou comigo, me sentia uma fraude e até pensei em apagar a fic, mas enquanto eu relia ela eu conseguir ver minha evolução na escrita e isso me motivou muito, e ver os comentários as visualizações me deixou animada para voltar a escrever, e finalmente terminei esse capítulo que estava incompleto desde o meio do ano, espero que me entendam e que gostem do capítulo, não se esqueçam de votar e comentar, me ajuda muito
Agora sem mais delongas, boa leitura 😘A sala estava tensa, ninguém sabia o motivo dessa reunião de emergência. Os burburinhos só acabaram quando a porta da sala foi aberta e a mulher vestida de preto entrou e cumprimentou todos os presentes.
-Boa tarde a todos.
-Boa tarde
os homens responderam juntos.
Eileen foi até seu assento na ponta da mesa, mas não se sentou, Puxou um pouco as mangas da camisa e colocou os dois braços em punho sobre a mesa. Ela sentiu alguns homens tremerem com o pequeno gesto, O que uma pequena atitude "masculina" pode causar quando feita por uma mulher, Eileen pensou antes de tomar a palavra.
-Devem estar se perguntando o motivo para eu ter antecipado nossa reunião, mas antes de contar o motivo quero apresentar a senhora Madalena Sampaio.
Enquanto Eileen falava, os olhos dos homens se voltaram para a porta, atentos e curiosos. Madalena entrou na sala com um semblante sério, exalando um perfume forte, que ela tinha escolhido a dedo para a ocasião, um batom vermelho pintavam seus lábios e um terno mais alinhado que o de qualquer homem daquela sala. A mulher praticamente desfilou até o lado de Eileen. A tensão na sala aumentou; sussurros recomeçaram, como se os presentes tentassem entender o que estava acontecendo.
Afonso se levantou assim que Madalena entrou. Ele estava prestes a falar, mas Eileen o calou com um simples olhar.
-A senhora Sampaio será a nova diretora executiva da empresa
Eileen comunicou.
Os homens ficaram em choque, trocando olhares de surpresa e indignação. O mais previsível aconteceu, Afonso se levantou bruscamente e exclamou
-Mas esse cargo é meu! Você não pode fazer isso e, pra piorar, dar o MEU cargo para essa mulher!
Afonso falava enquanto gesticulava como um louco, mas as duas mulheres apenas trocaram olhares. Eileen percebeu a inquietação se espalhar entre os presentes e decidiu agir rapidamente para manter o controle da situação.
-Voltando ao que eu estava dizendo
ela começou, mantendo a voz firme e autoritária -o motivo de eu ter antecipado essa reunião foi que recebi informações concretas e provas de um desvio das contas da empresa.
Os murmúrios recomeçaram, desta vez mais intensos, e alguns dos homens começaram a trocar olhares nervosos. A tensão na sala era palpável, Eileen tirou uma pasta preta da bolsa e caminhou até Afonso
-por que não nos conta o que fez durante o último ano senhor Afonso?
Eileen estava de pé atrás da cadeira do homem
-não sei do que está falando
Ele respondeu, sua voz tinha um certo tipo de tremor, e em momento algum ele olhou para Eileen, a mulher pegou a pasta e jogou na frente dele
-vamos lá Afonso...não tenho o dia todo pra esperar para que você confese o óbvio, Abra a pasta!
Ele olhou a mulher por cima do ombro e abriu a pasta, o homem não precisava ler tudo para saber que o que tinha ali era mais do que suficiente para destruir ele
-como vc se sente sendo esse ser humano tão boçal, acho que um dos maiores que já conheci, não preciso dizer que é pra vc sair dessa empresa imediatamente não é?
Afonso, tentando conter sua fúria, cruzou a sala em direção à porta, Ela ergueu uma sobrancelha, observando o homem tentar se controlar. Madalena fez um leve movimento para segui-lo, mas Eileen a deteve com um gesto suave.
-Eu cuido disso, continuem com a reunião
ela murmurou antes de seguir Afonso para fora da sala de reuniões.
Ao entrarem no escritório de Afonso, ele fechou a porta com força, o som reverberando nas paredes. O espaço estava mal iluminado, apenas uma lâmpada de mesa lançava uma luz fraca e amarelada sobre a bagunça de papéis em cima da mesa.
-Que diabos você pensa que está fazendo, Eileen?
Afonso rosnou, seu rosto vermelho de raiva,
Ele deu um passo adiante, seu corpo grande e imponente tentando dominar o espaço. Seus olhos estavam selvagens, como os de um predador acuado.
-Você acha que é tão fácil assim me substituir? Uma mulher como Madalena nunca chegara aos meus pés! E se você acha que só porque é Eileen Snape vou deixar barato essa humilhação você está muito enganada, Você realmente quer brincar comigo?
Afonso disse, aproximando-se cada vez mais, seu hálito quente batendo no rosto dela.
-Eu posso destruir você com uma palavra. Uma denúncia, uma ligação para as pessoas certas...
Ele se inclinou, tentando usar seu tamanho para intimidá-la, sua voz baixa e ameaçadora.
Eileen permaneceu imóvel, seus olhos fixos nos dele, sem sequer piscar. A energia no ambiente parecia mudar, uma tensão elétrica preenchendo o espaço entre eles. Quando ela finalmente falou, sua voz era suave, mas carregada de uma força inabalável.
-E você acha que suas ameaças me assustam, Afonso?
Ela deu um passo adiante, forçando-o a recuar involuntariamente
-Você acha que me conhece, mas não sabe nada sobre mim. Eu já enfrentei homens muito piores do que você e sobrevivi, você é só mais um covarde tentando proteger seu pequeno império de corrupção.
Ela deu outro passo adiante, agora tão próxima que podia ver as gotas de suor começando a se formar na testa dele, Sentindo-se acuado e desesperado para recuperar algum controle, Afonso sibilou com um ódio que beirava o desespero:
-Seus olhos são os portões do inferno...
Eileen abriu um sorriso quase demoníaco, aproximando-se ainda mais de Afonso, a tensão no ar quase tangível
-Eu sou uma mulher; meus olhos são o rei do inferno em pessoa
Ela sentiu o homem se encolher e tremer, Eileen sentia sua magia vibrando entre suas veias, como há muito tempo não vibrava. Com um passo lento e deliberado, ela se aproximou ainda mais de Afonso, que agora parecia menor, consumido pelo medo e pela culpa.
-Você realmente achou que poderia me enganar?
Eileen sussurrou, sua voz carregada de uma calma ameaçadora
-Eu sou mais do que você jamais imaginou, sou a tempestade que você não viu chegar, Seus dias de corrupção acabam aqui!
Afonso tentou manter sua postura intimidante, mas algo em Eileen era diferente. Sua presença parecia crescer, como se a sala estivesse se enchendo de uma força invisível e esmagadora. Ele tentou balbuciar alguma resposta, mas as palavras não saíam.
-Se você ousar mexer comigo, com Madalena, ou com qualquer outra pessoa desta empresa de novo...
Eileen murmurou, sua voz tão baixa que Afonso teve que se esforçar para ouvir
-eu vou garantir que não sobre nada de você. Nada além de lembranças e pó.
De repente, Eileen ergueu uma mão e a colocou sobre o peito de Afonso, apenas por um segundo. A sensação foi como um choque elétrico que o percorreu, fazendo-o estremecer. Ele tropeçou para trás, quase caindo sobre sua cadeira, Ela recuou, seu rosto impassível, mas com um brilho feroz nos olhos.
-Agora, saia do meu caminho, e da minha empresa
ela ordenou, sua voz tão fria quanto o gelo.
Afonso tentou reunir forças, mas suas pernas pareciam feitas de chumbo. O ar ao redor deles se encheu de uma energia opressora, a aura de Eileen crescendo a cada momento.
Ele recuou novamente, os olhos arregalados, percebendo que qualquer resistência era inútil. A presença de Eileen era avassaladora, uma força imparável que não podia ser negada
Sem dizer mais uma palavra, ele se levantou, cambaleando para a porta. Ao sair, ele não se atreveu a olhar para trás. Eileen observou-o partir, um sorriso triunfante surgindo em seu rosto, Ela sabia que, embora ele não conhecesse sua verdadeira natureza, ele jamais se atreveria a cruzar seu caminho novamente.
Com a saída de Afonso, Eileen respirou fundo, sentindo a energia da vitória pulsar em suas veias. Ela ajeitou a camisa e saiu do escritório.
Ao voltar para a sala de reuniões, todos os olhares se voltaram para ela, Eileen se sentou à mesa
-o que eu perdi?
ela disse calmamente, os homens ainda estavam em choque, mas sabendo que agora estavam sob um comando firme e implacável esperaram que Madalena respondesse.
Era 20:00 horas quando as duas mulheres sairam da empresa, Anúbis estava com o carro estacionado na frente do edifício
-prontas para comemorar?
Ele perguntou enquanto as mulheres entravam no carro
-mais do que pronta
Madalena respondeu do banco de trás, sua animação era quase juvenil
-acho que vou voltar para o hotel
Eileen falou colocando o cinto
-a não! Você precisa comemorar com a gente
Anúbis falou ligando o carro e dando partida
-você sabe muito bem que meu forte não é festa
-não precisamos ir em uma balada, podemos ir em um barzinho ou restaurante e depois dar uma volta pelo centro de Lisboa
Anúbis argumentou sem tirar os olhos da rua
-não sei..
-vamos Eileen, temos que comemorar nossa vitória!
Madalena falou, Eileen passou a mão pelo rosto enquanto pensava
-tudo bem! Mas quero estar no hotel até meia noite!
Ela respondeu, fazendo Madalena e Anubis comemorar
-tudo bem Cinderela!
O carro de Anúbis passava pelas ruas iluminadas de Lisboa, por fachadas de azulejos e praças movimentadas, a cidade parecia estar viva respirando uma energia vibrante que contagiava quem estivesse nela, no banco de trás, Madalena não conseguia conter seu entusiasmo.
-Lisboa é tão bonita à noite!
Anúbis falou com olhos brilhando com as luzes da cidade.
-Sim, tem algo de mágico aqui
respondeu Madalena
Eileen, calada,olhava pela janela, apesar de seu cansaço, ela sentia uma certa tranquilidade ao ver as luzes refletirem no Rio Tejo.
Anúbis virou em uma esquina e estacionou o carro em um estacionamento 24h, perto de uma praça movimentada, onde um grupo de músicos tocava uma melodia animada que se misturava ao som de risadas e conversas das pessoas que passavam.
-Vamos começar por aqui, há um ótimo restaurante naquela rua
O homem disse enquanto apontava para uma rua mais a frente.
O trio entrou em um restaurante acolhedor, com mesas de madeira escura e uma decoração rústica e charmosa, a conversa fluía naturalmente, Madalena e Anúbis falavam animadamente sobre o futuro da empresa e a alegria da mulher de ter se vingado de Afonso, Eileen, apesar de participar menos, sentia-se surpreendentemente à vontade, era bom estar cercada por aliados confiáveis depois de tanto tempo.
Após algumas rodadas de vinho, Madalena deu a ideia
-Que tal irmos a um barzinho agora? Ouvi falar de um lugar excelente aqui perto, Tem música ao vivo e ótimos coquetéis!
Eileen hesitou por um momento, mas então Anúbis a encorajou:
-Venha, Eileen, hoje é para comemorar, não sabemos quando teremos outra noite como essa.
Finalmente, ela sorriu e assentiu. Eles deixaram o restaurante e seguiram em direção a um barzinho charmoso, onde uma banda local tocava fado misturado com jazz, a atmosfera era intimista e acolhedora, e logo eles se encontraram sentados em um canto aconchegante, com copos de gin tônica à frente,
Enquanto Madalena e Anúbis dançavam ao som da música, Eileen se afastou por um momento. Ela caminhou pela rua de paralelepípedos, seu olhar vagando pelas vitrines iluminadas, Foi então que uma loja de roupas íntimas chamou sua atenção, As peças delicadas e sofisticadas exibidas na vitrine a atraíram de uma forma inexplicável
Sem perceber Eileen entrou na loja, um pequeno sino na porta anunciando sua chegada. O interior era elegante, com uma iluminação suave que destacava as peças de lingerie de seda, renda e cetim, Enquanto passeava pelos corredores, tocando de leve as roupas macias, seus pensamentos se voltaram para Lyall, Havia algo em sua conexão com ele que era tão diferente de tudo que ela já havia experimentado. Tobias, havia deixado marcas profundas,.Marcas que ela achou que jamais poderiam ser curadas Mas Lyall... Lyall era diferente. Ele havia voltado à sua vida como um sopro de ar fresco, como uma promessa de algo novo e puro, e com paciência após tanto tempo de medo e resistência, de finalmente se deitar com ele, sentira algo que há muito pensou estar perdido: confiança, desejo, e uma sensação de segurança.Ela pegou um conjunto de lingerie preta, a seda deslizando suavemente entre seus dedos. Eileen pensou em como Lyall a fazia sentir: segura, valorizada, desejada. Ela se lembrou da última vez que estiveram juntos, dos toques gentis, dos beijos intensos. Havia algo profundamente restaurador naquela intimidade.
-boa noite, gostaria de alguma ajuda?
Uma atendente apareceu tirando Eileen de seus devaneios
-boa noite
A antiga Prince falou
-vejo que gostou desse conjunto
A moça disse com um sorriso leve no rosto, Eileen não sabia bem o que falar mas apenas confirmou
-gostei
-temos uma igual a essa, vermelha quer dar uma olhada, talvez uma cor mais quente combinasse mais com seu tom de pele...e aposto que seu marido vai adorar
A atendente disse enquanto pegava o conjunto vermelho, de fato ele era lindo, transparente com rendas de flores, ficaria lindo em uma mulher com confiança mas Eileen ainda não estava disposta a tanta mudança
-acho que vou levar a preta mesmo
Eileen falou, ainda incerta de levar o conjunto
-tem certeza? Normalmente as mulheres gostam das lingeries vermelhas...e os homens não reclamam
A atendente falou com um sorriso malandro
-imagino...
Eileen olhou ao redor para tentar disfarçar a vergonha que sentia por estar ali
-mas meu...namorado não vai se importar com a cor
Eileen vacilou por um segundo antes de dizer que Lyall era seu namorado, ainda era estranho, depois de tanto tempo sozinha ter alguem para chamar de seu era...diferente. depoia de muito pensar ela decidiu levar o conjunto preto. Era uma escolha para ela mesma, uma celebração de sua liberdade e de seu renascimento pessoal.
Ela voltou ao bar, com a pequena sacola da loja em mãos, a mulher foi recebida por Anúbis e Madalena com sorrisos curiosos.
-O que você comprou aí, hein?
Anúbis brincou, erguendo uma sobrancelha.
Eileen soltou um sorriso timido
-Apenas algo para mim mesma
respondeu
-pediram alguma coisa?
Ela disse tentando fugir do assunto.
A noite continuou com risos, música e mais algumas rodadas de bebidas. Madalena insistia que eles dançassem juntos, e logo Eileen se viu rindo e girando ao som de uma música alegre, o peso de tantos anos finalmente começando a levantar de seus ombros.
Por um momento, enquanto dançava sob as luzes suaves do barzinho, Eileen se permitiu sentir-se livre, realmente livre, talvez pela primeira vez em muito tempo.
Quando o relógio marcou quase meia-noite, Anúbis e Madalena acompanharam Eileen de volta ao hotel. Enquanto desciam do carro, Anúbis sorriu e disse:
- acho que você merece mais noites como esta.
Ela sorriu mas não respondeu
Eles se despediram, e Eileen subiu para seu quarto, o conjunto de lingerie ainda na sacola. Ao fechar a porta, ela sentiu uma paz que há muito tempo não sentia.E é isso meus amores! Espero que tenham gostado, e quero saber se vcs gostam desses capítulos mais longos, beijinhos e até o próximo capítulo 😘🥰
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The Lady In Black
Randomvocê pode pensar que isso sera mais uma história clichê de uma garota rica que vai virar uma boa pessoa, mas está muito enganado Eileen Prince não merecia ter passado pelo que passou, a jovem sobreviveu a coisas que a fizeram se fechar para o amor...