𝕻𝖆𝖗𝖆 𝕾𝖊𝖒𝖕𝖗𝖊 𝕵𝖚𝖓𝖙𝖔𝖘

Confronto

Os dias foram se passando e o plano estava sendo arquitetado no ministério. Laura estava num apartamento provisório e após saber de tudo ela permitiu de bom grado que sua segurança fosse reforçada, principalmente por ela ter notado a ausência de Snape, o que de fato a deixou perturbada.

Ao longo das semanas, Dotty colocava comida sempre acompanhada de uma bebida na porta da biblioteca e quando ia verificar, restavam somente as louças vazias lá. A elfa ficou extremamente preocupada com o sentimento que tinha todas as vezes em que se aproximava da porta daquele cômodo.

Quando finalmente completou um mês, que correspondia ao prazo que Snape pediu, Kingsley atendeu a um chamado dele e o esperou na biblioteca que antecede ao cômodo secreto. De repente, a parede de livros abriu-se como uma porta comum e um Severus Snape totalmente assombroso surgiu.

— Wow ! Você levou mesmo a sério essa coisa de trevas.

— Eu nunca tenho tempo para futilidades, ministro. Eu estou pronto para acabar com isso.

Severus estava pálido, algumas veias escuras no pescoço e parecia incapaz de sorrir, até mesmo com a alma.

— Colocamos Laura num apartamento alugado, cujo o local tem sido alvo dos Comensais das Trevas ultimamente. Acredito que seja apenas uma questão de tempo.

— Certo. 

༺═────────────═༻

Passaram-se alguns dias e o clima ficava cada vez mais tenso, pessoas desaparecendo, mortes misteriosas e um cenário que parecia o palco de uma outra guerra. Céu nublado, noites mais escuras e figuras encapuzadas circulando por aí.

Laura estava em seu apartamento na companhia de um gatinho cinza que havia aparecido em sua janela, buscando meios de resolver os problemas de sua loja e um tanto frustrada e solitária, até que surpreendeu-se.

Uma névoa estranha apareceu misteriosamente dentro da casa de Laura e quando ela deu por si, estava em um lugar totalmente diferente de onde estava anteriormente. Aflita, começou a observar o lugar atentamente, até que seus olhos alcançaram uma figura estranha que a observava do canto da parede.

— Quem é você e o que quer comigo?

— Como pode uma filha não reconhecer o próprio pai?

— Você nunca foi o meu pai. Não perca seu tempo com bobagens e diga logo o que quer.

— Sabe Laura, gosto da sua bravura. Mesmo sentindo a sua tensão e ouvindo perfeitamente seu coração acelerado, eu diria que está com medo.

— Eu não tenho medo de você.

Então Michael saiu das sombras e começou a se aproximar lentamente dela, revelando sua aparência grotesca e emanando mesmo de longe a negatividade de toda magia negra presente em si. Seus olhos eram negros e a íris esverdeada, sua pele acinzentada, seus dedos compridos e unhas enormes combinavam perfeitamente com a aparência.