⌜ Capítulo 11◌ೃ⌟

58 25 5
                                    

Passar tanto tempo naquela cadeira, enfrentando aqueles olhares de pena e desgosto não foi nada fácil

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Passar tanto tempo naquela cadeira, enfrentando aqueles olhares de pena e desgosto não foi nada fácil.

Eu estava acabada, podia escutar as pessoas me xingando ou simplesmente se afastando.

Esse dia foi simplesmente um inferno na minha vida.

Saindo finalmente daquela faculdade de merda, você deve pensar que fui para casa? Errado.

Nesse momento estou simplesmente bebendo, sentindo o líquido do whisky descer queimando minha garganta, me embriagando aos poucos.

Um estado realmente decadente, seria uma grande ferida para o meu orgulho se alguém me visse ali, naquelas condições.

Mas que orgulho? Até isso foi tirado.

Quem diria que viria para os Estados Unidos estudar e voltaria para a Itália sem absolutamente nenhuma dignidade?

Não foi bem isso que eu planejei quando entrei naquele avião.

Pensei que aqui era um verdadeiro paraíso, um lugar como nós contos de fadas, onde eu finalmente viraria uma mulher bem sucedida.

Errei em todas as minhas expectativas.

Pensei que beber fosse aliviar, ou pelo menos me fazer esquecer, mas pelo contrário, parece que só estou pensando mais e mais.

Pedi mais uma dose, já estou no inferno, por que não abraçar o capeta?

Só saio desse maldito bar de esquina quando estiver completamente bêbada!

As vezes acho que vou ter muitos problemas com álcool no futuro, constando que minha família se resumi em bêbados ou infiéis, não é de seu estranhar que eu tenha puxado pelo menos uma das duas coisas.

Talvez nessa situação não fosse tão ruim assim gostar de beber.

Estava na quinta dose de whisky, o efeito da bebida finalmente começando a fazer efeito.

Quando sinto uma mão gelida em meu ombro, viro levemente dando de cara com a pessoa que havia me deixado nessa situação.

Adam.

- Não beba tanto, Erika! - Suas sobrancelhas franzidas formando pequenas marcas em seus olhos.

Não entendo porque deveria responder, não tenho que dar satisfações a ele.

Eu simplesmente empurro sua mão do meu ombro voltando a beber, ignorando completamente sua presença nada agradável.

- Não me ignore, vamos lá, pare com essa bebedeira. - Ele fala em tom calmo mas autoritário.

- O que você tem haver com isso? Pedi sua opinião ou muito menos sua presença? - Eu bato o copo na mesa antes de me virar para o encarar.

- Tenho muita coisa haver com isso, vou te levar em casa, levante. - Adam se vira esperando que eu o siga.

Eu volto a beber novamente, ignorando completamente seu pedido.

Sinto suas mãos novamente encostando em meu ombro.

— Erika? Venha. – Seu tom autoritário é bastante notável.

Quem esse idiota pensa que é?

Já estou fudida, por que não se fuder mais um pouco? O que é uma briga para quem já está no próprio MMA.

— Ir com você? Com um idiota como você? Não obrigado! – Eu falo franzindo as sobrancelhas.

— O que aconteceu? Fiz alguma coisa que te irritou? Porque até hoje de manhã tudo parecia estar bem – Adam coloca as mãos na cintura respirando profundamente.

  — Você ainda pergunta? Você ainda tem a cara de pau de me perguntar o que aconteceu? Já que parece que está com amnésia, vou refrescar sua pobre memória! Alguém por acaso tirou fotos nossas na praia, e simplesmente saiu colando pela faculdade inteira! Ainda mais com uma carta, que coincidentemente tem  o mesmo tipo de papel e a mesma escrita que as cartas que você mandava! Eu só quero te avisar Adam, se você realmente fez isso saiba que você é um merda! Espero que morra da pior maneira possível, de preferência de uma maneira bem vergonhosa!

Adam fica imóvel, me olhando como de fosse a coisa mais absurda do mundo, mas ao mesmo tempo uma certa culpa em sua voz era evidente.

— Não fiz isso, pare e me escute! – Suas mãos tocam as minhas suavemente, antes de eu simplesmente me soltar dele, saindo de lá rapidamente.

Já que fui expulsa do outro bar, é melhor ir pra casa, melhor do que andar sozinha uma hora dessas, nunca se sabe que tipo de pessoa, mas especificamente que tipo de homem louco e nojento, poderei achar pelo caminho.

Eu só queria ir para casa normalmente, sem barulho, pelo menos uma coisa normal nesse dia dos infernos.

Mas acho que se depender de Adam nem isso eu poderei fazer.

Seu carro buzinando atrás de mim a cada fração de segundos.

Será que jogar uma lata de lixo num capô de um carro seria considerado um crime grave?

Provavelmente não tão grave, mas ainda sim um crime.

Quem se importa? Esse barulho fudido estava começando a fazer minha cabeça doer pra Fanculo!

A primeira coisa que vejo na minha frente é um pedaço de madeira que estava próximo a um poste no meio da calçada.

Um belo objeto quanto sua intenção é machucar alguém fisicamente.

— Já que você é rico pode comprar um carro novo, não é? – Eu falo parando bruscamente e me virando para o encarar.

— Sim, posso comprar outro carro, por qual motivo quer saber?

— Nada demais. – Eu volto a andar, ou melhor, correr.

Sei que só correr não seria tão rápido quanto um carro, afinal não sou o flash, mas se usado da maneira certa serve bastante.

Principalmente quando precisamos entrar em becos minúsculos, onde carros não caberiam.

Adam foi até bastante burro, consegui "fugir" dele por enquanto.

Já sei que ficar em casa não vai funcionar, afinal ele tem as chaves, mas não pode simplesmente me rastrear para um hotel.

Não tenho um montante de dinheiro, mas o suficiente para conseguir uma noite em algum hotel barato por aí.

Daqui a uma semana iria voltar para a Itália de qualquer maneira, já sentia uma enorme vontade de ir mas ainda estava me detendo, mas agora não via mais motivos para ficar aqui e continuar com essa vida de merda.

Daqui a uma semana iria voltar para a Itália de qualquer maneira, já sentia uma enorme vontade de ir mas ainda estava me detendo, mas agora não via mais motivos para ficar aqui e continuar com essa vida de merda

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Obrigada por lerem 👾!

Jornal Das 23hOnde histórias criam vida. Descubra agora