⌜Capítulo 13◌ೃ⌟

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Algumas horas antes

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Algumas horas antes...

Finalmente chegou o grande dia, o dia do meu casamento.

Iria me casar com Gael, conheci ele no trabalho, numa confraternização para ser mais exata.

Nós demos bem dês do início, não posso dizer que o amo, mas ele é exatamente o tipo de cara que eu sonhava em me casar.

E cá estou eu, casando com o homem dos meus sonhos, enquanto penso no homem dos meus pesadelos.

A preparação para o casamento é uma das partes mais chatas.

Um monte de mãos mexendo para lá e para cá, arrumando o vestido, a máquina, o cabelo, e mais qualquer coisa que vissem pela frente.

Era uma sensação esquisita, não sabia ao certo até onde isso ia me levar, Gael era um bom homem, mas não sei até quando vai continuar sendo.

Seu histórico com bebidas e traições de antigos relacionamentos não são um sinal muito bom.

Mas se realmente colocasse o pé naquele altar e dissesse sim, não teria mais volta, seria oficialmente sua esposa até que a morte, ou o divórcio, nós separe.

A pessoa que não deveria estar presente na minha cabeça é justamente quem mais passa pelos meus pensamentos, Adam.

Soube que ele foi solto a uma semana, e não estava com um bom pressentimento quanto a isso, não acho que a cadeia tenha melhorado seu comportamento, provavelmente ele está ainda pior.

Ele foi um desgraçado comigo, mas não posso negar, foi até interessante, tive que me passar por tantas coisas apenas para sair daquela situação, para no final me apegar aquele louco.

Uma boa festa de casamento não pode ter erros, tudo tem que estar perfeito, tudo no seu devido lugar, tudo cronometrado.

Era isso que minha mãe dizia a cada segundo que se passava.

Tanto ela disse que agora passarei a repetir esse "mantra", ou seja lá o que essa frase seja.

Me sentia a própria noiva cadáver indo casar na toca do lobo, mas já haviam colocado espectativas nesse casamento.

Não podia voltar atrás, casar com um homem bem sucedido e bonito era o que todos sonhavam para mim.

Tive que memorizar os votos, treinar incontáveis vezes como iria entrar na igreja, tudo.

Enquanto Gael não se deu ao trabalho nem de escolher o próprio terno.

É impressionante como as tarefas ficam sempre para a noiva, como se o noivo não tivesse capacidade para fazer uma coisa tão simples, como escolher a própria roupa!

Me sentia no fundo do poço, o casamento feliz na verdade parecia estar sendo arruinado, a começar por mim, a noiva.

Me olho no espelho, não parece a mesma pessoa, não mudei muita coisa, mas colocaram uma forte maquiagem, tudo tem que estar perfeito afinal.

Só precisava entrar na igreja ao lado do meu irmão e dar o passo, para o resto da vida.

A típica música de violinos ao fundo, a igreja cheia de convidados de ambas as famílias, minha mãe chorando, o braço do meu irmão enlaçado ao meu, os pais de Gael aplaudindo.

Todos se levantado para a entrada perfeita da noiva.

O que poderia dar errado nisso?

Meu irmão me entrega a Gael, sussurrando alguma coisa em seu ouvido, enquanto voltava para o lado dos padrinhos.

Todos vestidos de ternos e vestidos de gala.

O padre fazendo seu notório discurso

— O que Deus uniu ninguém separa! Se existe alguém contra essa união, que fale agora ou cale-se para sempre!

Nenhuma palavra.

O que já era de se esperar, ninguém dizia nada.

Nem precisavam.

O som do tiroteio chamava mais atenção do que qualquer fala.

"A noiva foi raptada do próprio casamento por um ex detento", já imaginava as manchetes de jornal.

Gael caindo no chão enquanto sangue respingou pelo meu vestido e rosto.

Tudo aconteceu em câmera lenta, tão lenta que todos os detalhes se tornaram nítidos.

  Seu corpo caindo no chão já sem vida, como se fosse um saco de batatas, não muito diferente de quando ele chegava exausto do trabalho e desabava na cama, após levar dois tiros sua vida se esvai para sempre.

Os convidados correndo espantados, torcendo para saíres com vida daquele tiroteio.

Só Gael foi morto, morto a sangue frio, sem direito a menor defesa.

Eu o encarei, aqueles olhos opacos e sem vida, Adam estava ali, na minha frente, matando meu futuro marido na minha frente.

Ainda havia uma saída, uma maneira de fugir novamente, correr dele.

Já havia tido que passar o último ano correndo como uma cachorra, me escondendo em qualquer buraco para fugir dos meus problemas.

O que seria correr um pouco mais? Fugir nem sempre era a solução, mas no meu caso era sim.

O que seria correr um pouco mais? Fugir nem sempre era a solução, mas no meu caso era sim

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Notas da autora:

Lá vem o doido de pedra favorito da autora 🥰🥰

Um querido, nunca errou, e se errou foi querendo errar mesmo.

Erika futura mulher de preso🔐

Obrigada por lerem 👾!

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