⌜Capítulo 6◌ೃ⌟

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Me debater em baixo dele não estava funcionando, pelo contrário, quanto mais meu corpo se mexesse mais o aperto aumentava

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Me debater em baixo dele não estava funcionando, pelo contrário, quanto mais meu corpo se mexesse mais o aperto aumentava.

Mas por outro lado não chegou a me machucar, apenas a me imobilizar, ele parecia não estar realmente apertando com toda a força que tinha.

Simplesmente desisti, desisti de correr e me debater, não adiantava de qualquer maneira, só piorava mais e mais minha situação.

— Por que parou? Pensei que iria se debater por mais tempo, estava até interessante te segurar – Seu sorriso se alarga um pouco mais, contraindo seus olhos levemente.

— Adiantaria alguma coisa? Você ia me deixar em paz se eu me debatesse e gritasse como uma gazela perdida? – Eu pergunto o encarando, olhando para o fundo daqueles olhos acinzentados tentando enxergar um pouco da sua alma.

— Não, não adiantaria de nada, my precious, jamais iria adiantar fugir de mim – Sua expressão seria tomando forma novamente, seus olhos me encarando com igual intensidade.

— Por que tudo isso? Por que você me mandou aquelas cartas? Por que você continua me perseguindo?

— Essas são muitas perguntas, não acha? Mas tudo bem, a resposta é mais simples do que imagina, eu apenas quis, quis escrever aquelas cartas pra você, quis perseguir você até aqui, quis descobrir tudo sobre a sua vida, assim como quero perturbar seu sono todas as noites, assim como quero me tornar inesquecível pra você.

Eu fico calada, apenas o encarando, não sabia dizer se deveria achar aquelas palavras bonitas e carinhosas ou assustadoras, sinceramente eu não sabia o que falar, muito menos sabia o que pensar.

Seus olhos tirando completamente minha atenção, não consigo explicar o motivo, mas alguma coisa no olhar dele me prendeu, talvez a maneira intensa como ele me olhava.

Estava numa baita situação estranha, mas o que estava achando mais estranho não era o fato de ele ter invadido minha casa ou coisa do tipo, mas sim o silêncio constrangedor que se seguiu.

— Não estou apenas curiosa do motivo, mas também de como você conseguiu tudo isso, e até onde você sabe? – Eu tento quebrar o silêncio, pela primeira vez tendo sucesso.

— Tenho minhas fontes, é mais fácil do que você imagina simplesmente hackear seu celular, nada é realmente apagado da internet, e também tive uma ajudinha do meu irmão, então não foi tão difícil assim – Seu sorriso finalmente voltando ao lugar de origem.

— Espere, você clonou meu celular? É isso? E quem é seu irmão e como ele pode ter te ajudado nessa maluquice?

— É, clonei, e pode apostar que de tudo o que eu já fiz pra chegar em você hackear seu celular foi o menor dos meus problemas, meu irmão estuda na mesma universidade que você, mas não vou expor o nome da minha fonte de informações! – Ele fala com uma risada, mas parecia estar falando sério na primeira parte, preferia nem pensar o que ele já havia feito.

Suas fontes? Sério mesmo? – Eu pergunto enquanto arqueio uma sobrancelha, o encarando com divertimento.

— Exato, minhas preciosas fontes de informações sobre sua vida, my precious. – Seu sorriso havia aumentado a cada palavra.

— Esse apelido, minha preciosidade, de onde veio isso? – Eu percebo que ele havia soltado minhas mãos, agora se encontrava encostado na parede com os braços cruzados ao meu lado deixando-o  com uma aura misteriosa.

— É bem simples, porque você me lembra pedras preciosas, rara, imprevisível e preciosa, entende? Pode não parecer uma comparação muito grandiosa pra você, mas pra mim é, você é interessante. – Seu sorriso ainda estava lá, mas seus olhos davam uma espécie de seriedade aquelas palavra, talvez seja por isso que eu acredito fielmente nelas.

— Realmente seus discursos são impressionantes, não é atoa que você é bastante popular, e sim, também procurei algumas coisas sobre você, senhor representante da universidade de robótica.

— Oh! Caramba, por essa eu não esperava, agora você não pode mais me chamar de stalker, ou vou passar isso na sua cara – Ele dá uma risada divertida, claramente impressionado, mas também brincalhão, era impressionante como esse homem conseguia misturar tantas emoções em uma pequena frase.

— Sabe, eu estive me perguntando, onde você tirou essa ideia das cartas? Também tem a parte de como você conseguia entrar aqui tão facilmente?

— Isso é fácil, as cartas, foi pelo simples fato de que sei seu livro favorito, orgulho e preconceito, então resolvi usar a ideia do Mr. Darcy e lhe escrever, achei uma forma bastante romântica de roubar seu coração, e também a maneira mais suave de fazer isso, meu plano número dois era te sequestrar – Ele fala a última parte enquanto ri, mostrando que não passa de uma brincadeira, mas o resto ele fala completamente sério.

É realmente impressionante.

— E como você conseguia entrar aqui?

— Fiz uma cópia das chaves – Ele coloca a mão no bolso tirando um montante de chaves e chacoalhando para lá e para cá.

Mais simples do que eu havia pensado, sinceramente, achei que você fosse um mágico ou coisa do tipo! – Eu dou uma pequena risada.

— O simples as vezes tem suas vantagens, como por exemplo conseguir entrar na casa de alguém e sair sem ser notado – Ele dá de ombros ainda com um sorriso estampado nos lábios.

— Realmente, você é a prova disso – Eu dou um sorriso.

— Claro que sou! Sabe o que percebi? Já sabemos quase tudo um do outro, como por exemplo, eu sei que você tem 22 anos, sei que é italiana, sei que sua família é dona de um restaurante no centro de Roma, fora outras coisas um pouco mais pessoais.

— Faz sentido, mas eu não sei tanto assim sobre você, só sei seu nome e o que você faz da vida, o resto é uma completa novidade!

— O que gostaria de saber então? Responderei com prazer!

— Você gosta de informática e robótica, isso é meio que um fato, mas fiquei curiosa, por que logo esse curso?

— Sempre senti uma vocação pra isso, é uma coisa que me faz feliz e que me ajudou pra caramba, principalmente jogos eletrônicos! Tipo aquelas máquinas antigas!

— Você já viu uma daquelas?

— Eu coleciono máquinas de video game antigas, dês de pequeno sou fissurado por elas!

— Que maneiro! Elas são bastante raras, principalmente as mais antigas, como você conseguiu ter uma coleção delas?
 
— Não existe nada que um pouco de dinheiro não compre, My precious.

— Não vai me dizer que você é um rico esnobe? Tipo, um completo mauricinho?

— Bem, digamos que sou da classe alta, mas não sou nenhum esnobe, eu acho.

— Bem, digamos que sou da classe alta, mas não sou nenhum esnobe, eu acho

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