Capítulo 2 - Interesse despertado

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Isabelly

Deitada na cama, eu mexia no celular. Hoje acordei meio mole, mas eu teria que ir para a escola, o que me deixou um pouco disposta naquela manhã. Eu me levantei da cama e me espreguicei, indo para o banheiro tomar banho.

Depois do banho, vesti uma calça colada da cor preta e uma blusa larga, eu ainda não tinha a farda do colégio. Fui para a sala, pegando minha mochila que estava jogada pelo o sofá, também pegando minha garrafa de água na geladeira. Sai do meu prédio, e seguia para a escola.

Quando a aula de história acabou, eu fui para o balé, e chegando na sala as garotas não estavam. Enquanto isso, eu escutava música fone de ouvido, ao mesmo tempo eu ficava me alongando na barra de ferro de frente a um espelho que cobria a parede.

Até que... Eu escuto passos vindo do outro lado da sala, já imaginando que seria minha professora, Lúcia. Mas para minha surpresa, quando eu olho para porta, vejo a garota de cabelos ondulados que eu acabei me esbarrando com ela, entrava na sala e colocava sua mochila no chão e bocejando, sem nem perceber que eu estava ali.

Meu coração acelerou. Tentei me acalmar, mas algo me dizia que a qualquer momento iríamos nos comunicar. E então, tomei coragem e respirei fundo, tirando meu fone do ouvido e o guardando no bolso de forma rápida.

Foi em questão de segundos ela ter me percebido. Mantenho a calma, escondo minha vergonha, e falo com ela.
- Olá Ju!

Acenei, porém, ela não falava nada. A garota parecia estar em pânico, seus olhos lacrimejavam, e ela olhava para o chão. Me sinto envergonhada, mas não custa nada eu perguntar a ela se estava bem.

- Hum... Tá tudo bem? - digo constrangida e sentido o coração bater mais forte.

Ela me olhou assustada, se afastava mais de mim, o que achei estranho. Não quis ir adiante, e fiquei no meu canto esperando ela me responder.

- Sim, eu estou. - respondeu com uma tonalidade grosseira, dando um sorriso forçado.

Algo estava errado, por algum motivo, isso fez eu ter preocupação, eu só conseguia pensar em seus cabelos e observar seus lábios... Não! Estou errada, eu deveria dar pelo menos um abraço nela, porque ela não está bem.

- Ah sim... Entendi. - hesitei.

Fiquei muito envergonhada ao ponto de não mover um dedo do pé. O silêncio novamente dominou a sala... Não falamos nada, ela se virou de costas para mim, naquele momento, me sinto culpada por ter falado com ela, ela parecia inocente e ansiosa e em seu rosto, isso estava nítido. Me sento no chão, e olho para ela com brilho nos olhos.

- Por que tá se importando comigo sendo que você me conheceu ontem? - contraiu os lábios.

- Se sente incomodada, querida? - falei educadamente.

Depois que digo, percebo que ela paralisou. E mais uma vez tive sensação de culpa, é normal eu falar dessa forma, por causa dos meus pais que me ensinaram a falar com educação.

- Desculpa, acho que você não está acostumada a falar assim com você, né?
- Não, não tem problema. - disse rapidamente.

Ela forçou um sorriso. Provavelmente estava com vergonha, então parei, ela não parecia nada confortável perto de mim, o que também me deixava desconfortável. Juliana deu um leve passo até a porta da sala, e antes de abrir, se virou para mim.

- Bem, eu vou ao banheiro, e a professora vai chegar com as outras garotas, quero que avise que não vou voltar tão cedo. - se virou para frente novamente.
- Ok, eu aviso. Tchau. - acenei vendo ela sair.

O amor de uma florOnde histórias criam vida. Descubra agora