O amor de uma flor

Capítulo 6 - Por sorte eu tenho você na minha vida

Isabelly

Ju até que passou uns bons dias na minha casa, mas hoje era o dia dela ir embora. Segunda-feira, uma manhã preguiçosa, onde pensamos "não quero ir à escola". Bem, eu tive que acordar Juliana, ela estava em um sono tão profundo que seus roncos viraram um trator.

- Ju, acorda! Já são 5:30 am.

Balancei seu ombro várias vezes, mas mesmo assim, ela ainda estava dormindo feito pedra. Só havia uma opção para aquela situação... Vou gritar.

- Juliana! Eu já te disse... Acorde!!

Digo em um tom muito alto, dessa vez, ela tomou um susto e vejo que seu corpo pulou.

- Minha nossa... Precisava?! E ainda são 5:30?

- Esqueceu que hoje temos aula? - ergui a sobrancelha, e vejo ela bufar.

- Eu estou sem meu uniforme, sem meu collant, sem a minha meia-ponta, sem nada! Só estou com uma roupa que eu usei ontem, e estou vestida com o seu pijama... - ela apontou para o pijama.

Suspirei, tentando pensar em algo.

- Tá... Eu tinha esquecido disso - murmurei. - Então eu te empresto.

Ela coçou os olhos.

- Emprestar o que?

- Ué, o uniforme.

Fui até ao meu guarda-roupa, abrindo e pegando meu uniforme reserva.

- Tenho dois uniformes - pisquei o olho esquerdo, orgulhosa. - Aqui, vista ele e seja feliz - digo, entregando o uniforme.

- Por que diabos você tem dois uniformes? - ela perguntou confusa, se levantando da cama com o uniforme na mão.

- Nunca se sabe. - Balancei os ombros e Ju sorriu, parece que estava se despertando aos poucos.

- Você é engraçada, vou ao banheiro tomar um banho e me arrumar.

- Ok, só não esqueça de enxugar o chão, é muito perigoso deixar molhado.

Ela apenas balançou a cabeça, indo. Suspirei aliviada, mas ao ver a hora não hesitei, e corri para me arrumar.

...

Me olhando mais uma vez no espelho da penteadeira, dei um leve sorriso e peguei minha mochila que estava em cima da cama. Colocando-a nas costas, saio do quarto e vou à sala, vendo Ju sentada no sofá, ela parecia meio nervosa.

- Ju? O que foi? Por que está tão nervosa? - Cocei a cabeça, preocupada.

- A minha mochila... Como vou para a escola sem a minha mochila?

Droga, eu não tinha pensado nisso.

- Bem... Ainda são 6:20, quer ir lá na sua casa buscar? - pensei nessa possibilidade, talvez o irmão dela ainda não tenha ido ao trabalho.

- Não sei, vá que minha mãe me veja. É melhor eu ficar aqui quietinha te esperando chegar da escola - resmungou, escondendo o rosto na palma das mãos.

Suspirei, não quero que ela perca a aula.

- Nada disso! Ela não vai te ver, vem, vamos lá buscar - estendi a mão.

Ela tirou as mãos do rosto e me olhou com uma expressão dramática.

- Hm, só vou pois você tá insistindo - ela segurou a minha mão com firmeza e se levantou do sofá.

Dei um sorriso orgulhoso. Bem, saímos do prédio, correndo em direção a casa dela.

- Vem! Corre mais rápido! - digo segurando firmemente a sua mão.