Em meio a problemas existentes na máfia, Francisco Bianchi, irmão do Capo, tem a sua atenção voltada a filha de um inimigo que está sendo maltratada. Ao vê-la pela primeira vez, o mesmo sentiu-se curioso e logo uma sensação de proteção surgiu. Chiar...
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A aliança dourada brilha em meu dedo, refletindo agora meu novo status: Sou oficialmente um homem casado. Ironia, se for pensar em meses atrás, no qual um compromisso era algo que estava longe dos meus pensamentos e até mesmo do meu desejo.
Entretanto, algo em mim mudou no momento em que soube da situação da minha agora, esposa, Chiara. Nome esse que é absurdamente delicioso expressar, o que não difere da sua aparência, já que a mesma é belíssima. Acontece que, eu me senti tocado, por alguma razão pela qual meu cérebro ainda não foi capaz de formular uma resposta, mas quando percebi a sua situação, quando a mesma me contou o que acontecia, quando eu vi manchas arroxeadas em seu corpo... eu não pude evitar em querer estar perto. Em protegê-la.
Mulheres nunca passaram de momento casual para mim, nunca construí um relacionamento e nem ao menos pensava nessa possibilidade até então. Só que nesse momento, tudo ficou diferente, eu e Chiara temos um acordo pôr trás do casamento, que somos amigos, mas para toda a sociedade somos marido e mulher. E quando se envolve a máfia no meio disso, é definitivo. É uma união.
Prometi minha amizade e vou cumprir com isso, ela esteve em meu quarto minutos atrás, pedindo para que a ajudasse a desabotoar o vestido. Sempre fui um homem considerado sensato e equilibrado, mas dessa vez, depois de muito tempo, eu quis realmente perder todo o meu controle e retirar de uma vez por todo aquele vestido que me impedia de vislumbrar o corpo bronzeado. Eu já a vi de lingerie, na vez que nos conhecemos, e aquela cena não saiu da minha mente. O seu corpo é... perfeito! E isso é uma tortura para a minha mente, preciso controlar os meus ímpetos, ela decidiu confiar em mim e não posso ser capaz de magoá-la com as emoções que meu corpo parecem querer desfrutar.
Mas nós somos amigos. Ela é apenas a minha amiga.
— A quem quer enganar, Francisco? -Pergunto ao meu reflexo. — Está louco para levá-la para a cama. -Suspiro. Essa porra parece se repetir em minha mente, mas não vai acontecer. Prometi proteção e amizade, não vou estragar com tudo sendo um descontrolado.
Deixo a água gelada cair no meu corpo no momento em que entro dentro do box do banheiro, evito demorar para não acabar perdendo o controle e fazendo o que não deveria. Se eu me tocar pensando nela, isso será infernal depois. E eu não vou começar algo que não posso continuar. O banho termina, visto apenas uma calça de moletom e volto para o quarto. Olho para a sua porta, está fechada, vejo a luz acesa por baixo da porta e sei que ela ainda continua acordada, talvez assim como para mim, para ela também seja difícil.
— Não, seu imbecil! Para ela é bem pior. -Falo baixo para mim mesmo. — Ótimo, agora dei para falar sozinho. -Suspiro, minha mente está agitada, existem sensações estranhas no meu corpo, uma confusão nunca antes sentida. Se para mim que fui treinado por longos anos para enfrentar qualquer problema que surgisse fiquei dessa maneira, posso imaginar como ela está do outro lado.
Acendo um charuto cubano, vou para a janela e encaro a escuridão do lado de fora. Sopro a fumaça e tento fazer meu corpo relaxar por algum momento, não deve ser tão difícil assim estar casado. Eu conseguirei lidar com isso da melhor forma possível.
