A Aliança. - Francisco & Chiara - Spin Off.

Capítulo 12.

Francisco Bianchi

A mulher conseguiu tirar toda a minha racionalidade com os rebolados, com aquela dança que demonstrou ainda mais o quão gostosa ela é.

Não precisei sequer encostar no meu pau, ela não precisou encostar, para eu sentir que estava me derramando naquele momento. Ver e escutar Chiara gozando, os olhos revirando, o corpo se contorcendo, o gemido gostoso, foi o suficiente para me fazer derramar meu prazer. Isso nunca antes tinha acontecido, mas foram dias e mais dias desejando essa pequena criatura, e ainda assim, eu não pude dar a ela tudo. Não por não querer, mas porque ela não está pronta. Não ainda.

Meu nível de controle se foi, mas em um lampejo de racionalidade, eu lembrei que Chiara nunca teve isso. Ela é virgem, e não merece que esse momento aconteça no chão de uma sala de dança. Por mais que meu corpo suplicasse por ela, não seria assim.

— Certo, você merece uma explicação minha. -Digo depois de sua pergunta. — Vamos conversar sobre tudo, então.

  Me ajusto sentando ao seu lado e passo alguns segundos refletindo sobre como eu poderei falar sobre isso.

— Eu prometi a você que a protegeria. -Começo a falar e engulo seco, ela confirma com a cabeça. — Desde que decidi que me casaria com você coloquei em minha cabeça que não aconteceria nada entre nós. -Falo olhando em seus olhos. — Não porque eu não te achava atraente, não tem nada a ver com isso. -Explico. — Mas porque nunca tinha estado em uma situação em que a racionalidade me fugisse, e casar, principalmente com você, era perigoso para as minhas emoções. Não gostaria de te decepcionar, prometi que te deixaria feliz e segura, então... tive receio que qualquer ação minha pudesse te deixar infeliz.

— Francisco, desde quando cheguei nessa casa, a última coisa que estive foi infeliz. A maneira como você me trata... como todos dessa casa me respeitam... Eu tenho voz aqui, eu tenho uma opinião.

— Óbvio que sim, é a dona dessa casa. -Respondo. — Todos precisam respeitar você, mataria qualquer um que ousasse ao menos não corresponder ao seu pedido.

— Não é para tanto. -Ela diz com um leve sorriso. — Mas eu entendo que precisávamos manter uma mentira para as pessoas que trabalhavam aqui. -Ela abaixa o olhar. — Para que ninguém achasse que era mentira.

— Em todos os momentos em que eu beijava você, que tocava em seu corpo, eu dizia que era porque estavam nos olhando. Eu tentei me convencer disso também.

— Tentou se convencer? -Ela pergunta sem entender.

— Eu nunca te beijei porque precisava mostrar a algum funcionário que o nosso casamento era real, eu apenas... dizia isso para você. -Vejo o seu semblante de dúvida, ela parece surpresa com o que eu disse.

— Por quê? Por que dizia para mim essas coisas?

— Era mais fácil dizer tudo isso do que ter que explicar que eu estava absolutamente fascinado por você, que eu queria em todo o momento te beijar, tocar seu corpo, sentir seu cheiro. -Falo olhando em seus olhos. — Que eu dormia e acordava pensando em qual desculpa eu usaria no dia seguinte para poder te beijar.

— Fran... -Sei que minhas palavras a deixaram surpresa, é uma surpresa para mim também expressar toda a verdade. Mas algo dentro de mim girou.

— Te ver dançando naquela sala daquela maneira... Chiara, eu não aguentei não ir até você, não aguentei fingir que não vi, que aquilo não bagunçou toda a minha racionalidade e me deixou completamente louco por você. -A respiração dela está alterada e consigo ver o subir e descer dos seios.