A Aliança. - Francisco & Chiara - Spin Off.

Capítulo 07.

Chiara Bianchi

  Sinto que cada dia as coisas estão fluindo ainda melhor, apesar do meu coração sempre acelerar quando está na presença dele - o que eu não entendo - ainda assim, nossas conversas são sempre divertidas. Francisco me beija sempre na frente dos outros, em alguns momentos minha mente quer criar fantasias por causa disso, mas tento sempre voltar a realidade, lembrar que isso é apenas por causa do nosso acordo.

  Não sei se depois de um ano de casamento os beijos ainda continuarão, talvez ele não queira, apenas faça isso agora isso para que ninguém desconfie. Mesmo sendo contra a sua vontade.

Ele não imagina que cada beijo traz sensações alucinantes em mim, me sinto queimar, é algo novo, bom, a sensação é ótima e parece que eu sempre estou querendo mais.

São três semanas nessa nova vida, não preciso mais dormir com medo, não preciso mais ficar calada quando minha vontade é expressar minhas opiniões. Eu tenho voz nessa casa, as pessoas me veem, me respeitam. Nossos funcionários são ótimos comigo, criei uma ótima relação com as mulheres que trabalham aqui, elas são gentis, amigáveis.

Passo mais um dia dançando, meus dias são calmos. Pela manhã tomo o café junto ao Francisco antes dele ir ao trabalho, depois quando ele sai, aproveito para conversar um pouco com as mulheres, gosto de ter mais contato com as pessoas. Depois do almoço subo para o meu quarto de danças, treino por algumas horas até vinte minutos antes dele chegar, que é quando me organizo e fico a sua espera.

Francisco sempre chega com um sorriso no rosto, e de vez em quando, me vem com um presente. Lembro do primeiro que trouxe, um buquê de tulipas rosas, vi a ansiedade no seu rosto para descobrir se eu gostei ou não da sua gentileza. E é óbvio que a resposta é sim.

Senti vontade de chorar aquele dia, ele me surpreendeu, foi mais uma vez gentil, e meu coração me desobedece acelerando sempre em sua presença. Agora estou novamente a sua espera, após tomar banho fico na varanda sentindo o frescor. Vejo o momento quando seu carro entra pelos portões, Francisco estaciona o carro em frente a escadaria da casa e desce do veículo já caminhando para dentro.

Segundos depois escuto seus passos e meu coração desobediente acelera, viro em direção a porta e encontro os seus olhos e o sorriso que já se encontra em seu rosto.

— Olá. -Cumprimento sorrindo, seu olhar desce pelo meu corpo parando novamente em meu rosto.

— Oi, principessa. -Ele diz e se aproxima. — Está bem? Passou o dia bem? Como foi seu dia?

Francisco sempre parece ter ansiedade de saber como eu tenho estado, mesmo que durante o dia eu receba suas mensagens me perguntando isso. Ele é atencioso, de uma forma que eu achava que nunca poderia existir.

— Tudo bem por aqui, apenas... uma leve dor. -Sorrio. — E com você? Como foi o trabalho?

— Cansativo. -Ele admite. — Quis vir logo para casa. -Ele se aproxima, uma das suas mãos vai para seu cabelo e ele passa os dedos pelo fio. Percebo que isso é uma mania sua.

— Agora está aqui. -Engulo seco, o seu olhar é impactante demais. — Pode descansar.

— Onde está com dor? -Ele pergunta.

— Nos ombros, mas isso é por causa dos treinos, logo estarei melhor. -Explico, já estou acostumada a dor física da dança, ele concorda com a cabeça e se aproxima.

— Vamos ver se conseguimos aliviar um pouco essa dor. -Francisco me vira com delicadeza e estranho, suas mãos sobem por minhas costas e ele chega aos meus ombros. Seus dedos apertam a minha carne e meu corpo inteiro responde com uma eletricidade.
— Está mesmo tensa. -Ele sussurra, aperto meus dedos na barra da varanda. Meus olhos se fecham pela sensação boa que é ter seus dedos massageando meus ombros.