Francisco BianchiOs momentos com Chiara estão cada vez mais descontraídos, aos poucos estamos fortalecendo a nossa amizade e sinto-a mais leve, a conversa flui melhor. É isso que eu quero proporcionar a ela, coisas leves e tranquilas.
Hoje é o dia que volto ao trabalho, então me despeço dela assim que terminamos o café. Beijo seus lábios no meio da sala, apenas um tocar de lábios como forma de despedida já que mais pessoas estavam naquele ambiente.
— No jantar estarei de volta. -Ela concorda e viro as costas indo até meu carro. Conduzo o veículo até a sede da máfia italiana me preparando psicologicamente para todas as piadas que vão vir a seguir.
— Olha quem chegou! -Escuto a voz do Lucca animada e já reviro meus olhos. — A coleira está apertando muito, Fran?
— Talvez esteja, Lucca. Olha a cara de mal humor dele. -Mário, meu irmão, brinca. — Achei que a lua de mel te deixaria mais feliz, irmão.
— Sabe o que vai me deixar feliz? -Pergunto e eles negam. — Se os dois paspalhos pararem com essa palhaçada. -Bufo e saio da frente dos dois, escuto as risadas. Vou para minha sala e logo escuto passos atrás dos meus.
— Agora falando sério, você está bem? -Mário pergunta e me viro o olhando. — Aconteceu alguma coisa? -Não sei em qual sentido ele me pergunta isso.
— Nada, não aconteceu nada. -Digo e ele me investiga, Mário sempre foi bom em analisar pessoas. — Estamos bem.
— Você não costuma ter mal humor, então tem algo te afetando. -Ele constata. — Ainda com aquela ideia de serem apenas amigos?
— Sim e vai permanecer dessa forma. -Respondo. — Chiara está feliz, você não imagina a forma como está leve e tranquila. -Abro um sorriso lembrando dela e isso não passa despercebido por ele. — Gosto de poder proporcionar isso a ela.
— Acha que ela negaria se quisesse algo a mais? -Ele pergunta. — Francisco, sejamos sinceros, vocês são jovens, estão casados, o que de fato impediria que realmente se envolvessem?
— Se tudo der errado acha mesmo que ela vai querer continuar junto a mim? Eu posso complicar toda a situação, Mário. Nunca antes estive em um relacionamento, eu sempre vivi sozinho, fazendo besteiras atrás de besteiras.
— Eu também nunca tinha tido um envolvimento antes e olha só como estou com a Isabella. -Ele diz. — Isso é uma escolha, Francisco. Eu escolhi a Bella para estar na minha vida, aliás, nem acho que só escolhi, eu precisei dela na minha vida. Essas coisas podem acontecer com você, ignorar o que está acontecendo não vai ajudar.
— Eu não vou mudar a minha opinião, Mário. Eu prometi amizade, segurança, não um romance. -Bufo irritado. — Ela merece ter o que eu prometi.
— O que eu acho é que ela não negaria um romance se você estivesse disposto a tentar. -Ele me diz sua opinião.
— Isso não está em negociação. -Digo simplesmente e faço menção em mudar de assunto. Entramos no tópico sobre a máfia e mergulho de cabeça nisso. No meio do dia eu pego meu celular, não tem nenhuma mensagem dela e decido dar esse primeiro passo. Mando uma mensagem perguntando como ela está, digo para minha mente que é apenas para saber se está se adaptando sozinha, nada mais que isso.
Ela demora a responder e sinto vontade de ligar, controlo meus dedos por alguns minutos e quando ia desistir de me controlar, vejo a sua resposta dizendo que está bem e que estava dançando. Ela também me pergunta como estava e respondo que irei para casa em breve.
Volto ao trabalho minutos depois, no final do dia me sinto ansioso para voltar para casa, saber como ela passou o dia, se está bem, se está gostando, se algo está a afetando. Não percebi que estava tão ansioso e curioso até pôr o pé em casa, entro e a sala está vazia, subo as escadas devagar e do corredor eu escuto uma música suave tocando.
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A Aliança. - Francisco & Chiara - Spin Off.
Roman d'amourEm meio a problemas existentes na máfia, Francisco Bianchi, irmão do Capo, tem a sua atenção voltada a filha de um inimigo que está sendo maltratada. Ao vê-la pela primeira vez, o mesmo sentiu-se curioso e logo uma sensação de proteção surgiu. Chiar...