Missão - Parte 1

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𝕹𝖔 𝖈𝖆𝖕𝖎𝖙𝖚𝖑𝖔 𝖆𝖓𝖙𝖊𝖗𝖎𝖔𝖗

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𝕹𝖔 𝖈𝖆𝖕𝖎𝖙𝖚𝖑𝖔 𝖆𝖓𝖙𝖊𝖗𝖎𝖔𝖗...

Sem perceber, os lábios de Inori se curvaram para cima. Rengoku parou de rir e, sorrindo, disse:

- Você finalmente sorriu.

Inori levou as mãos até a boca e Rengoku riu.

- Fico feliz.

𝕹𝖔 𝖈𝖆𝖕𝖎𝖙𝖚𝖑𝖔 𝖆𝖙𝖚𝖆𝖑...

Inori estava sentada na varanda da Mansão Borboleta quando o corvo voou até ela.

- Caw! Fubuki Inori! Caw! Tomioka Giyuu! Ambos devem ir a Tokyo investigar o desaparecimento de exterminadores! Caw! Fubuki Inori! Tomioka Giyuu! Caw!

Inori pegou um petisco de um prato ao lado e deu ao corvo. Ele bicou gentilmente os dedos dela em agradecimento e comeu o petisco com alegria. Inori acariciou as penas do corvo mensageiro e começou a pensar.

Tomioka Giyuu... Ela costumava conversar bastante com ele antigamente. Não eram amigos, mas eram bons colegas. E pensar que ela faria uma missão com ele.

Inori se levantou, sacudiu a poeira da roupa, e andou até a saída do terreno da mansão. Shinobu, que estava observando Tanjiro, Zenitsu e Inosuke treinarem, tirou os olhos deles e andou até ela.

- Já vai, Fubuki-san? Nós mal conversamos! - disse Shinobu, sorrindo.

Inori parou de andar e se virou para ela.

- Vim apenas pedir desculpas pelo meu comportamento anterior. Não há necessidade de ficar por mais tempo aqui.

Shinobu sorriu e disse:

- Que fria! Você é bem parecida com o Tomioka-san! Talvez acabem virando amigos?

Inori apenas a ignorou e saiu pelo portão. Shinobu continuou a seguindo e tagarelando.

- Sabe, Fubuki-san, se você fosse mais simpática, poderia fazer alguns amigos! Só o Rengoku-san realmente é o suficiente para você? Se bem que eu ouvi que vocês não estão mais conversando. Não é solitário? Se quiser ajuda para...

Inori apressou o passo e rapidamente a deixou para trás. Depois de algum tempo, ela encontrou Giyuu a esperando no meio da estrada de terra. Ele lançou um olhar frio na direção dela e Inori o cumprimentou com a cabeça. Os dois começaram a caminhar em silêncio.

- ... Oyakata-sama deu alguma informação útil para a missão? - Inori perguntou depois de algum tempo.

Tomioka ficou em silêncio por alguns instantes antes de dizer:

- Ele apenas disse que os exterminadores estavam desaparecendo, e que suspeitava da presença de um dos Doze Kizuki.

Inori assentiu com a cabeça e eles continuaram andando. Quando a noite caiu, eles pararam para descansar, mas não se atreveram a fazer uma fogueira para não chamar atenção indesejada. Assim que o dia raiou, eles já estavam de volta à estrada, ainda sem trocar uma palavra sequer.

Naquele ritmo, chegariam a Tokyo em três dias. Seria mais fácil pegar carona em alguma carroça, mas Inori não queria chamar atenção para si. Então, os dois continuaram caminhando.

Depois de caminhar por horas pela estrada de terra que percorria os campos salpicados de pedregulhos, eles haviam escolhido entrar na floresta e acampar em uma clareira rodeada por pedras. Os pés de Inori imploravam por um descanso, então ela se sentou no chão enquanto Giyuu armava uma barraca improvisada e aproveitou para dar uma olhada ao redor.

A floresta era densa — se estendia pelo meio e por cima das montanhas, as árvores passando de estreitas a altas e imponentes —, cheia de arbustos e pedregulhos espalhados e cobertos de musgo. Mesmo na crescente escuridão, a floresta parecia respirar. O ar morno murmurava, deixando um gosto metálico na língua de Inori.

Giyuu terminou de montar o acampamento. De novo, eles optaram por não acender uma fogueira. Inori tirou uma maçã da bolsa que carregava e a jogou para Giyuu. O homem agradeceu com um gesto com a cabeça e Inori tirou outra maçã e deu uma grande mordida. Giyuu se sentou contra uma árvore e esticou as pernas, cruzando-as na altura dos tornozelos.

O emaranhado de madeira, musgo e pedras pairava, cheio do farfalhar de folhas pesadas, do gorgolejar do córrego inchado, do bater de asas penadas. Depois de comerem as maçãs, Giyuu foi dormir e Inori ficou com o primeiro turno da vigília. Nada se aproximou deles durante as horas que se passaram. Assim que seu turno acabou, ela acordou Giyuu e foi dormir, mesmo que ficasse se virando a cada poucos minutos por conta de alguma raiz ou pedrinha enterrada em suas costas.

Quando a luz ficou cinzenta e a névoa pairou sobre as árvores, Inori se sentia mais exausta que na noite anterior. Depois de um café da manhã silencioso — maçãs de novo —, ela estava quase cochilando de pé conforme os dois retomaram a caminhada, subindo pela estrada na floresta ao sopé da colina. Passaram por algumas pessoas — a maioria era de homens que levavam carruagens para algum mercado. Todos olhavam para eles e davam passagem, como se temessem algo.

Inori pensou por algum tempo em conversar com Giyuu para se livrar daquele silêncio, mas logo descartou aquela ideia. Conversar significava construir algum tipo de... relacionamento. E a mulher tinha amigos o suficiente. E o suficiente deles também já havia morrido. Então Inori manteve a boca fechada durante outro dia inteiro conforme andavam pelo bosque, subindo as montanhas. A floresta foi desaparecendo; quanto mais andavam, mais se aproximavam da civilização.

Após outra noite fria e insuportável acampada longe da estrada, os dois
voltaram a andar antes do alvorecer. A essa altura, não havia nem um rastro de vegetação alta, e as luzes da cidade ficavam mais visíveis conforme eles se aproximavam e a noite caía. Eles chegaram a Tokyo assim que a noite caiu, e Giyuu então disse:

- Vamos nos separar e investigar os locais onde os exterminadores foram vistos por último. Nos encontramos aqui novamente ao amanhecer.

Ele se virou e saiu andando. Inori seguiu seu exemplo e começou a andar, deixando que a multidão a guiasse e a levasse para longe.

 Inori seguiu seu exemplo e começou a andar, deixando que a multidão a guiasse e a levasse para longe

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[Publicado em: 14 de março de 2024]

Palavras: 986

𝑊𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟 𝑆𝑜𝑛𝑔 - Kimetsu no YaibaOnde histórias criam vida. Descubra agora