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Los Angeles

Meu corpo continua jogado na cama mesmo depois de eu ter desligado o notebook algumas horas atrás

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Meu corpo continua jogado na cama mesmo depois de eu ter desligado o notebook algumas horas atrás. Nunca na minha vida um orgasmo me deixou assim, na lona. Para falar a verdade nenhuma mulher mexeu tanto comigo igual Ana. Eu não sei o que é ou o que ela tem, é certo que é linda e absurdamente gostosa. Mas minha esposa também não era? Não, não era. Impossível comparar as duas.

Ana tem uma beleza diferente, quente, selvagem, uma beleza estonteante eu diria. Já Sophia tem uma beleza mais...fria, quase artificial. Somente agora eu me dava conta disso. Como sempre, fui um homem decidido e seguro com todas as minhas palavras, eu digo: eu preciso de Ana Flávia. Era louco, insano, pervertido? Lógico que era.
Mas e daí? Eu jamais saí da linha um segundo da minha vida. E se aconteceu agora, justo quando a família começa a aumentar, é porque algum sentido tem.

Claro, isso não justifica nada e la no fundo ainda me sinto um porco traidor. Perguntar o que eu faria daqui para frente seria inútil. Eu não saberia dizer. A única coisa que conseguia pensar é que teria que ir a Londres pegar aquela mulher pra mim. Sophia era assunto para depois. Não deveria ser, mas não vejo outro jeito, mesmo porque eu me sinto perdido. Há quanto tempo eu não me sentia relaxado ao chegar em casa? Essas horas com Ana me faziam tão bem que era quase como se mãos massageassem meus músculos cansados.

Meu dia foi maçante, cansativo. Circulei por quase todas as minhas lanchonetes e ainda no final do dia tive que receber minha assessora de Londres. Se eu soubesse mais alguma coisa sobre Ana talvez tivesse até perguntado. Mas era melhor não. Não poderia dar chance para que Hanna se insinuasse para mim mais uma vez. Meu Deus... que mulher pedante.

Mas Ana sim, essa sim eu queria de todas as formas e na cama comigo. Jesus... só de pensar o que eu faria quando estivesse frente a frente com essa mulher me tirava o fôlego. Hanna falou, falou... até que por fim peguei os documentos que as gerentes das minhas lojas enviaram. Analisaria tudo sozinho e sem precisar ouvir essa voz de taquara rachada o tempo todo na minha cabeça.

Eu nem imaginava o que viria. Quer dizer... às vezes sou meio lerdo e não percebo. Estava muito claro. Hanna usando aquela roupa colada e curta demais, cruzando e descruzando as pernas... sinal de cantada no ar. E foi dito e feito. Todos os gerentes das lanchonetes de Londres já tinham ido embora. Ficamos apenas nós dois.

                 Flashback on:

-Então, Gu... por que não jantamos juntos? Queria convidar todos, mas eles pareciam apressadinhos.

-Não, Hanna. Eles me conhecem muito bem para saberem quando sair. Na verdade o apressadinho sou eu.

-Ah... tem algum programa?

-Sim. Ir para casa e cama.

Ela descruzou novamente as pernas querendo a todo custo mostrar a calcinha ou a ausência dela pra mim.

𝐋𝐔𝐗𝐔́𝐑𝐈𝐀 - 𝗆𝗂𝗈𝗍𝖾𝗅𝖺Onde histórias criam vida. Descubra agora