Boa leitura!
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Para mim, a manhã já tinha começado boa. Era um dia lindo, agradável e brilhante que se mostrava a fora da minha janela. O dormitório da faculdade era um lugar aconchegante de certa maneira — por mais que tenha sido muito burocrático conseguir uma vaga neste alojamento.
Respiro a brisa daquela manhã e sorrio para o dia. Viro meu corpo para ir na direção do pequeno compartimento onde guardava as minhas roupas, procurando algo que fosse se adequar ao primeiro dia de aula naquela semana.
Procurava dentre as diversas peças que estavam fincadas nos cabides até que encontro um dos vestidos que eu mais adorava. Peguei o mesmo e retirei do cabide, colocando sob a minha cama completamente desarrumada.
E em seguida, fui procurando cada acessório que poderia compor de modo singelo a forma como eu queria me apresentar hoje. Após finalizar todos os procedimentos para isso, peguei a minha bolsa carteiro bege que possuía alguns bottoms de bandas que eu geralmente escutava com frequência — mesmo tendo algumas músicas das quais eu não gostava tanto.
Olhei de relance para o meu quarto.
Hoje seria um bom dia.
(...)
— Bom dia! — sorria para a senhora que estava na cantina. Naquela hora, a cantina estava aberta para atender aos alunos que moravam nos dormitórios da faculdade. Peguei a minha bandeja colocando poucas coisas sob a mesma, já que eu não queria me distrair indo ao banheiro com frequência. Peguei um pouco de Kimchi, arroz e carne de porco. Peguei uma caixa de leite de morango e sai da fila, observando o mar de pessoas em pequenas e grandes mesas espalhadas pela cantina. O burburinho cotidiano.
Isso me animava.
Passei os olhos por algumas mesas, precisava fazer alguma amizade. Faziam-se dois meses que estava me adaptando no dormitório, desde daquele dia... Balancei a cabeça, espantando aqueles pensamentos que poderiam triar o humor que conquistei com tanta dificuldade durante esses tempos. Ajeitei a postura e me dirigi para uma mesa onde tinha um garoto... bom, seria mais um homem, apesar dele aparentar ser mais jovem assim que chego perto da mesa.
Seus olhos estavam presos na comida que parecia estar ali, sendo cutucada pelos jotgarak com um certo tédio. Sua cabeça descansava sob a palma da sua mão, seu braço estava apoiado sob a mesa.
Respirei fundo e foi ai que vi sua cabeça se levantar e seus olhos se prenderem aos meus. Pareciam dois buracos negros, sugando-me para dentro deles e me fazendo perder o raciocínio que tentava organizar na minha mente. O que era mesmo?
Uma sobrancelha se levanta em seu rosto — O que quer? — o tom da sua voz era frio, parecia uma adaga que foi esquecida no Alasca por algum caçador. Limpo a garganta, fecho os olhos e quando os abro, decido olhar para outra parte do corpo dele.
As suas mãos.
— P-posso me sentar aqui? — acabo deixando o nervosismo sair por entre as palavras, os meus olhos rolavam de um lado para o outro, me sentindo como se estivesse errando na manhã que eu não queria errar.
Ele solta um suspiro — Já estava de saída mesmo. — ele se levanta, pegando a sua bandeja e me deixando ali, em pé, remoendo o que tinha feito.
Me sentei na mesa vazia, imersa em meus próprios pensamentos. Idiota! Não sabia como iniciar conversas com garotos. Passei uma grande parte da minha adolescência em escola apenas para meninas, e garotos sempre me deixaram nervosa. Mas achei que venceria esse medo quando chegasse na universidade.
Onde você precisa saber se comunicar bem com ambos os gêneros. Entretanto, fracassei logo no começo, quem dirá que irei conseguir daqui para frente? Solta uma risada forçada até que vejo uma pessoa se sentar ao meu lado.
Viro meu rosto para encarar a pessoa e vejo que é uma garota de cabelos ruivos tingidos, os traços do seu rosto eram delicados, mas em contrapartida, as tatuagens que se destacavam em sua pele pálida eram completamente coloridas e chamativas. Um sorriso de orelha a orelha é estampado em seu rosto.
— Liga para ele não, ele não sabe interagir muito bem — ela diz, esticando uma das mãos e pegando o leite de banana que estava sob a sua bandeja, enfiando o canudo em um movimento na parte de alumínio da embalagem — Ah, verdade, tenho que me apresentar — proferiu em seguida dando um gole rápido no leite de banana e colocando sob a mesa — Prazer, sou Park Young Ja! Sou a meia-irmã dele — ela apontou para o rapaz que estava sentado há minutos atrás ali, que agora estava se dirigindo para fora da cantina depois de ter ido a algum lugar que eu não tinha prestado atenção antes. Sentia uma aura completamente oposta a dele vindo dela, os olhos delas eram como duas estrelas que deixavam você reconfortante sob o seu olhar. E isso se destacava ainda mais com o sorriso tão simétrico que se desenhava nos seus lábios vermelhos.
Sorrio, ela estava sendo gentil, não posso deixar meus pensamentos estragarem aquela outra oportunidade que o universo tinha me dado — Prazer, sou Seo Hyu Mi!
E foi ali que consegui a minha primeira amiga, mas também, foi ali que ele marcou a sua presença permanentemente na minha mente.
(...)
As primeiras aulas começavam às nove horas, faziam-se uma hora que eu tinha saído da cantina. Young Ja falou sobre inúmeras coisas enquanto desfrutávamos da nossa refeição matinal. Descobri que ela fazia parte dos veteranos do curso de Artes visuais, e que poderia me ajudar no que pudesse caso precisasse de ajuda em algo relacionado a universidade ou artes.
E também, descobri que meu departamento ficava próximo ao dela, pois me despedi dela assim que a mesma adentrou ao prédio que ficava ao lado do que teria as minhas aulas. Segurava o papel que indicava os andares e as salas que teria aulas naquele dia.
Observava atentamente o papel quando sinto um impacto em meu ombro e por reflexo, meus dedos soltam o papel e ele quase voa, mas uma mão delgada e ossuda o captura no ar. Levanto meus olhos e vejo novamente ele.
Aqueles buracos negros.
O arrependimento coçando no interior da minha mente. O acontecimento de hoje de manhã passando pelos meus olhos.
Por quê? Esperava não ver ele por um bom tempo.
— Aqui — ele dirige o papel para mim e eu pego lentamente, ainda encarando seus olhos. Não conseguia compreender os motivos de ficar hipnotizada sob o seu olhar.
Ele se afastava de mim e eu ainda estava enraizada no mesmo lugar, encarando-o adentra ao prédio em que eu iria ter minhas aulas.
E isso foi apenas o começo do fim.
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Obrigada por lerem até aqui! O que acharam? Ficarei feliz em saber as suas opiniões nos comentários! Decidi que farei a fic focava nos pontos de vistas dos personagens, pois assim será mais fácil de acompanhar seus dilemas! Até a próxima e fiquem bem!
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Still monster ๋࣭ ⭑ ๋࣭ ⭑Park Sunghoon
FanfictionHyumi acabara de entrar na universidade que tanto almejava na época do ensino médio. Ela estudou em uma escola apenas para meninas, querendo muito chegar na idade adulta para poder conhecer novas pessoas... pessoas que não sabiam do seu passado, e e...