Prólogo:
" Lucy não conseguia segurar as suas lágrimas naquele momento. Havia escondido a verdade por tanto tempo que já achava melhor tudo continuar como estava. Mas sabia que não podia alimentar a mentira, não mais. Havia chegado ao limite, assim como ele. O homem a sua frente era completamente diferente de quem ele costumava ser e ela não poderia o culpar por isso. Havia contribuído na sua mudança e precisava pagar por mentir por tanto tempo. O medo estava estampado em seus olhos, sua respiração estava falha. A verdade não deveria doer tanto, não é mesmo? Mas ainda assim, corroía cada fragmento do seu corpo. Ele estava no seu cume da alienação e estava preste a cometer o maior erro da sua vida, que no momento, parecia ser a coisa certa a se fazer. Os olhos delas se arregalaram ao ver a arma apontada em sua direção.- Não, por favor! - ela suplicou entre sussurros.
- Eu vou acabar com a sua vida, assim como você fez com a minha.
O barulho se espalhou por todo o galpão e no instante seguinte, ela era apenas um corpo frio atirado no chão. E ele, apesar de ter chegado ao seu objetivo, não se sentia nenhum um pouco vingado."
***
Brooklyn's POV:
Agachei-me com cuidado depositando na lápide as flores preferida dela, sem ao menos perceber uma lágrima foi junto e depois mais uma e então eu já não conseguia mais contá-las. Era inevitável não chorar todas as vezes que eu vinha visitá-la, tendo que me lembrar de tudo que ela passou, que passamos. Limpei algumas lágrimas com a palma da minha mão e com a mesma, passei por cima do seu nome bem desenhado: "Lucy Bennette", disse em meio aos soluços e então, já não conseguindo me aguentar firme, me sentei ao chão.- Oi mamãe, como a senhora está? - senti minha voz oscilar. - Se te serve de consolo, não estou melhor do que você. - acariciei a sua foto preta com branco e então me permitir sorrir um pouco. Lembrar que nem tudo foi apenas "dor" era bom em momentos como esse. - Eu só queria que soubesse que venceu. Estou indo para Manhattan para recomeçar. O John me matriculou em uma dessas escolas para esnobes que eu sempre detestei. Disse que eu vou poder ter a minha própria casa quando me formar e ir pra faculdade, como a gente sempre sonhou. Então eu só preciso me dar bem com as minhas notas. - me lembrei dos nossos planos em comprarmos uma casa longe daquele lugar onde chamávamos de lar. - Também quero que saiba que isso não é uma despedida. Onde eu estiver, você estará comigo. - e novamente eu estava começando a chorar. Eu nunca tinha ficado tão longe dela quanto agora.
E então um vento forte passou por mim espalhando algumas pétalas e trazendo algumas folhas secas. Olhei para a foto dela sorrindo para mim mesma, sabendo que de alguma forma, ela estava feliz em me ver partir.
- Eu também te amo!2 Anos depois
- Brooke?
John me chamou ao entrar na sala e estava um charme, todo engomadinho e descabelado. Coloquei meu livro sobre a mesa e me levantei.
- Está tentando impressionar mais alguém além dos seus sócios hoje? - ajeitei a sua gravata. Ele riu para mim. - Eu preciso mesmo ir? - fiz minha melhor expressão de cansada.
- Você sabe que vou fechar um contrato importante hoje e preciso passar a melhor impressão possível.
Depositei a mão na cintura ao suspirar derrotada. Ele ficou me encarando.
- O que foi?
- Você estava muito distraída quando eu cheguei, tive que te chamar umas 3 vezes.- andou até o armário tirando um vinho branco de lá.
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Brooklyn
FanfictionAs lembranças estão tão vividas como se ainda fosse ontem, as mãos dele me machucando em forma de prazer. Realmente teve um dia em que eu achei que jamais conseguiria deixar outra pessoa me tocar daquela forma, mas você conseguiu, de algum jeito, ac...