Capitulo 05 - Doces ou Travessuras

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Estava tentando repassar toda a matéria de física quântica mentalmente, quando Harry começou a acenar para mim, me fazendo notar que estava olhando em sua direção, eu só não prestava atenção. Graças às novas mudanças, o primeiro teste de nível seria oral e com todas as turmas do último ano juntas. Talvez eles queiram comparar a capacidade de alguns com o fracasso de outros. Quem sabe, fazer certos alunos (eu) notar que tudo que envolva cálculo talvez não seja exatamente o fim do mundo. Confesso que eu não estava tão confiante assim.

- Senhorita Bennette, sua vez. – O professor Walter me chamou e com alguns incentivos de Ed eu me levantei para ficar no centro da sala.
Alguns desenhos começaram a se formar na tela branca e logo ficou claro que era uma caixa no meio de plano inclinado. Ai não.

- Nesse experimento podemos ver uma caixa de madeira e dentro dela um bloco de pedra. Está bem no alto de um plano inclinado. Você poderia nos responder por que a caixa não desceu o plano até seu ponto mais baixo? – ele me questionou e eu quase dei um mortal de felicidade por não precisar resolver um cálculo. Quase.

- A inclinação da rua não é suficiente para que a componente Px do peso seja maior do que a força de atrito estático máxima.
Ele olhou para uma das folhas em cima de sua mesa e voltou apertar um botão para a tela branca e então apareceu um homem empurrando a caixa.

– Observe que o desenho representa uma pessoa que aplica um empurrão em um corpo para que ele suba o plano inclinado. O que você diria sobre, supostamente o movimento do corpo fazer com que não exista atrito entre o ele e o plano?

- O corpo adquire velocidade cujo valor diminui á medida que ele sobe o plano. Se o corpo sobe e depois desce o plano, o módulo da aceleração de subida é igual ao módulo da aceleração de descida.

- Muito bem, pode se sentar. –me indicou o meu lugar e eu voltei muito feliz com o meu desempenho. Só espero que as próximas perguntas sejam tão fáceis quando esta.

Logo depois foram às vezes de Ed, Nathan, Emma, Josh e depois de mais alguns alunos, finalmente havia chegado à vez de Harry. Eu não sei por que, mas fiquei bastante surpresa por notar que o nível de inteligência do Canadá seja tão bom quanto à dos alunos da Trinity. Ele respondeu as perguntas sem ao menos vacilar ou pensar nas repostas. Talvez eu tenha o subestimado.

- Será que eles irão demorar a dizer as notas? – perguntei ao sair da sala com meus amigos.

- O teste acabou de acontecer apressadinha. – Nathan riu do meu desespero.

- É que eu não sei se fui bem.

- O máximo que pode acontecer é você fazer uma recuperação e Harvard notar que você não é tão boa quanto eles pensam. – Ed fez suas habituais brincadeiras sem graça.

- Ed... – Josh usou seu tom repreendedor.

- Relaxem amigos, gosto de fazer piadas em momentos como esse. – abraçou-me pelo ombro e ampliou um sorriso.

- Então me diga quando começar, por que isso não foi engraçado. – o empurrei de leve.

- Para quem não quer entrar em Harvard, você ficou muito tensa. – Josh observou.

- Ei Josh, Nathan...
Peter os chamou e os meninos foram até ele me deixando as sós com Ed.

- Todo mundo sabe que você tirou uma nota boa, mas quanto ao gringo... – Ed olhou para Harry que deixava a sala com April e alguns amigos dela que eu sempre detestei. – Não sei você, mas eu fiquei surpreso ao vê-lo responder as perguntas tão confiante.

- Não é apenas em Nova York que tem escolas boas. – comentei ao abrir o meu armário para guardar meu livro de física quântica.

- Oi! – April se aproximou de nós. Ela começou a nos entregar convites com desenhos de caveiras e abóboras bem legais. – A minha prima esta dando uma festa de Halloween hoje à noite. Estão todos convidados. – ela foi simpática. – Podem entregar para Josh, Nathan e Emma?

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